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FMI prevê recuperação lenta após a crise gerada pela pandemia

Fundo Monetário Internacional alerta para a necessidade de preparação para as novas condições determinadas pela pandemia. Foto: Agência Brasil
Fundo Monetário Internacional alerta para a necessidade de preparação para as novas condições determinadas pela pandemia. Foto: Agência Brasil

ONU

A recuperação econômica após o surto da pandemia da Covid-19 deve ser mais gradual do que o previsto anteriormente. A avaliação consta de um novo relatório publicado do Fundo Monetário Internacional (FMI). O organismo internacional estima uma queda de 4,9% para a economia global este ano, frente à projeção de baixa de 3% feita em abril, indicando que a recessão será mais profunda e a recuperação, mais lenta. Para o Brasil, a previsão é de um tombo de 9,1%.

Em países com taxas decrescentes de COVID-19, a projeção de recuperação lenta se baseia em fatores como continuidade das medidas de distanciamento físico, produtividade reduzida devido a bloqueios e o impacto das medidas de segurança e higiene no local de trabalho nas empresas sobreviventes.

O FMI prevê ainda que bloqueios mais longos afetarão a atividade econômica em países que lutam para controlar infecções. “Todos os países – incluindo aqueles que aparentemente atingiram picos de infecções – devem garantir que seus sistemas de saúde tenham recursos adequados”, afirmou a agência.

“A comunidade internacional deve intensificar seu apoio a iniciativas nacionais, inclusive por meio de assistência financeira a países com capacidade limitada de assistência à saúde e canalização de financiamento para a produção de vacinas à medida que os estudos avançam, para que doses adequadas e acessíveis sejam rapidamente disponibilizadas a todos os países.”

Países devem ser antecipar a catástrofes futuras

Olhando para além da crise, o relatório pede aos formuladores de políticas que resolvam as “tensões” comerciais e tecnológicas que colocam em risco a recuperação. Além disso, eles devem implementar compromissos relacionados ao clima e aumentar a tributação do carbono.

“A comunidade global deve agir agora para evitar a repetição dessa catástrofe, construindo estoques globais de suprimentos e equipamentos de proteção essenciais, financiando pesquisas e apoiando sistemas de saúde pública e implementando modalidades eficazes para prestar socorro aos mais necessitados”, afirmaram.

Medidas fiscais e cooperação global

O relatório recomenda que, em regiões que ainda enfrentam lockdowns, as autoridades continuem a “amortecer” as perdas de renda das famílias, além de apoiar as empresas forçadas a reduzir suas atividades devido às restrições impostas.

“Onde as economias estão reabrindo, o apoio direcionado deve ser gradualmente desfeito à medida que a recuperação está em andamento, e as políticas devem fornecer estímulo para elevar a demanda e facilitar e incentivar a realocação de recursos de setores que provavelmente emergirão permanentemente menores após a pandemia”, disseram os autores.

Eles enfatizaram a importância de uma forte cooperação global durante a pandemia, observando que os países que enfrentam a crise e também enfrentam uma queda no financiamento externo, ou outro tipo de financiamento, precisam urgentemente de “assistência de liquidez”.

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