Conheça mais sobre a gerontologia, profissão do futuro que aborda o processo de crescente envelhecimento das populações
Em 2030, o número de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos. Diante das perspectivas de mudanças do quadro demográfico, e antes que seja muito tarde, os setores público e privado devem entender o significado da tendência que levará ao envelhecimento da população nos próximos anos. E se antecipar aos impactos prováveis. Há algum tempo, as estatísticas apontavam para acontecimentos que pareciam distantes, como o aumento do tempo de vida com qualidade. Agora, não mais. A transição está prestes a atropelar a sociedade.
Pelo menos em tese, se houver o cuidado necessário com idosos, o cenário é especialmente favorável para a gerontologia, profissão que estuda o processo de envelhecimento do ser humano. Ela tem o objetivo de oferecer uma vida mais tranquila nos aspectos físicos, psicológicos e biológicos para os cidadãos. Os especialistas da atividade desempenham papéis estratégicos neste momento em que a sociedade se depara com a transição para novas realidades sociais, econômicas, políticas e culturais, entre outras.
“Estamos sofrendo uma transição demográfica e precisamos nos preparar”, reforça a gerontóloga Nathalia Gitti. O País deve ter políticas públicas que atendam de forma adequada e eficaz essa parcela numerosa da população. A atividade vai vivendo um oceano azul de oportunidades e algumas empresas já se adequam para atender novas demandas.
Exemplo de adaptação de empresas ao cenário de oportunidades geradas pelas pessoas com mais de 60 anos, a Suprevida, plataforma de informações, produtos e serviços de saúde, contratou a gerontóloga Nathalia Gitti para ser a responsável pela área de atendimento e hospitalidade ao cliente. A profissional terá como meta, na Suprevida, aprimorar ainda mais o atendimento ao público geral e definir ações destinadas ao grupo, tão carente de conversas longas e atenção. Nathalia ressalta a importância de escutar e conversar com cada um.
Profissão do futuro
A profissão é bem recente no Brasil, já que a primeira turma de profissionais se formou em 2008, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP). A formação busca integrar todas as áreas do envelhecimento. “É mais do que pensar na qualidade de vida”, diz Nathalia Gitti. As funções englobam planejamento e visão de futuro, para entender como as mudanças alteram o cotidiano das pessoas. Inclusive exigindo a adaptação a novos padrões.
Os idosos sentem, com o passar dos anos, que estão sendo deixados de lado e não são mais tão úteis, por isso ficam carentes de atenção. Ao mesmo tempo, são os que mais consomem produtos de saúde. Por isso, achei muito bacana a ação da Suprevida de trazer esse olhar mais humano para eles. Nós também chegaremos lá um dia. Trabalhando com esse público, aprendo algo novo diariamente, tenho uma visão diferente do mundo e vejo que há outras formas de solucionar nossos problemas imediatistas, revela a especialista.
Indicadores
- O número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões de pessoas até 2050. Isso representará um quinto da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde.
- Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil, em 2016, tinha a quinta maior população idosa do mundo
Forças da profissão
- Se beneficia da tendência de combinação entre o aumento da qualidade de vida de segmentos da população idosa com a diminuição da natalidade
- Serão necessárias políticas de atendimento à população idosa
- A sociedade demandará ações de adaptação para o envelhecimento
- Profissões que envolvem relacionamento humano têm sobrevivência assegurada no futuro
Desafios
- O maior problema é a ausência de sensibilidade administrativa para conduzir os serviços de atendimento social
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Em resumo