Radar do Futuro
O mercado de seguros residenciais espera que, já a partir de setembro, os reflexos das mudanças que vêm sendo anunciadas pelas empresas durante o isolamento da pandemia aumente a procura e a contratação de seguros residenciais em até 30%. Será um efeito positivo das experiências do trabalho em casa, o home-office, que tem levado organizações privadas e públicas a considerar com melhores olhos a possibilidade de adoção do sistema nos próximos meses e anos. Projetos programados para o futuro serão antecipados, requerendo novas estratégias de gestão de pessoas.
“As seguradoras estão, neste momento, avaliando as mudanças necessárias nos seus produtos e se adequando melhor às novas necessidades do profissional que permanecerá alocado em casa no pós-pandemia. É preciso estar pronto para atender essa demanda”, atesta o especialista em subscrição patrimonial, Thales Lemos. A identificação de oportunidades extras para o segmento reforça a constatação de que a pandemia do novo coronavírus impôs mudanças significativas na rotina das empresas em todos os setores econômicos. Com o isolamento social, foi preciso se reinventar e o home-office foi uma das saídas.
Passado o susto da necessidade de rápida adaptação, 80% dos empresários brasileiros já aceitam o formato, de acordo com a ISE Business School. Agora, cerca de 85% dos executivos veem mais benefícios do que prejuízos no modelo. E 73,8% das empresas pretendem manter o sistema, aponta pesquisa da Cushman & Wakefield. Para Thales Lemos este é o novo público-alvo do mercado segurador: “profissionais que utilizarão a residência como escritório e, consequentemente, buscarão proteção em seguros residenciais com cobertura para equipamentos e ferramentas do trabalho remoto.”
Oportunidade para seguradoras
Para o executivo, há um bom motivo para comemorar. Afinal, diz ele, “o ‘novo normal’ das companhias e o desejo de segurança são uma grata oportunidade de expansão da modalidade, já que os seguros para residências ainda não têm a preferência dos clientes”. Dados da Federação Nacional de Seguros – Fenseg apontam que, hoje, apenas 13,3% de um total de 68 milhões de domicílios estão segurados. Para Lemos, o índice é reflexo da falta de cultura de investimento em seguros por parte dos brasileiros. O País está muito aquém de outros desenvolvidos quando se trata da representatividade do mercado segurador em relação ao PIB.
Lemos, que também é gerente de Subscrição da Sancor Seguros, diz que a companhia espera um incremento de 30% nas vendas a partir de setembro e mais 25% de crescimento no portfólio de produtos Patrimoniais para 2020. Ele lembra ainda que, o grande desafio é educar e conscientizar o consumidor da necessidade e importância de se ter a apólice residencial, especialmente agora que ele e a família passam mais tempo em casa.
“Na Sancor, por exemplo, as apólices além de assegurar os itens do home-office, dão cobertura para incêndio, danos em equipamentos elétricos e eletrônicos em caso de queda de raio ou oscilação de tensão na rede, vendavais e roubo de bens. Outra vantagem que a empresa oferece é o conjunto de 57 serviços de assistências, que incluem eletricista, chaveiro, encanador, conserto de eletrodomésticos com troca de peças, limpeza de caixa d’água, caçamba para entulhos e até mesmo dedetização”, conclui Lemos.
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