A integração dos ambientes físico e digital possibilita à artista Ana combinar rotinas de São Paulo e uma pequena comunidade no interior de MG
CARLOS PLÁCIDO TEIXEIRA
Jornalista Responsável | Radar do Futuro
Jovem artista plástica, Ana da Silva vive uma rotina de qualidade em Andrequicé, uma pequena comunidade quilombola na região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, como se ainda tivesse um pé em São Paulo. Em 2029, o processo vibrante e futurista da capital paulista não foi suficiente para impedir a mudança da paulistana, de 24 anos.
O mundo vive um momento de integração figital. Foi a possibilidade de mesclagem entre vivências físicas e digitais nas experiências cotidianas que contribuiu para a decisão de mudança radical da artista. A integração figital transforma a maneira como as pessoas vivem, trabalham e se relacionam. A tecnologia é, na prática, invisível, presente em todos os momentos da vida, criando um mundo mais conectado, eficiente e criativo.
Forças das mudanças
Um dia em 2029
Nem parece que o mundo físico está em Andrequicé, um lugar que ainda guarda características do século passado. Mas já com internet em velocidade 8G. Ana acorda, como em todos os dias, com a ajuda da sua interface holográfica pessoal, Aura. Noticias do mundo são projetadas de forma personalizada. Lembretes e a agenda do dia estão diante dos olhos, tudo em um ambiente interativo 3D. Para navegar entre as informações, bastam gestos simples, como tocar no ar ou usar comandos de voz.
No café da manhã, a mesa inteligente reconhece seus hábitos alimentares e oferece opções nutritivas e personalizadas. Com um toque, Ana recebe uma salada de frutas vermelhas e um pão integral fresco. A impressora 3D culinária propicia a oferta de sucos naturais de todos os sabores, com ingredientes naturais.
Em seu caminho para o trabalho, Ana caminha por ruas adornadas com hologramas interativos. Publicidades se adaptam ao seu perfil, exibindo produtos e serviços relevantes. Em um parque, crianças brincavam em playgrounds digitais, interagindo com jogos educativos projetados no chão.
No estúdio de arte, Ana dá vida às suas criações de forma inovadora. Usando óculos de realidade aumentada, ela desenha e esculpe peças em 3D, manipulando objetos virtuais com gestos precisos. As obras podiam ser impressas instantaneamente em materiais diversos, como metal, plástico ou até mesmo biomateriais.
Ao final do dia, São Paulo entra na agenda de encontros. Ana se reune com amigos em um restaurante com mesas interativas. O menu digital permite que os clientes personalizassem seus pedidos e visualizassem a origem dos ingredientes. Mesmo a mais de dois mil quilômetros de distância, a experiência gastronômica é complementada por projeções imersivas que criam uma atmosfera única.
Em resumo