A segunda maior cidade colombiana, Medellín, arborizou 18 ruas e 12 hidrovias para combater as altas temperaturas do verão. Denominados Green Corridors (Corredores Verdes), os espaços são capazes de reduzir o acúmulo de calor na infraestrutura urbana. É o que aponta relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) Meio Ambiente.
A intervenção em Medellín tornou possível reduzir a temperatura em mais de 2 graus Celsius. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, os Corredores Verdes representam uma solução natural, pois “são ações que protegem, gerenciam de forma sustentável e restauram ecossistemas naturais ou modificados, abordando desafios sociais de forma eficaz e adaptável, proporcionando simultaneamente bem-estar e benefícios para a biodiversidade”.
Assim como ocorre em outras cidades, Medellín enfrenta o aumento das temperaturas e o impacto das ilhas de calor urbanas, pois o concreto e o asfalto retêm a energia do sol e irradiam calor, mantendo a cidade muito quente, mesmo após o pôr-do sol.
A estimativa é que a emissão de gases de efeito estufa geradas pelo setor de refrigeração aumentem 90% até 2050. De acordo com a ONU Meio Ambiente, é possível reduzir a temperatura ambiente durante o dia em média de 1 grau com a adoção dos parques urbanos.
A organização destaca Milão, na Itália como outro exemplo, pois a cidade planeja plantar 3 milhões de árvores até 2050 para combater as ilhas de calor e melhorar a qualidade do ar. A ONU Meio Ambiente destaca, ainda, uma outra solução: os telhados verdes, que em cidades como Atenas podem diminuir a demanda por resfriamento artificial nos edifícios em até 66%.
A iniciativa dos Corredores Verdes venceu o Prêmio Ashden de Refrigeração Baseada na Natureza. O projeto recebe apoio do Programa Kigali de Eficiência de Refrigeração, organizações internacionais como a ONU Meio Ambiente e a Sustainable Energy for All.
Com informações da ONU Meio Ambiente.