Os produtores rurais podem contar com mais um aliado no campo: o primeiro protótipo de uma estação espacial baseado na Internet das Coisas (IoT), que permitirá o monitoramento das variáveis agroclimáticas. A ferramenta tecnológica facilitará a tomada de decisões do homem do campo na hora de manejar as unidades produtivas, gerenciar, planejar ações e melhorar rendimentos.
Desenvolvido pela Microsoft em parceria com a Lantern Technologies e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o dispositivo é equipado com sensores que registram, em tempo real, dados de variáveis como solo e umidade ambiental, temperatura, precipitação, orvalho, direção do vento, umidade, luminosidade, entre outras. Dessa forma, os produtores terão como criar alertas e notificações sobre variáveis específicas, que chegarão em seus dispositivos móveis ou por e-mail.
Abastecidos por baterias convencionais com autonomia de até dois anos, os sensores se conectam com uma nuvem por meio de rede de radiofrequência de baixa largura de banda e custo moderado. ¨É solução integral para os pequenos e médios produtores que se pode escalar¨, afirma o gerente de Tecnologias de Informação, Comunicação e Agricultura Digital do IICA, Emmanuel Picado.
Picado acrescenta que ¨o protótipo da estação climática é parte dos esforços do IICA para a transformação e a ‘digitalização’ da agricultura, que procura reduzir a desigualdade digital, fornece acesso a ferramentas tecnológicas para os produtores e que estes tenham segurança e confiança neste tipo de solução”.
Financiada pela União Europeia, inicialmente, a estação climática será usada no campo por meio do Programa Centro-americano de Gestão Integral da Ferrugem do Café (PROCAGICA), que oferece assistência técnica a cafeicultores da Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá e República Dominicana, com enfoque produtivo, social e comercial os problemas relacionados com a ferrugem.
“A necessidade de informação sobre o clima está cada vez maior, dada à complexidade dos cenários produtivos e a maior vulnerabilidade climática com impacto sobre os rendimentos e os preços do cultivo”, assegura o coordenador do PROCAGICA, Harold Gamboa.
O IICA irá capacitar, assessorar e acompanhar os produtores para a utilização do dispositivo. O instituto irá interpretar os dados e a informação coletada, para possibilitar a aplicação de boas práticas agrícolas, evitar perdas das colheitas e melhorar sua produtividade.
*Com informações do IICA.