Green Harvest, marca de alimentos orgânicos, investe na plataforma “Discovery Chain”, de rastreamento da autenticidade de produtos da cadeia de alimentos e agricultura
Carlos Plácido Teixeira
Jornalista I Radar do Futuro
Consumidores de mel, manteiga e chá de moringa da Green Harvest, marca de alimentos orgânicos de Bangladesh, poderão conhecer a origem e toda a história dos produtos comercializados pela empresa, desde a colheita até a embalagem. Basta digitalizar o código QR para ter acesso às informações de confiabilidade de origem e de comercialização.
A segurança dos compradores da Green Haverst para as três linhas de produtos será atestada por sistemas de QRCode baseado Blockchain. A inovação começou a ser implantada na empresa, em outubro, pelos Designers do Futuro (DdF), desenvolvedores da plataforma “Discovery Chain”, específica para o rastreamento da autenticidade de produtos da cadeia de alimentos e agricultura.
O presidente da Green Harvest, Moktadul Haque avalia o investimento como um marco importante para a história da empresa. “Com o uso do Blockchain deixamos totalmente claro para os nossos consumidores a forma como produzimos os nossos produtos”. A tecnologia cria as condições para que as empresas se preparem melhor para as mudanças previstas para o futuro das relações de consumo.
Agro-rastreabilidade
A introdução de tecnologias de monitoramento de origem e destino de alimentos é uma tendência não só em relação à qualidade dos seus produtos, mas também sobre os compromissos adotados com questões de sustentabilidade, por exemplo. O desenvolvimento da agricultura orgânica em Bangladesh tem sido lento. De acordo com o Bangladesh Bureau of Statistics, aproximadamente 12 mil agricultores em Bangladesh produzem safras orgânicas em cerca de 7 mil hectares de terra.
A transição da agricultura convencional para a orgânica tem sido uma questão de debate amplo, especialmente no contexto de nações em desenvolvimento, como Bangladesh. O debate enfatiza a urgência da transição para preservar o meio ambiente e a saúde e garantir um sistema de produção de alimentos seguro, sustentável e ecologicamente correto. mas também enfatiza a pressão para manter a produção de alimentos para uma grande população em crescimento.
Foco em modernização no interior de Minas
A preocupação com a transição dos processos produtivos também se evidencia entre produtores mineiros. E a sucessão de diretorias na Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), uma das principais entidades de representação do agronegócio brasileiro, confirmou as expectativas de crescimento dos processos de modernização tecnológica da produção, com a incorporação de recursos em toda a cadeia produtiva.
Ao entregar a presidência no último dia 18 de novembro, depois de 16 anos no cargo, o engenheiro agrônomo Roberto Simões celebrou as realizações que possibilitaram à federação ser protagonista do primeiro salto da agricultura. “Acreditamos que as gerações futuras conduzirão o segundo grande salto” destacou.
O desafio, diz Roberto Simões, é o desenvolvimento do que ele define como “a agricultura 5.0, que será inovadora, digitalizada, sustentável, com o uso de bioinsumos e forte conectividade”. O otimismo na continuidade do processo de modernização do sistema produtivo se fundamenta na avaliação de que o presidente da diretoria empossada, Antônio Ernesto de Salvo, é engenheiro agrônomo, filho de engenheiro agrônomo e pai de engenheiro agrônomo. Ou seja, “o sucessor, tem passado, presente e futuro, igual a nossa agricultura”, salienta o, agora, ex-presidente.
“Estamos nos tempos da agropecuária que incorpora as tecnologias de informação e de comunicação, os avanços científicos e tecnológicos da era digital, disse Ernesto de Salvo. Com tradição de investimento em atividades agropecuárias de altíssima produtividade, o líder dos agricultores de Minas garante que a revolução não será freada. Ate porque as transformações já são uma realidade de impactos profundos sobre as atividades do setor. E também de todos os segmentos sociais e econômicos.
Atento ao novo ambiente econômico global, o presidente da Faemg acredita que “as instituições que não se adaptarem estarão condenadas a falta de legitimidade no mundo contemporâneo”, afirmou.
Depoimentos: fortalecimento da marca
‘Estamos dando um importante passo para estarmos à frente no mercado e para fortalecer a relação de confiança com nossos clientes. Com o uso do Blockchain deixamos totalmente claro para os nossos consumidores a forma como produzimos os nossos produtos.”
Moktadul Haque
Chairman da Green Harvest
“Estamos felizes em usar tecnologias que impactam a sociedade e os negócios em todo o mundo. O Blockchain pode trazer rastreabilidade e confiança para as operações no mercado local e também para atender aos padrões internacionais para o mercado global, trazendo mais confiança para os consumidores.”
Saddam Hossain (Arian)
CEO da DdF
“Não há dúvida de que os consumidores querem ter controle sobre o que comem e trazer mais saúde para suas vidas. Basta escanear um produto. Na verdade, essa é a nossa paixão, usar tecnologia e pessoas para simplificar tudo o que é complexo!”
Júlia Ramalho
Co-CEO (DdF)
Por que usar blockchain para rastrear cadeias de abastecimento de alimentos?
A tecnologia Blockchain, baseada em códigos fechados e imutáveis, fornece rastreabilidade, segurança e descentralização na gestão de dados relacionados aos alimentos. As transações não podem ser alteradas ou ocultadas, pois cada mudança é rastreada, registrada e exibida para toda a rede de pessoas que têm acesso às informações.
Ele também armazena dados de maneira descentralizada. Isso significa que não existe um único servidor onde as informações são mantidas. Em vez disso, várias cópias dos dados são salvas em nós diferentes (computadores), onde todos os membros podem acessar e visualizá-los.
O Blockchain cria um ambiente tão radicalmente transparente que a necessidade de confiança é removida completamente e nenhuma autoridade central é necessária para mediar entre as partes.
As funções exclusivas blockchain:
- Impede a adulteração de alimentos, fraude e propaganda enganosa
- Auxilia no recall em massa de itens contaminados
- Identifica desperdício nas cadeias de abastecimento de alimentos
- Diminui as chances de comida estragar
- Permite a certificação da origem orgânica ou de comércio justo de produtos
Green Harvest
A empresa coleta produtos frescos e livres de químicos de várias ONGs ao redor de Bangladesh que são aconselhados e controlados pelo conhecido PKSF. Depois de coletar das fontes, os produtos são testados em laboratório e embalados com cuidado e cordialidade, antes da entrega aos clientes.
A empresa tem laboratório próprio, de testes e showroom, com garantia da qualidade de produtos e serviços.
Em resumo