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IA Jurídica: mais de 50% dos advogados adotam a tecnologia

Análise de documentos, criação de peças jurídicas e pesquisa de jurisprudência e doutrina são as tarefas da IA Jurídica mais frequentes

Radar do Futuro

A inteligência artificial é incorporada às atividades de mais da metade dos profissionais de direito, com tendência de crescimento, atesta o “Relatório Impacto da IA GENERATIVA NO Direito”, realizado pela seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), em parceria com Jusbrasil, Trybe e o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS-Rio). Segundo o estudo, 55,1% dos advogados no Brasil já utilizam IA jurídica em suas atividades diárias.

Análise de documentos, criação de peças jurídicas e pesquisa de jurisprudência e doutrina são as tarefas em que a inteligência artificial tem sido adotada de forma mais frequente. A pesquisa on-line alcançou mais de 1.500 respostas de profissionais de todo o Brasil. Os dados confirmam a contribuição da tecnologia nos processos de otimização de tempo e aumento de produtividade. Mas também apontou desafios, preocupações e questionamentos quanto à aplicação das ferramentas.

Resultados

Enquanto 55,1% dos advogados utilizam IA jurídica regularmente, 28,8% não utilizam na rotina profissional, e 16,1% afirmaram usar os recursos apenas ocasionalmente. A adesão à IA jurídica varia conforme o perfil profissional: 50% dos advogados autônomos, 62% dos advogados em empresas privadas e 63% dos profissionais no setor público fazem uso de inteligência artificial para advogado com frequência.

Entre os profissionais mais entusiastas da IA para advogados, 78% afirmaram usar a ferramenta pelo menos uma vez por semana, destacando a redução do tempo gasto com tarefas repetitivas e a melhoria da qualidade das peças jurídicas produzidas. Para esses profissionais, a inteligência artificial para advogados tem se mostrado uma ferramenta essencial para aumentar a eficiência e produtividade nas atividades jurídicas.

No entanto, nem todos os advogados estão totalmente convencidos das vantagens da IA. Cerca de 47% dos entrevistados se mostraram neutros quanto ao uso da IA no setor jurídico, reconhecendo seus benefícios, mas também apontando dificuldades na integração dessa tecnologia à rotina do escritório. A necessidade de supervisão humana foi um dos desafios mencionados.

Entre os 5% de advogados mais céticos, as preocupações são maiores, com a desconfiança em relação aos impactos da IA nas decisões jurídicas. Esses profissionais temem o comprometimento ético e os vieses que poderiam afetar os processos. A ideia de que a IA poderia substituir profissionais também está entre as maiores preocupações desse grupo.

IA Jurídica em consolidação

A pesquisa demonstra que, apesar das preocupações de parte dos advogados, a IA jurídica tem se consolidado como uma ferramenta relevante para o setor. A inteligência artificial para advogados está se tornando cada vez mais essencial, especialmente para tarefas repetitivas, como análise de documentos e elaboração de peças jurídicas. A adoção dessa tecnologia no setor jurídico continua a crescer, e 93% dos respondentes acreditam que o uso da IA jurídica aumentará no próximo ano.

Porém, o estudo também alerta para a necessidade de capacitação dos advogados, especialmente ao considerar a evolução da inteligência artificial. A capacitação conforme apontado, ajudará a otimizar o uso da tecnologia, permitindo que os profissionais possam se concentrar nas atividades mais complexas e nas interações humanas com clientes.

Segundo autores, para aqueles que buscam uma IA jurídica gratuita, é fundamental se familiarizar com as ferramentas disponíveis, como ChatGPT, Gemini e outros IA específicas para o setor, já que muitas soluções estão emergindo como alternativas para otimizar os serviços jurídicos com inteligência artificial. O futuro do setor jurídico parece estar cada vez mais alinhado com a utilização dessas tecnologias, que oferecem não só agilidade, mas também novas oportunidades para os advogados.

Os principais desafios econômicos na adoção da IA no setor jurídico incluem:

  1. Custos Iniciais de Implementação: A adoção de sistemas de IA requer investimentos significativos em infraestrutura tecnológica, software especializado e capacitação dos profissionais. Isso pode ser particularmente desafiador para escritórios de advocacia de pequeno e médio porte, que enfrentam dificuldades para arcar com esses custos14.
  2. Manutenção e Atualizações: Além dos custos iniciais, é necessário investir continuamente em manutenção e atualizações dos sistemas para garantir seu funcionamento eficaz, o que pode ser um desafio econômico contínuo1.
  3. Modelos de Assinatura (SaaS): Para mitigar esses custos, muitas soluções são oferecidas como Software as a Service (SaaS), permitindo que escritórios menores e advogados autônomos acessem tecnologias avançadas sem investir em infraestrutura própria. No entanto, isso ainda envolve custos recorrentes com assinaturas1.
  4. Impacto no Mercado de Trabalho: A automação de tarefas pode levar à substituição de empregos ou à necessidade de requalificação dos profissionais jurídicos, o que pode ter implicações econômicas tanto para os indivíduos quanto para as empresas6.
  5. Investimento em Treinamento e Capacitação: Para que a IA seja eficazmente integrada, é necessário investir em treinamento e capacitação dos profissionais, o que também representa um custo significativo7.

Com informações da Dino

Em resumo


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