O ano vai marcar a consolidação da tendência da longevidade prática. Conheça esta e outras tendências da medicina em 2025, segundo o The Medical Futurist Institute.
O ano de 2025 vai marcar a consolidação da tedência da longevidade prática. A avaliação é do médico Bertalan Mesko, conhecido como “o futurista médico”, diretor do The Medical Futurist Institute. Especialista em analisar o impacto das tecnologias na medicina ele publicou uma lista de forças tecnológicas médicas e de saúde que merecem ter a atenção da comunidade médica.
1- 2025 será o ano da longevidade prática
O que quero dizer com isso é que a longevidade finalmente está se tornando popular. Não a parte da pesquisa e a busca por telômeros crescentes, mas a parte que é mais do que apenas uma vida saudável e envolve muitas tecnologias, suplementos, exames e hábitos para maximizar nossa expectativa de vida. Eric Topol lançará um livro sobre isso, enquanto Don’t Die, de Bryan Johnson , está se tornando um movimento mundial em torno da ideia.
2- Ferramentas de IA em ascensão
Começamos com aplicativos de voz para texto e agora o campo está amadurecendo em direção a agentes de IA generativos que podem transformar uma conversa entre paciente e médico em um registro médico. Essas ferramentas podem ser o Santo Graal para que os médicos finalmente consigam passar tempo suficiente com os pacientes. Aqui, analisaremos extensivamente seu papel na medicina.
3- A conexão da Ozempic com a saúde digital
Descrevi em uma análise por que não investir em tecnologias de saúde digital para empresas que desenvolvem medicamentos agonistas de GLP-1 é uma oportunidade perdida. Esses medicamentos obtiveram aprovação regulatória apenas seguindo uma dieta com redução de calorias e exercícios. Os dois últimos são quase impossíveis de alcançar sem suporte de saúde digital. As empresas farmacêuticas devem aproveitar isso.
4- Monitores de glicose acessível a não diabéticos
Os Monitores Contínuos de Glicose (CGM) se tornaram uma tecnologia acessível para muitos pacientes com diabetes. No entanto, vejo um papel ainda maior que tal tecnologia poderia desempenhar na vida de pacientes sem diabetes. Ser capaz de medir com precisão sua glicemia constantemente e obter feedback sobre seus hábitos de vida não tem preço, como eu mesmo experimentei . Para isso, precisamos de dispositivos que sejam confiáveis e acessíveis globalmente.
5- IA generativa em todo o espectro da saúde
O FDA tem mais de 1.000 dispositivos aprovados baseados em IA em seu banco de dados e é fácil esperar que esse banco de dados ultrapasse o marco de 1.500 dispositivos este ano. Mas a IA generativa representa um desafio para os reguladores em outro nível sem precedentes. Até mesmo mercados de IA generativa surgiram para clínicos onde eles podem usar modelos básicos para construir sobre eles em vez de eles mesmos desenvolverem IA. Só espero que os reguladores sigam a liderança do FDA nisso e na regulamentação de algoritmos adaptativos também.
6- SLMs levam a IA para as massas
Small Language Models (SLMs) têm um número relativamente pequeno de parâmetros e podem, por exemplo, rodar em um celular comum, sem acesso à internet. Essa tecnologia pode levar não apenas IA, mas IA generativa, para as massas, mesmo para regiões de poucos recursos.
7- Métodos futuros estão se tornando populares
A era em que pesquisadores e clínicos compartilham suas opiniões sobre o futuro sem usar métodos de futuros estabelecidos com os quais eles poderiam analisar futuros potenciais com precisão e facilidade deve chegar ao fim. E não estou dizendo isso porque escrevi um livro sobre o assunto . No entanto, porque decisões cruciais não devem ser baseadas em análises altamente subjetivas, mas em métodos práticos que todos podem aprender.
8- Os recursos vestíveis enfrentam um obstáculo
Parece que não é mais suficiente medir sinais vitais e parâmetros de saúde, mas algumas empresas podem querer transformar seus produtos em terapêuticas digitais se puderem provar suas alegações em estudos revisados por pares. A Hyfe vem à mente , líder global em detecção, rastreamento e classificação de tosse com tecnologia de IA, pois eles anunciaram que estariam se expandindo para o tratamento de tosse crônica com a primeira terapêutica digital do mundo.
9- A nova equipe médica
Durante as mudanças de paradigma da saúde digital e da IA na área da saúde, novas equipes médicas começaram a se formar. Equipes que incluem o paciente, um profissional de saúde e uma tecnologia de IA. A Skinvision pode ser um bom exemplo e eu sou a razão disso. Como meu risco genético para câncer de pele é alto, tenho um dermatologista, a IA da Skinvision e eu mesmo na equipe médica. Formatos semelhantes podem ser esperados de empresas que desenvolvem IA para fins de saúde.
10- Empresas com hardware caro têm dificuldade
Empresas que desenvolvem hardware como dispositivos de realidade virtual, exoesqueletos robóticos ou tecnologias de impressão 3D desapareceram no ano passado. Parece que outras que trabalham em soluções algorítmicas podem ter uma vantagem.
Fonte:
Dr. Bertalan Mesko, PhD
