Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas
A semana terminou com o Ministério da Economia anunciando a decisão de reduzir em 10% as tarifas de importação de aproximadamente 87% dos bens e serviços consumidos no Brasil. A decisão do Comitê Executivo de Gestão do Comércio Exterior. O ministro Paulo Guedes acredita que a maior facilidade de entrada de produtos estrangeiros vai ajudar a moderar a inflação. A lista de produtos inclui alimentos como arroz, feijão, óleos, massas e biscoitos. E diferentes tipos de carnes e peixes. Também as frutas, como maça, mamão e morango. Se dependesse de Guedes, a liberalização poderia ser ainda maior. Para os trabalhadores, o ministro está usando a fome do povo para “aprofundar o seu neoliberalismo de balcão goela abaixo do País”. (Radar do Futuro)
Economia e Finanças
Queda na Atividade Industrial: O Índice Gerente de Compras (PMI) do setor industrial brasileiro caiu para 51,7 em outubro, vindo e de 54,4 em setembro e atingindo sua marca mais baixa desde junho de 2020, diz a IHS Markit, responsável pela sondagem. (Valor)
Produção Industrial Brasil 1: A produção da indústria brasileira recuou 0,4% em setembro, ante agosto, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada pelo IBGE. Em agosto, o indicador teve queda de 0,7% na série com ajuste sazonal. Com o resultado de setembro, a indústria fica 3,2% abaixo do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Está também 19,4% do nível recorde da pesquisa, registrado em maio de 2011. (Valor)
Produção Industrial Brasil 2: A produção industrial acumulada em 12 meses ficou em 6,4%. No resultado acumulado em 2021, até setembro, a indústria avança 7,5%. (Valor)
Desinteresse nos Dividendos: O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o governo federal não tem interesse nos dividendos recebidos pelos lucros da Petrobras e que conversa com a equipe econômica para que esses recursos sejam revertidos para abater o preço do diesel. Na semana passada, o presidente havia defendido um “viés social” para a Petrobras e afirmou que a empresa deveria lucrar menos. (Valor)
Necessidade da Âncora Fiscal: O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou que a política monetária não será capaz de controlar a inflação sem a âncora fiscal. Sidney apontou que os mercados futuros indicam que a Selic pode terminar o atual ciclo de aperto em torno de 12%, sendo que no início do ano a expectativa era fechar 2021 com o juro estável em 2%. A inflação e o comportamento recente dos mercados indicam que os agentes econômicos podem estar perdendo a confiança na âncora fiscal. (Valor)
Análise do Goldman Sachs: O fato de o Copom mostrar em ata que ainda pretende levar a inflação de 2022 em direção à meta é uma tarefa difícil, e que provavelmente exigiria uma taxa Selic em torno de 12% a 13% no início de 2022, com impacto significativo na atividade econômica, havendo necessidade de cortes no juro básico no fim de 2022 para evitar que a inflação fique abaixo da meta em 2023. A avaliação é de Alberto Ramos, chefe de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs. (Valor)
Dívida Pública Explosiva: A alta da inflação e dos juros, provocada em grande medida pela piora do quadro fiscal, pode ter um custo de cerca de R$ 360 bilhões por ano. Esse é o quanto o estoque da dívida pública mobiliária, que hoje ronda a casa dos R$ 5 trilhões, fica mais cara somente considerando-se que a taxa Selic pode subir nove pontos percentuais no ciclo iniciado pelo Banco Central em março deste ano e que o IPCA deve ficar 5,75 pontos acima da meta de inflação. (Valor)
Empregos Foram Superestimados: A recuperação do emprego formal em 2020, em plena pandemia, foi bem menor do que se acreditava. Em vez da criação líquida de 142.690 vagas no ano, o saldo positivo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi atualizado para 75.883 novos empregos formais, um número 46,82% menor. (Valor)
Papelão Ondulado: As expedições brasileiras de papelão ondulado recuaram 0,3% em setembro, considerando-se os dados com ajuste sazonal, segundo boletim mensal da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel). No período, o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO) ficou em 144,7 pontos, na terceira baixa consecutiva. (Valor)
Tendência de Redução do PIB: O aumento nos preços da energia reduzirá o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em R$ 8,2 bilhões em 2021 e em R$ 14,2 bilhões em 2022, a valores de 2020. É o que diz um estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Segundo a publicação, a alta da conta de luz provocará uma reação em cadeia na economia brasileira, afetando a inflação, o consumo das famílias, a atividade econômica e a geração de empregos. (Poder 360)
Queda no Consumo das Famílias: A CNI calcula que a conta de luz das famílias subirá 6,77% em 2021 e 18,8% em 2022, com a criação da bandeira escassez hídrica e os reajustes das tarifas de energia. Por isso, prevê uma redução do consumo das famílias da ordem de R$ 7 bilhões em 2021 e de R$ 12,1 bilhões em 2022, a preços de 2020. (Poder 360)
A Volta por Cima da Embraer: A desistência da Boeing não resultou no fim da Embraer. A terceira maior exportadora do Brasil demonstrou capacidade de se reerguer sem a necessidade de desnacionalização e venda do potencial tecnológico. No segundo trimestre de 2021, a empresa teve “backlog” – ou carteira de pedidos – de 16,8 bilhões de dólares, retornando ao patamar pré-pandemia. Embora a Embraer ainda seja nacional, há um espectro rondando a empresa e a retomada de discussões sobre sua desnacionalização não está fora de cogitação. Atualmente, aproximadamente 15% das ações estão nas mãos do Brandes Investment Partners, fundo de investimento estadunidense. Esta fatia é maior que a possuída pelo próprio BNDES, mesmo assim o governo brasileiro possui poder de influenciar decisões estratégicas na companhia devido ao Golden Share, ação que garante esse poder. (Carta Capital)
Setor Serviços Cresce: A atividade do setor de serviços no Brasil continuou a crescer em outubro, puxada por novos negócios e aumento no número de empregos, mas as empresas apontam um forte aumento de custos, o segundo maior da série histórica da pesquisa do Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), da IHS Markit. O PMI do setor subiu para 54,9 em outubro, de 54,6 em setembro. Leituras acima de 50 implicam expansão de atividade. Como consequência, os preços dos serviços também subiram para os consumidores. (Valor)
Swaps Cambiais: O Banco Central (BC) teve perda de R$ 12,933 bilhões nas operações de swaps cambiais em outubro, conforme divulgado nesta quinta-feira pela autoridade monetária. Desde o início do ano, houve perda de R$ 21,307 bilhões. Com os contratos de swaps, o BC oferece proteção ao mercado em momentos de grande volatilidade no câmbio. No contrato, o BC é perdedor quando o dólar sobe frente ao real e ganha com a valorização da moeda nacional. (Valor)
Reservas Cambiais: O valor medido em reais das reservas internacionais, como resultado da variação do câmbio, aumentou R$ 57,409 bilhões em outubro. Desde o início do ano, houve ganho de R$ 71,882 bilhões. (Valor)
Fluxo Cambial: O fluxo cambial teve entrada líquida de US$ 766 milhões em outubro, segundo dados do Banco Central (BC). O número é resultado de uma entrada de US$ US$ 3,119 bilhões na conta financeira e saída de US$ 2,353 bilhões na conta comercial. Dessa forma, o saldo do fluxo cambial em 2021, até o mês de outubro, foi para US$ 19,478 bilhões. (Valor)
Estrangeiros e as Fusões e Aquisições: O Brasil está barato, mas para os investidores estrangeiros o momento ainda é de cautela. Em um ano em que as operações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) somaram US$ 76,15 bilhões até o dia 26 de outubro, alta de 65% sobre todo o ano de 2020, as transações com participação de grupos e fundos internacionais representaram, até o momento, 22,5% dos negócios fechados. (Valor)
Queda na Venda de Veículos: A instabilidade na produção, provocada, ainda, pela falta de componentes – principalmente semicondutores – provocou queda de 24,49% na venda de veículos em outubro na comparação com o mesmo mês de 2020. Foram licenciados 162,3 mil carros, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave). De janeiro a outubro foram vendidos 1,74 milhão de veículos, o que representou uma alta de 9,46% em relação aos dez meses de 2020. (Valor)
José Paulo Kupfer: “Reduzir o Estado, numa sociedade que se equilibra na beira de um abismo social, é uma ideia que exige forte viés ideológico para prosperar. Ainda mais como no caso do teto de gastos brasileiro, com regras tão rígidas, que, diferentemente do que é praticado em outros lugares, não deixa espaços para acomodar momentos de crise e medidas anticíclicas”. (Poder 360)
PIB 2019 Revisado para Baixo: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, de uma alta de 1,4% anteriormente divulgada para um aumento de 1,2%. Com isso, o valor do PIB foi de R$ 7,389 trilhões naquele ano. A revisão refletiu principalmente a incorporação de novos dados sobre o impacto econômico do rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. Com isso, a queda da indústria extrativa mineral foi ajustada de 0,9% para 9,1%. (Valor)
Preço da Gasolina: Para os motoristas que abastecem os veículos flex fluel, a gasolina acumula uma alta de 45,3% no ano, nos postos. Segundo a ANP, o derivado atingiu em outubro um preço médio de R$ 6,341, o patamar mais alto deste século, tanto em valores nominais quanto reais (ajustado à inflação), segundo o monitor de preços do Observatório Social da Petrobras (OSP), entidade de pesquisa ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), ao Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) e ao Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese). A expectativa é que a pressão inflacionária se acentue ainda mais em novembro, de acordo com analistas. (Valor)
Preço do Diesel: O preço do diesel S-10, derivado com menor teor de enxofre, acumula, no ano, um aumento de 42,3% nas bombas. Em outubro, o valor médio do litro vendido nos postos foi de R$ 5,096, segundo a ANP, valor mais alto desde 2012, quando o produto começou a ser vendido no Brasil, aponta a OSP. (Valor)
Gás nas Alturas: O gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, acumula uma alta de 35,5%. O botijão de 13 quilos (P-13), o mais popular, foi vendido, em outubro, em média, a R$ 100,79 – patamar recorde no século, segundo o OSP. (Valor)
Commodities Energéticas: O preço das commodities energéticas no Brasil teve em outubro a maior alta mensal em mais de 22 anos, conforme medido pelo Índice de Commodities Brasil (IC-Br), divulgado pelo Banco Central (BC). O preço das commodities energéticas medidas pelo IC-Br vem subindo há tempos. Tanto no acumulado do ano quanto no acumulado de 12 meses, o indicador mais do que dobrou, com altas de 113,25% e 112,46%. Na conta, entram petróleo Brent, gás natural e carvão. (Valor)
Inflação
Índice de Commodity BC: O preço das matérias-primas com influência sobre a inflação teve alta de 11,28% em outubro, após variação positiva de 2,33% em setembro, de acordo com o Índice de Commodities Brasil (IC-Br). No ano, o indicador acumula alta de 52,31%. Em 12 meses, por sua vez, foi registrado crescimento de 50,42%, segundo a divulgação do Banco Central (BC). (Valor)
Governo e Ambiente Político
Pesquisa XP/Ipespe 1: O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue liderando a disputa ao Palácio do Planalto para 2022, segundo pesquisa XP/Ipespe divulgada dia 03-11-2021. Mas o levantamento mostra que o petista parou de crescer. No cenário espontâneo, a intenção de voto em Lula oscilou de 30% para 31% de setembro para outubro, e, no estimulado, passou de 43% para 42%. A evolução do presidente Jair Bolsonaro, foi de 23% para 24% no levantamento espontâneo e se manteve em 28% no estimulado. (Valor)
Pesquisa XP/Ipespe 2: Em eventual segundo turno, Lula vence todos os candidatos com porcentual ao redor de 50%. Ante Bolsonaro, o petista fica com 50% dos votos, seguido por 32% do atual presidente. Se a disputa fosse com Moro, Lula receberia 52% ante 34% do ex-juiz. Com Ciro Gomes, o petista teria um percentual marginalmente menor, 49% ante 29% do pedetista. Ante João Doria, a disputa encerraria em 51% a 27%. Com Eduardo Leite, o resultado seria de 50% a 28%. (Valor)
Pesquisa XP/Ipespe 3: A avaliação da gestão do presidente Jair Bolsonaro ficou quase inalterada no último levantamento XP/Ipespe. Segundo os entrevistados, 54% avaliam o governo atual como ruim ou péssimo, ante 55% no levantamento de setembro e 54% no de agosto. Por outro lado, aqueles que avaliam o governo como ótimo ou bom passaram de 23% nos dois últimos meses para 24% em outubro, enquanto a avaliação regular oscilou de 18% para 20% de um mês para outro, saindo dos mesmos 20% em agosto. (Valor)
Pesquisa XP/Ipespe 4: A desaprovação ao governo também não mostrou mudanças, se mantendo em 64%, da mesma forma que aqueles que aprovam continuaram em 30%. (Valor)
Loucura ou Mentira? O presidente Bolsonaro passou o domingo na Itália com direito a dois incidentes. No primeiro, jornalistas brasileiros foram agredidos por seguranças de Bolsonaro, que hostilizou os profissionais durante uma caminhada. No segundo, em entrevista a uma TV italiana e sem apresentar nada vagamente parecido com prova, associou o ex-presidente Lula ao tráfico internacional de drogas, através de supostas ligações com as FARC. (Metrópoles) (Meio)
Possíveis Rachadinhas de Alcolumbre: Dia 29-10-2021 uma bomba caiu sobre a cabeça do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ouvidas pelo repórter Hugo Marques, seis mulheres pobres da periferia do Distrito Federal disseram terem sido usadas num esquema de “rachadinhas” no gabinete do senador, com direito a reproduções de documentos sustentando as acusações. Segundo a diarista Marina Ramos Brito, o próprio Alcolumbre lhe disse: “Eu te ajudo e você me ajuda”. Ela se tornou funcionária do gabinete dele, com salário de R$ 14 mil, mas recebia apenas R$ 1.350. Desempregada, aceitou. Até o 13º era retido, diz outra denunciante. O esquema, que teria funcionado entre janeiro de 2016 e março deste ano, pode ter desviado até R$ 2 milhões, dos cofres públicos. Procurado, Alcolumbre disse que não cuidava das questões administrativas do gabinete e negou ter contato com as ex-funcionárias. O Senado se fechou em copas sobre o caso, à exceção de Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que apresentou notícia-crime contra o colega ao STF. (Veja) (Meio)
Sabatinas no Senado: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entrou em campo para destravar a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado há três meses para uma vaga no STF. Pacheco marcou um esforço concentrado entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro para realizar sabatinas e votações de todas as nomeações emperradas na Casa. A Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), onde ocorrem as avaliações, está parada desde agosto, por conta da resistência de seu presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em pautar a sabatina de Mendonça. (g1) (Meio)
Banimento de Bolsonaro: O ministro Alexandre Moraes determinou no sábado que a CPI da Pandemia apresente em 48 horas mais informações sobre o pedido de banimento de Jair Bolsonaro das redes sociais. A AGU entrou com uma ação no Supremo em nome do presidente contra a proposta. Já são 33 o número de vídeos de Bolsonaro banidos pelo YouTube por disseminação de mentiras sobre a covid-19. (Metrópoles) (Meio)
Farra nos Voos da FAB: Parentes de políticos, lobistas e até pastores se tornaram passageiros frequentes em voos da FAB, segundo informações do próprio governo. Mesmo sem cargo público, o filho Zero Quatro, Jair Renan Bolsonaro, fez pelo menos quatro viagens de carona com ministros — na última ainda levou um amigo. Já o ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, levou um colega de púlpito, o pastor Arilton Moura para uma viagem ao Maranhão, sem que a pasta explicasse se ele tinha relação com a agenda. Já o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, levou a família toda em pelo menos 20 viagens oficiais. (Folha)
Investigados dos Quadros do Podemos: O Podemos, partido ao qual o ex-ministro Sérgio Moro deve se filiar no próximo dia 10-11-2021 e possivelmente concorrer ao Planalto, tem em seus quadros investigados pela Polícia Federal, pela Justiça Eleitoral e pela própria Lava-Jato. A presidente da sigla, deputada Renata Abreu (SP), é acusada de usar candidatas como laranjas em eleições, e o secretário-geral, Luiz Claudio Souza França, foi filmado recebendo R$ 38 mil em dinheiro de um delator. (Estadão) (Meio)
União Brasil: Nascido da fusão de PSL e DEM, o União Brasil aguarda homologação pelo STF e promete ter candidato próprio ao Planalto em 2022, mas, dos 88 parlamentares das duas legendas, 56 admitem apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro, e só cinco descartam a possibilidade. O futuro partido perdeu para o PSD dois potenciais candidatos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o apresentador José Luiz Datena. Sobrou apenas o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. (Estadão) (Meio)
Ciro, PDT e a PEC dos Precatórios: A aprovação em primeiro turno da PEC do Precatórios provocou um rebuliço em Brasília. No centro da confusão estão os 15 votos dados pelo PDT em favor da proposta, fundamental para o presidente Jair Bolsonaro viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400. A proposta de emenda foi aprovada com 312 votos, quatro a mais que o mínimo, o que deu mais peso ao voto dos pedetistas e de 10 parlamentares do PSB. O ex-ministro Ciro Gomes anunciou via Twitter que estava suspendendo sua pré-campanha ao Planalto pelo PDT e que o partido não podia “compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas”. A campanha está suspensa até que a bancada reverta sua decisão. (g1) (Meio)
Bolsonaro Depõe na PF: O presidente Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal no Palácio da Alvorada sobre o inquérito no STF que apura suposta interferência dele na própria PF, o que teria motivado a demissão do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, autor da denúncia. Bolsonaro confirmou que pediu a troca do diretor-geral Maurício Valeixo por Alexandre Ramagem, mas negou que quisesse interferir em investigações. Segundo ele, havia “falta de interlocução” com Valeixo. Bolsonaro afirmou ainda que Moro aceitou a troca, desde que ela acontecesse após ele ser indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). (UOL) (Meio)
Moro Reclama: Moro e seus advogados reclamaram por não terem sido avisados do depoimento de Bolsonaro, o que impediu os representantes do ex-ministro de fazerem perguntas. Em nota, Moro negou que tivesse condicionado a nomeação de Ramagem a uma indicação para o STF: “Não troco princípios por cargos. Se assim fosse, teria ficado no governo como ministro”, disse. (UOL) (Meio)
Ação Política de Dallagnol: Que a Lava-Jato teve um peso enorme nas eleições de 2018, não se discute, mas agora a participação é direta. Enquanto todos aguardavam a filiação do ex-ministro Sérgio Moro ao Podemos, o ex-coordenador da operação Deltan Dallagnol pediu demissão do Ministério Público Federal para buscar “transformar o Brasil” fora do Judiciário. A declaração foi interpretada como intenção de entrar para a política partidária, o que provocou muitas críticas, especialmente de políticos dos partidos mais atingidos pela operação e que sempre acusaram a força-tarefa de Curitiba de agir politicamente. (Poder360) (Meio)
Kennedy Alencar: “A imprensa normaliza Sérgio Moro e Deltan Dallagnol do mesmo jeito que fez com Jair Bolsonaro em 2018. Todas as evidências e provas da ameaça à democracia, do falso moralismo, da intolerância à crítica e do autoritarismo político saltam aos olhos, mas a dupla é vendida por certo jornalismo profissional como uma versão moderada do conservadorismo brasileiro”. (UOL)
Gestão do INSS: A gestão do INSS é um dos pontos frágeis do governo. Em julho, último mês com dados disponíveis, havia uma fila de 1,8 milhão de pessoas aguardando benefícios. Acabar com essa espera é uma promessa do governo, que nunca foi cumprida. (Valor)
Dança das Cadeiras: O governo federal fez no dia 05-11-2021 uma mudança no comando do INSS. O presidente do órgão, Leonardo Rolim, foi exonerado do cargo para comandar a Secretaria de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência. Rolim será substituído por José Carlos Oliveira. (Valor)
Seria Cômico Mas é Trágico: O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu a si próprio o título de grão-mestre, o mais alto da Ordem Nacional do Mérito Científico – honraria reservada a “personalidades nacionais e estrangeiras que se distinguiram por suas relevantes contribuições prestadas à Ciência, à Tecnologia e à Inovação”. (Valor)
Meio Ambiente, Sustentabilidade e Energia
Brasil Pária Ambiental da Humanidade: Quase 30 anos depois de sediar a Rio-92, reunião de cúpula da ONU sobre meio-ambiente, o Brasil chegou à Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP26) na condição de pária ambiental. O presidente Jair Bolsonaro gravou uma mensagem em vídeo e decidiu não comparecer nem enviar o vice Hamilton Mourão. O representante mais graduado do país é ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, que segue aplicando a política ambiental que já levou o país a ser denunciado na ONU. Enquanto o mundo conseguiu reduzir a emissão de gases do efeito estufa numa média de 7% no ano passado, no Brasil elas aumentaram 9,5%. Lançado às vésperas da conferência, o Programa Nacional de Crescimento Verde é visto como vago e não deve livrar o país das críticas internacionais. Dez governadores do Consórcio Brasil Verde participam da conferência para oferecer um contraponto às políticas federais. (UOL) (Meio)
Compromisso Sem Data: Reunidos em Roma no fim de semana, os líderes das 20 maiores economias do mundo concordaram em limitar em 1,5ºC o aumento da temperatura do planeta até o fim do século, mas não se comprometeram com uma data para zerar as emissões de carbono — especialmente por pressões de China, Rússia e Índia. Como se uma coisa fosse independente da outra. De concreto ficou a promessa de não investir mais em usinas termelétricas a carvão. É importante, mas é pouco. (g1) (Meio)
Metas de redução das Emissões 1: O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que o Brasil tem como meta reduzir em 50% as emissões de gases-estufa brasileiras em 2030. A meta anterior era 43%. (Valor)
Metas de redução das Emissões 2: O Brasil aumentou suas emissões em 9% em 2020, enquanto o mundo registrou queda de 7% em 2020, segundo dados do Seeg, sistema de monitoramento do Observatório do Clima. (Valor)
Adesão aos Acordos Climáticos 1: A conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP26) vai até o dia 12, mas a participação de chefes de Estado terminou dia 02-11-2021 com dois anúncios ambiciosos. E, para surpresa geral, o Brasil aderiu a ambos. O primeiro compromisso foi o corte em 30% de emissões de metano até 2030. O gás corresponde a 17% das emissões causadoras do efeito estufa e é muito mais nocivo que o gás carbônico. O acordo não é juridicamente vinculante, ou seja, não prevê punições a quem o descumpra, e China, Índia e Rússia ficaram de fora. (g1) (Meio)
Adesão aos Acordos Climáticos 2: A adesão do Brasil foi o resultado de uma intensa pressão dos EUA. Em 2020, o país emitiu 20,2 milhões de toneladas de metano, sendo 72% da agropecuária, e é forte a resistência no agronegócio a mudar as formas de criação do gado para manejos menos poluentes. Porém o presidente Joe Biden vê o acordo como um passo fundamental para acelerar a aprovação pelo Congresso americano de seu pacote por energia limpa. Biden criticou duramente Rússia e China por “virarem as costas” às questões climáticas. (Globo) (Meio)
Desmatamento Zero até 2030: O segundo acordo – que contou com a adesão também da China – prevê zerar o desmatamento até 2030 com investimentos públicos e privados de US$ 19,2 bilhões. A participação do Brasil também surpreendeu, uma vez que, além de ir na contramão das políticas aplicadas pelo Ministério do Meio Ambiente, o acordo prevê a valorização dos povos indígenas, considerados mais eficientes na proteção das florestas. (BBC Brasil) (Meio)
Coordenador Executivo Pede Demissão: Outra surpresa vinda ontem da delegação brasileira foi o pedido de demissão do coordenador-executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, Oswaldo dos Santos Lucon. Nomeado por Jair Bolsonaro em maio de 2019, ele não deu qualquer explicação, dizendo apenas que continuaria em Glasgow como observador e só se manifestaria ao fim da conferência, no próximo dia 12. (Poder360) (Meio)
Boas Intenções Não Resolvem: Para os especialistas, os compromissos já anunciados na COP26 são “boas intenções”, mas não resolvem sem o acompanhamento e a cobrança para que sejam efetivados. No Brasil, oito cidades, incluindo Rio e São Paulo, aderiram a um compromisso de mil municípios em todo o mundo para cortar à metade a emissão de carbono até 2030. (CNN Brasil) (Meio)
De Onde Virá o Dinheiro? Um dia depois de os líderes mundiais irem embora, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP26) mergulhou num tema espinhoso: como levantar US$ 100 trilhões (R$ 566 trilhões) para financiar o cumprimento das metas de redução de emissões e desmatamento. Para conseguir a verba e canalizar investimentos para iniciativas sustentáveis foi montada a Aliança Financeira de Emissões Zero de Glasgow. Trata-se de um grupo com todos os grandes bancos ocidentais, seguradoras e administradores de ativos. (g1) (Meio)
Desinformação Sobre Mudanças Climáticas: Um relatório divulgado pela ONG Stop Funding Heat aponta que o Facebook é um dos maiores fornecedores mundiais de desinformação sobre as mudanças climáticas. A divulgação do documento coincide com a COP26 e acontece na esteira dos Facebook Papers, escândalo gerado após documentos vazados por uma ex-funcionária de Mark Zuckerberg serem usados para acusar a empresa de faturar com discursos de ódio e desinformação. (Valor)
Exportações para a Argentina: As exportações do Brasil para a Argentina caíram em setembro, depois de seis meses seguidos de crescimento. Em volume, as vendas para o país vizinho diminuíram pouco, apenas 0,8%, na comparação com setembro de 2020. Economistas atribuem a queda à falta de componentes decorrente dos gargalos nas cadeias de produção, que vêm prejudicando, sobretudo, o setor automotivo, e à escassez de dólares na Argentina, que mina as importações de empresas. (Valor)
Combustíveis Fósseis na Berlinda: Durante reunião em Roma, os países do G20 se comprometeram a não investir mais em projetos de energia à base de carvão em outras nações. Na conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a COP26, 19 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Canadá prometeram cortar investimentos no exterior que envolvam combustíveis fósseis em geral, o que inclui petróleo e gás. China, Japão e Coreia do Sul ficaram de fora. (UOL) (Meio)
Ambiente Social, Emprego e Renda
Trabalho Remoto ou Presencial? Desde o início da pandemia, muitos profissionais adotaram o modelo de trabalho remoto, impulsionando novas tendências para o futuro do trabalho. Agora, as empresas criaram novos modelos de trabalho, como o híbrido, e espaços físicos para o retorno aos escritórios. Entretanto, um estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que 70% dos profissionais gostariam de continuar trabalhando em casa. Diante disso, o novo desafio para as organizações, especialmente para o RH, é entender como implementar essas novas formas de trabalho e criar dinâmicas de escritório que façam sentido para o novo profissional do novo normal. (Meio)
Vagas de Trabalho em Tecnologia: Quanto mais em alta o mercado de tecnologia, mais difícil tem sido a contratação de profissionais com as qualificações exigidas pelas empresas. Por isso, o setor tem investido na atração de talentos experientes e na formação de novos profissionais, fazendo a ponte com o emprego e ajudando a levar diversidade aos times. O movimento é importante para o Brasil, uma vez que o país vai precisar de 70 mil profissionais de tecnologia por ano até 2024. (Estadão) (Meio)
Ocupando Funções Simples: Os pesquisadores do FGV Ibre avaliaram, por vários recortes, o comportamento de ocupações da Pnad Contínua agregadas em dez grandes grupos. Eles observaram que um contingente relevante de trabalhadores brasileiros ainda realiza funções consideradas mais simples, de baixa complexidade e que tendem a remunerar mal. No segundo trimestre de 2021, 44 milhões de pessoas – pouco mais da metade dos 87,7 milhões de ocupados no país – trabalhavam em postos de serviços e comércio (18,2 milhões), ocupações elementares (14,2 milhões), como trabalhadores domésticos e coletores de lixo, ou eram operários e artesãos (11,6 milhões), na construção, por exemplo. (Valor)
Horror do Trabalho em Frigoríficos: A Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), afirma que o trabalho em frigoríficos é a atividade industrial que mais gera adoecimentos no país. Neles, trabalhadores estão expostos a ambientes insalubres, movimentos repetitivos acima do permitido por lei, ao frio, ao ruído excessivo, posturas inadequadas, amputações, umidade, deslocamento de carga em excesso, exposição à amônia, e jornadas exaustivas. Por isso, muitos indígenas descrevem o trabalho em abatedouros como um “trabalho que ninguém mais quer”, ao qual muitos se sujeitam por possuir baixa escolaridade e nenhuma outra opção de renda. (Carta Capital)
Ambiente Tecnológico
Lentidão da Internet no Brasil: A velocidade da internet móvel no Brasil está abaixo da média global, de 63.15Mbps para download. O país ocupa o 76º lugar entre 138 nações. Segundo analistas, a baixa performance é reflexo da desigualdade de acesso, uma vez que a velocidade média deriva, principalmente, da distribuição de antenas por habitantes. Por isso, a alta demanda por dados tende a congestionar o tráfego. O primeiro lugar do ranking ficou para os Emirados Árabes Unidos, com velocidade quatro vezes mais rápida que a média global. Em segundo lugar aparece a Coreia do Sul, seguida pela Noruega. Na América Latina, o Brasil (33,92 Mbps) é o quarto, atrás de Suriname, Jamaica e Uruguai. Os dados são do relatório trimestral da Speedtest Global Index, da Ookla, empresa que faz testes e análises de internet. (Folha) (Meio)
Rede de Satélites da Boeing: A Boeing recebeu a autorização dos Estados Unidos para lançar uma rede de satélites que fornecerá serviços de internet no espaço. O projeto permite à gigante aeroespacial “construir, colocar em órbita, e operar uma constelação de satélites” que fornecerá conexão banda-larga e serviços de comunicação para uso residencial, comercial, institucional, governamental e profissional nos EUA e no mundo. Serão 132 satélites posicionados a cerca de mil quilômetros de altitude; outros 15 entre 25 mil e 43 mil quilômetros. (Folha) (Meio)
Leilão 5G: As empresas Claro, Tim e Vivo arremataram os principais lotes, que são os de abrangência nacional, no 1º leilão do 5G realizado dia 04-11-2021 pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Os lotes são das frequências de 3,5 GHz, a faixa vai permitir uma velocidade em média 20 vezes maior que o 4G. (Poder 360)
Leilão 5G: Winity II, Brisanet, Consórcio 5g Sul e Cloud2u foram as 4 novas empresas que arremataram lotes que passarão a operar telefonia móvel no país. Entretanto, nem todos os lotes foram leiloados. A expectativa é que haja uma nova rodada com os lotes que sobraram desta 1ª rodada. (Poder 360)
O que muda com o 5G? A principal novidade é o aumento da velocidade, cerca de 20 vezes superior à da 4G, que permitirá o download de vídeos HD em alguns segundos ou que filmes em 4K sejam assistidos pelas plataformas de streamming sem travamentos. Devido à sua capacidade de transportar uma imensa quantidade de dados, o 5G vai permitir inovações nas relações de consumo, como, por exemplo, a adoção da realidade virtual. Outra grande mudança está na chamada latência, nome dado ao tempo de resposta entre um comando e a sua ação. (Poder 360)
Ambiente Internacional
China Contra o Desperdício 1: Em sua nova campanha para controlar excessos em todos os aspectos da sociedade, a China agora tem como alvo o consumo exagerado de alimentos. O governo de Pequim lançou um plano de ação que diz aos chineses para não pedirem mais comida do que precisam e incentiva consumidores a denunciarem restaurantes que desperdiçam alimentos. O plano também recomenda bufês para recepções oficiais em vez de banquetes, enquanto proíbe empresas de oferecerem banquetes suntuosos para “reuniões e treinamentos”. (Valor)
China Contra o Desperdício 2: Ao reduzir sobras descartadas, a China também poderia diminuir a dependência de importações e a vulnerabilidade a cortes de oferta. As compras chinesas de produtos alimentícios, como milho, trigo e carne bovina, continuam a crescer ano a ano para níveis recordes. (Valor)
China Contra o Desperdício 3: Outros detalhes do plano incluem melhorar as condições de secagem e capacidade de produção de grãos, e administrar o fornecimento de eletricidade necessário para isso. O programa também visa apoiar e orientar agricultores sobre o armazenamento adequado de grãos, e fortalecer a infraestrutura para reduzir as perdas durante o transporte. (Valor)
Setor Imobiliário na China: O setor imobiliário continua importunando o gigante asiático. Uma das soluções propostas pelo governo chinês não seguiu adiante, que seria uma cobrança de taxa de propriedades. A ideia não foi para frente porque poderia deprimir ainda mais o crescimento chinês, diminuindo a renda e a riqueza do cidadão. Na China, 90% das famílias têm casa própria, o que faria com que a maior parte da renda fosse destinada a esse imposto. Por outro lado, 90% da riqueza dos chineses está ligada ao setor, e uma baixa do preço das casas poderia afetar negativamente o estoque de riqueza. (Mercado & Consumo)
PIB dos USA: O PIB americano do terceiro trimestre marcou alta de 2%, contra expectativas de 2,7%. As restrições no consumo por conta da pior fase da variante Delta da covid-19 parecem ter freado o crescimento da economia naquele país. Com a melhoria das condições sanitárias, o crescimento deve voltar a um nível mais alto. (Mercado & Consumo)
Setor Serviços nos USA: O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços nos Estados Unidos subiu a 58,7 em outubro, ficando acima da leitura final de setembro, a 54,9, bem como da prévia do mês passado, em 58,2. Trata-se da expansão mais rápida da atividade no setor desde julho. (Valor)
Vendas de Casas Novas: As vendas de casas novas no Estados Unidos surpreenderam positivamente a expectativa de mercado. O crescimento em setembro foi de 7%, maior nível desde janeiro. Os preços no ano subiram 13,3% (em relação a setembro e 2020), mas já estão subindo menos. Por outro lado, a permissão para novas construções caiu 7,7% e os inícios de construção caíram 1,6%, mostrando que há pouco fôlego para a continuidade da expansão da economia. (Mercado & Consumo)
Aumento de Juros nos USA: Depois de novas declarações do presidente do Federal Reserve Bank (FED), Jerome Powell, o mercado prevê aumento de juros da economia americana já no primeiro semestre de 2022. Agentes de mercado já esperam que haja mudança da taxa em junho, mesmo ainda sem o “tapering”. Esse cenário reforça o câmbio desvalorizado no Brasil para o próximo ano. (Mercado & Consumo)
Encomendas à Indústria Americana: As encomendas à indústria americana subiram 0,2% em setembro, a US$ 515,9 bilhões, de acordo com dados divulgados há pouco pelo Departamento do Comércio dos EUA. O número positivo representa a 16ª alta nos últimos 17 meses. (Valor)
Parceria Econômica Abrangente Regional: A Parceria Econômica Abrangente Regional (RCEP, na sigla em inglês), um importante acordo comercial que inclui Japão, China, Austrália, Nova Zelândia e os países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), deve entrar em vigor em 1º de janeiro, anunciou o governo australiano. A RCEP cobriria cerca de 30% da população mundial e do produto nacional bruto global. O acordo eliminaria tarifas sobre 91% dos bens, principalmente itens industriais. (Valor)
Redução na Compra de Bônus: O Federal Reserve (Fed) dos EUA anunciou que começará a reduzir em novembro seu enorme programa mensal de compra de bônus de US$ 120 bilhões, um marco importante para a economia dos Estados Unidos que está se recuperando da pandemia e lutando contra o aumento da inflação. Num cenário de recuperação vigorosa, o Comitê de Mercado Aberto do Fed, o Fomc, encerrou sua reunião de política monetária de dois dias ontem com a promessa de reduzir suas compras de títulos do Tesouro em US$ 10 bilhões por mês. O banco central também reduzirá suas compras de títulos lastreados em hipotecas de agências em US$ 5 bilhões por mês. (Valor)
Fontes: Notas econômicas
Jornal Valor, Globo, Folha, Estadão, Canal Meio Newsletter, Carta Capital, Poder 360, Mercado & Consumo, UOL, Metrópoles, Veja, BBC Brasil, CNN Brasil, Mercado & Consumo e g1.
Em resumo