Carlos Teixeira
Jornalista – Radar do Futuro
Tecnologias que mal pesam 2,5 quilos, drones e bits foram os componentes de destaque do “Innovation Day”, evento em que a CNH Industrial, uma das líderes globais do setor de bens de capital, reforçou a importância estratégica da digitalização no desenvolvimento do setor de bens de capital. Realizado no último dia 27 de setembro, em Sorocaba, interior de São Paulo, o encontro de diretores com formadores de opinião confirma o papel estratégico das matérias-primas digitais no futuro do setor.
“Em sua primeira edição, o Innovation Day coloca o homem no centro da revolução digital e debate soluções para novas tecnologias dos segmentos agrícola, de construção, transporte e energia” anunciaram diretores e engenheiros envolvidos em apresentações sobre projetos e iniciativas da empresa. A multinacional identifica o cenário de profunda transformação do mercado em que o setor de máquinas tenta superar dificuldades específicas.
A indústria percebe o momento de adaptação do sistema produtivo ao ambiente de incertezas e exigência de investimentos em novas exigências, como a sustentabilidade. Como resultado, o foco da inovação inclui a maior difusão do conhecimento da sociedade sobre as suas ações relacionadas com as inovações tecnológicas. Conectividade e dados são peças da estrutura, focada na análise preditiva.
Prioridades estratégicas
Tradicionalmente voltado para o público interno, o evento anual da Semana de Inovação passou a ser aberto, além dos portões da fábrica. Uma demonstração de um drone como equipamento auxiliar para o funcionamento e monitoramento de tratores agrícolas resume o significado das mudanças. Máquinas pesadas estão cada vez mais integradas aos espaços, como coletadoras e processadoras de dados e informações.
O evento foi promovido no Centro de Inovação, Tecnologia e Treinamento da CNH Industrial, dentro do Complexo Industrial da CNH Industrial de Sorocaba (SP). A unidade é considerada suporte e treinamento das tecnologias de agricultura digital, de construção e transporte, e de monitoramento das operações à distância na América Latina. No local, a empresa desenvolve e transfere o conhecimento de novas tecnologias que farão o futuro da mecanização e dos veículos de transporte.
Com foco nas tendências das áreas agrícolas, de construção, transporte e energia, o Innovation Day reuniu funcionários, acadêmicos, fornecedores, parceiros e jornalistas, que acompanharam palestras e debates. Durante a ação, o time de Inovação da CNH Industrial falou sobre como as novas tecnologias são desenvolvidas, geridas e implementadas na organização.
Os engenheiros-chefes, responsáveis por cada marca, apresentaram as tendências por segmento, e os muitos exemplos de produtos que levam a inovação para o campo, para a construção, para o transporte e para o setor de energia.
Identificação de tendências
O diretor de Engenharia para o Segmento Agrícola da CNH Industrial, Sérgio Soares, assinala que a Semana da Inovação tem sido responsável pela geração de muito conhecimento. “Foi uma oportunidade para apresentarmos como fazemos a inovação, nossos investimentos locais e os resultados conquistados”. Com seis centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil e um na Argentina, a CNH tem se notabilizado como líder em inovações na América Latina.
Inserida no ambiente da indústria 4.0, que pressupõe a integração de recursos digitais e analógicos, a inovação em todas as áreas requer novo tratamento. Assim, ganha relevância maior o envolvimento de colaboradores, fornecedores e parceiros estratégicos no compartilhamento de ideias, trabalhada de forma colaborativa e aberta. “Ouvimos e antecipamos as expectativas dos clientes e nos esforçamos em desenvolver inovação nacional, em depositar patentes e oferecer as melhores soluções para os mercados de atuação”, avalia Soares.
Em todos os discursos, a inovação foi atrelada à sustentabilidade, que impacta todas as áreas de fornecimento de máquinas e equipamentos. De olho no aumento da produtividade, o futuro do setor agrícola, onde a empresa atua como as marcas Case IH e New Holland Agrícola, está na automação das máquinas, na aplicação e interpretação dos sistemas inteligentes e na autossuficiência do agronegócio e das propriedades agrícolas.
A tendência é de incorporação das mesmas prioridades estratégias nas outras unidades de negócios, a partir da identificação adequada das novas demandas. Enquanto no segmento de construção, as tendências são voltadas para a eficiência operacional, conectividade dos equipamentos e acessibilidade, na área de transporte, que inclui a demanda por soluções de inclusão, e tem tem a meta de oferecer autonomia dos veículos e a utilização de combustíveis alternativos, como o gás natural veicular e a eletrificação.
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