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Mercado de trabalho 2021: O futuro é híbrido

Foto de mulher escrevendo no computador de mesa photo of woman sitting near wooden doors
14ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), que sondou entre os dias 10 e 25 de novembro de 2020 a percepção de 1161 profissionais brasileiros

As primeiras medidas de quarentena passaram a ser adotadas pelos estados brasileiros na segunda quinzena de março de 2020 e impulsionaram o processo de estabelecimento do trabalho remoto no Brasil e no mundo. Hoje, pouco mais de 10 meses depois, a jornada híbrida, com funcionários alternando entre dias presenciais e remotos, se consolida como o modelo de trabalho do futuro do mercado. É o que aponta a 14ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), que sondou entre os dias 10 e 25 de novembro de 2020 a percepção de 1161 profissionais brasileiros.

Na opinião de 91% dos profissionais, as jornadas híbridas tornaram-se parte permanente do cenário de empregos e são três os principais motivos: colaboradores almejam flexibilidade (66%), a pandemia ainda é uma realidade (61%) e a produtividade se manteve/aumentou (57%). A eficiência comprovada após meses de home office também impulsiona a consolidação do modelo híbrido.

No caminho inverso, 9% dos entrevistados discordam da afirmação de que equipes híbridas devam predominar. Dentre esses, a maioria (61%) acredita que ao final da pandemia, o presencial voltará a prevalecer. Ainda, há profissionais que elencam outras justificativas: é mais desafiador disseminar a cultura corporativa (25%), piora do engajamento (25%) e dificuldade de manter a produtividade (25%).

“A transição para o trabalho remoto provavelmente será duradoura para muitas empresas, pois gestores e colaboradores reconhecem que podem ser igualmente produtivos trabalhando em casa. O mesmo argumento vale para formatos híbridos, onde os bons resultados foram mantidos e, muitas vezes, superados”, comenta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half.

Há o desejo pela manutenção de vivências geradas pela pandemia. Com a necessidade contínua de isolamento social, muitas empresas precisaram rever e adaptar suas práticas relacionadas à gestão de pessoas. Os dados do 14º ICRH apontam que 71% dos profissionais gostariam que as vivências flexíveis (horário, local, jornada) estabelecidas ao longo da pandemia se mantivessem ao final dela. Canais e ações de suporte à saúde mental (8%), auxílio home office (7%) e treinamentos preferencialmente on-line (9%) são outros pontos que os profissionais desejam que se mantenham no pós-pandemia.

Destaques no trabalho remoto

De acordo com os profissionais que desempenham função de recrutamento algumas áreas se mostraram mais adequadas para o trabalho remoto bem sucedido. São elas:

(Fonte: 14ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH))

  • Finanças e Contabilidade: 68%
  • Tecnologia: 67%
  • Jurídico: 66%
  • Vendas/Marketing: 55%
  • Recursos Humanos: 46%

Existem desafios pela frente

Os profissionais empregados que durante 2020 vivenciaram jornadas híbridas elencaram quais são os maiores desafios do modelo de trabalho que mescla o presencial e o remoto. Na percepção de 387 profissionais, a comunicação adequada com a equipe (25%) é o principal desafio, seguido pela organização e planejamento das tarefas (24%). Os entrevistados também apontaram dificuldade de proximidade com a equipe (21%), manutenção do mesmo nível de produtividade (15%) e autogestão (13%) como possíveis obstáculos.

Para Mantovani, aquele profissional que tiver um perfil mais flexível, que se adapta com facilidade às mudanças, que possui empatia e comunicação fluida, que seja transparente, sincero e tenha postura adequada, certamente, estará à frente nesse novo formato de mercado de trabalho. “O profissional que estiver aberto a todas as modalidades de contrato, bem como diretamente na empresa, como temporário ou como terceiro também sairá à frente. Empresas buscam profissionais comprometidos e engajados com habilidade de comunicação, ainda mais neste momento, onde a maioria trabalha à distância das equipes. Equilíbrio emocional e capacidade de trabalhar em grupo são as características que as empresas cada vez mais buscam”, conclui.

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