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Mercado imobiliário: o que esperar
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Mercado mundial de tecnologia em biometria deverá superar US$ 30 bilhões em 2021
Mercado mundial de tecnologia em biometria deverá superar US$ 30 bilhões em 2021
O uso de novas tecnologias em biometria e identificação humana vem crescendo mundialmente e será essencial para ampliar a oferta de serviços, proteger pessoas, driblar a desburocratização, inibir fraudes e crimes de falsificação de documentos. Para se ter uma ideia da dinâmica desse mercado, as vendas globais de soluções biométricas devem superar a marca de US$ 30 bilhões em 2021, conforme estudo da consultoria de inteligência de mercado ABI Research, dos Estados Unidos.
No Brasil, o setor movimentou cerca de R$ 500 milhões em 2016 e deve dobrar de tamanho até 2020, segundo projeções da Associação das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (Abrid).
Com foco nesse mercado, acontece em Brasília, entre os dias 29 e 31 de agosto, no Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, o Biometrics HITech 2017, principal evento do País especializado em biometrias, tecnologias e técnicas de identificação humana, que trará as mais recentes inovações do setor e oferecerá inúmeras atividades, propiciando a troca de conhecimentos e o incentivo aos negócios.
O Biometrics HITech 2017 acontece junto com o XIV Congresso Brasileiro de Identificação e conta com a parceria FENAPPI – Federação Nacional dos Peritos Oficiais em Identificação e a ASBRAPP – Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas.
Segundo o cofundador da Biometrics HITech (empresa idealizadora e organizadora do evento), Luciano Baptista, já são mais de 440 congressistas inscritos até o momento, que poderão conferir 31 palestras de renomados especialistas nacionais e internacionais. “Trata-se de um público bastante selecionado, composto pelas principais empresas do mercado de tecnologias biométricas e de identificação, seus executivos e especialistas, entidades e autoridades das esferas públicas e privadas, proporcionando intensa troca de conhecimentos e ambiente oportuno para realização de negócios”, afirma.
Ainda de acordo com Baptista, o evento já conta com 18 patrocinadores, que representam as principais empresas do setor, e expositores como Aware, Gemalto, HID, Innovatrics, Montreal e NEC, que apresentarão novidades para o mercado. Um dos destaques deste ano é a Lounge das Startups, espaço destinado às iniciativas empreendedoras em biometrias e tecnologias de identificação, que terá a participação das empresas AMIGGO, Forensics Brasil, FullFace e Veridis Biometrics.
Nesta edição do evento, a Aware focará nas soluções de biometria facial não-responsiva para verificação de vida focada em plataformas mobile, assim como apresentará soluções para avaliação forense de biometrias.
Para a Gemalto, o objetivo é demonstrar para o público seu portfólio completo de produtos, com soluções que estão diretamente ligadas ao dia a dia das empresas e será a oportunidade de anunciar ao mercado a aquisição da COGENT, empresa líder em biometria.
Já a participação da NEC não se restringirá apenas ao estande em que vai expor algumas de suas soluções. Neste ano, o público do Biometrics HITech fará seu check-in para ingresso ao evento por meio do sistema de reconhecimento facial da NEC, com base nas informações previamente enviadas pelo smartphone do próprio visitante. Desta forma, os processos de credenciamento e entrada no local serão mais práticos e ágeis, tornando-se, inclusive, um modelo de acesso a ser implantado em várias outras situações com grande público tendo em vista sua eficiência. A empresa ainda mostrará uma das soluções mais modernas da atualidade, muito relevante para situações de tentativas de fraude em sistemas de reconhecimento de pessoas. Trata-se da detecção de vida, que por meio desse sistema, é possível identificar se a imagem utilizada pertence a uma pessoa real e não a uma foto ou um vídeo, por exemplo. Os visitantes poderão conferir também no estande uma estação de cadastramento biométrico, que é, hoje em dia, um passaporte para o mundo digital.
A Innovatrics apresentará as tecnologias de gerenciamento de identidade. A novidade é o Innovatrics AFIS, um sistema de identificação de impressão digital multimodal mais rápido do mundo e IFace, uma solução biométrica facial comprovada. O Innovatrics AFIS é reconhecido por integradores de sistemas e provedores de soluções que exigem uma solução de gerenciamento de identidade biométrica de grande escala, fácil de integrar, compatível com padrões e de alto desempenho para um sistema de impressão digital biométrico. A tecnologia inovadora de reconhecimento facial é aplicável a inúmeras soluções comerciais, como vigilância de segurança pública (rastreamento multifacetado e detecção de lista negra), verificação ICAO (controle de fronteira e emissão de identidade), análise demográfica (análise de comportamento do cliente no varejo) e várias soluções móveis, incluindo aplicações bancárias.
A programação de todas as atividades do evento e as inscrições estão disponíveis emwww.biometricshitech.com.
Sobre a Biometrics HITech:
Desde 2014, a Biometrics HITech é uma empresa totalmente orientada para o mercado de tecnologias de identificação humana, sobre o qual busca divulgar informações e conhecimentos, possibilitando troca de experiências, e oferecer serviços corporativos especializados para apoiar empresas, profissionais e gerar oportunidades de negócios. Sua atuação está fundamentada na realização de eventos especializados, prestação de serviços de consultoria em comunicação e marketing, produção de conteúdo e serviços digitais. Seu evento Biometrics HITech é o maior congregador de público em torno do tema.
Serviço:
Biometrics HITech 2017 e XIV CBI Congresso Brasileiro de Identificação
Data: 29 a 31 de agosto de 2017
Local: Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, junto ao Lago Paranoá e ao Palácio Alvorada (SHTN Trecho 1 Conj 1B, Bloco C, SHTN Trecho 1 – Asa Norte, Brasília – DF)
Horário: das 08h00 às 18h30
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Moda sustentável com gás carbônico
Atualmente estamos reciclando metal, plástico e papel, então por que não fazemos o mesmo com o CO2 (dióxido de carbono) transformando-o em algo útil? Essa é a pergunta que a NRG Energy fez ao público na Semana de Moda de Nova York, onde a empresa organizou um painel que incluiu Nina Garcia, diretora de criação da Marie Claire; Paul Bunje, diretor da XPRIZE; Marcel Botha, CEO da 10xBeta; Burak Cakmak, professor de moda na Parsons The New School for Design e a modelo e estilista Coco Rocha.
O vice-presidente da NRG Energy, Gin Kinney, revelou um protótipo de tênis que incorpora dióxido de carbono capturado na espuma de sua sola. “O “sapato sem uma pegada” é um símbolo do compromisso da NRG Energy para a redução e reaproveitamento das emissões de carbono”, disse Gin Kinney. O calçado sustentável do futuro
Projetado pelo designer Dwayne Edwards, o sapato é o tipo de inovação que a NRG Energy espera ver a partir do NRG Cosia Carbon XPrize, uma competição internacional que premiará com US $ 20 milhões as tecnologias disruptivas que aproveitem de forma criativa as emissões de carbono que são expelidas pelas chaminés das usinas a carvão e gás.
“Se nós podemos capturar o dióxido de carbono e transformá-lo num sapato, poderemos também transformá-lo em plásticos e tecidos”, disse Paul Bunje, diretor da XPRIZE. Atualmente somente a sola e a espuma são feitos de CO2 mas o próximo passo é criar um tênis 100% feito de CO2.
O tecido sustentável do futuro
A tecnologia que possibilita capturar dióxido de carbono e transformá-lo em combustíveis, plásticos e espumas também possibilitará criar polímero para fibras de poliéster sem nenhuma pegada ambiental, feita inteiramente de CO2. Isto é, um tecido criado sem uso de terra e água para fazer crescer a fibra, não causa poluição na sua fabricação e poderá ser tingido numa máquina de tingimento têxtil revolucionária que usa dióxido de carbono em vez de água. Fantástico!
Será o tecido sustentável mais avançado já criado para ser utilizado em roupas, calçados e bolsas. Ele não será biodegradável mas totalmente reciclável. Além da NRG Energy, a empresa americana Newlight Technologies desenvolveu uma tecnologia para capturar CO2 e transformá-lo polímero plástico chamado AirCarbon. Este novo material pode ser usado para os mesmos fins que o plástico à base de petróleo mas com a vantagem de ser mais rápido e barato de produzir.
A pesquisa sobre a captura de carbono foi inspirada pela capacidade da natureza para transformar o dióxido de carbono em energia pelas plantas e recifes. Enquanto a NRG Energy captura as emissões de CO2 que são expelidas pelas chaminés das usinas a carvão e gás, a Newlight captura as emissões de CO2 ou metano retirados de fazendas de gado, aterros sanitários comum ou de tratamento de águas residuais e plantas digestores anaeróbios.
A Newlight atualmente está vendendo seu polímero AirCarbon para fabricar plásticos recicláveis mas o próximo passo da empresa é lançar uma linha de fios de poliéster feito de CO2. Quer ter um vislumbre de como serão as malhas e tecidos de poliéster sem pegada ambiental? Veja a coleção de Alta Costura da estilista alemã Monique Collignon feita 70% com tecidos de poliéster reciclados.
Em 2020, nossas roupas e acessórios serão feitos completamente de dióxido de carbono stylo urbano stylo urbano-1 O tingimento sustentável do futuro
A indústria têxtil é uma das que mais utilizam e poluem fontes de água, consumindo uma quantidade do tamanho do mar mediterrâneo a cada dois anos. Os países asiáticos que produzem 80% da produção têxtil do mundo estão com seus rios contaminados com produtos químicos altamente perigosos oriundos principalmente do tingimento têxtil e dos cortumes de couro das fábricas que produzem para grandes redes de fast fashion. Veja mais no documentário River Blue.
Para acabar com o drama da poluição dos rios na China, Índia, Bangladesh, Camboja entre outros, novas tecnologias de tingimento foram desenvolvidas. Uma delas é o DryDye, um inovador processo de tingimento sem água que utiliza CO2 comprimido para tingir tecidos, desenvolvido pelo Yeh Group da Tailândia, uma empresa especializada em tecidos e vestuário para moda esportiva e moda íntima. Em 2012, a Adidas fabricou as primeiras camisetas pelo processo DryDye.
Todos nós estamos familiarizados com a histeria midiática de que o dióxido de carbono produzido pela industrialização humana é o responsável pelo apocalíptico “aquecimento global”. Será mesmo? No entanto, o que muitas vezes é desconhecido sobre o CO2 é a sua capacidade para criar processos de produção mais sustentáveis e eficientes. O dióxido de carbono na verdade é o “gás da vida” pois é ele que as plantas utilizam para fazer fotossíntese e produzir oxigênio. Na verdade o CO2 é o responsável pleo crescimento das plantas. Agora o “gás da vida” ajudará a criar novos produtos para a moda circular.
Em 2020, nossas roupas e acessórios serão feitos completamente de dióxido de carbono stylo urbano stylo urbano-2
O DryDye utiliza uma forma de dióxido de carbono pressurizado no lugar da água. Quando o CO2 é aquecido acima de 31ºC e pressurizado acima de 74 bar, torna-se supercrítico, um estado da matéria onde ele pode ser visto como um líquido expandido, ou um gás altamente comprimido. O fluido supercrítico tem alta densidade, o que possibilita a dissolução de compostos. Os corantes, em seguida, podem penetrar nas fibras e se espalharem por todo tecido sem a necessidade de agentes químicos adicionais.
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A Yeh Grupo não é a única empresa que está desenvolvendo este processo, que eles afirmam ser “um avanço real e significativo para a indústria de tingimento têxtil”. Já pensou, um tecido de poliéster feito de CO2 tingido com CO2 pressurizado sem água, sem causar poluição e utilizando menos energia e corantes químicos no processo? Esse é um dos exemplos máximos do capitalismo sustentável do século XXI onde a economia circular substituiu a poluente economia linear do capitalismo predatório predominante nos séculos XIX e XX. Esse é o futuro da indústria da moda circular.
Em 2020, nossas roupas e acessórios serão feitos completamente de dióxido de carbono stylo urbano stylo urbano-4
A DyeCoo da mesma forma que a DryDye utiliza o CO2 comprimido para tingir tecidos. A tecnologia levou 11 anos para se desenvolver pela empresa holandesa FeyeCon. A técnica utiliza dióxido de carbono supercrítico (SCCO2). Quando o dióxido de carbono é aquecido acima da sua temperatura crítica e pressão crítica, ele assume as propriedades de um fluido, que em seguida, penetra nas fibras têxteis e dispersa os corantes pré-carregados sem agentes químicos extras. O processo de tingimento do DyeCoo funciona da mesma forma que o DryDye. Veja o vídeo aqui.
A Nike utiliza o tingimento da Dyecoo desde 2012 em suas linhas de camisetas esportivas. Em comparação com o tingimento à base de água, o tingimento têxtil com dióxido de carbono não utiliza produtos químicos (eliminando a lixiviação química tóxica nos cursos de água e no solo), não requer tempo de secagem e é duas vezes mais rápido, portanto, exigindo muito menos energia. Embora a tecnologia está sendo utilizada atualmente para tingir poliéster, o desenvolvimento de corantes de CO2 para fibras naturais e outros têxteis petroquímicos está em curso.
Mas existe outra inovação tecnológica para tingir o poliéster. Conhecido como Imbu (ex-Airdye), esta tecnologia utiliza ar para tingir tecidos de poliéster, o que diminui o consumo de água em 95% e elimina o uso de produtos químicos tóxicos nos banhos de tingimento. Além de reduzir a poluição da água, a tecnologia é capaz de penetrar no tecido e, subsequentemente, tingir os filamentos dentro do tecido diferente da prática tradicional de tingimento sobre a superfície dos tecidos.
Veja os benefícios da tecnologia de CO2 pressurizado:
Redução do uso de produtos químicos e menos desperdício – sem águas residuais contaminadas
Produto final puro sem solventes residuais
Os custos de processamento são reduzidos – rápido, menos energia, CO2 é barato e reciclável
Condições brandas de processo – baixas temperaturas, sem oxigênio, sem produtos químicos
Versátil e ajustável – aplicável em muitas indústrias diferentes
Seguro, não-tóxico, incolor, inodoro, não inflamável
Até 90% do CO2 libertado e recapturado pode ser reciclado pois todo tingimento é feito na mesma máquina. O conceito de tingimento sem água tem sido feito nas últimas três décadas, mas apenas nos últimos seis anos foi possível desenvolver máquinas escaláveis para uso industrial em larga escala. Espera-se que a tecnologia seja amplamente adotada na Ásia, onde a poluição dos rios pelas tinturarias têxteis ocorre em larga escala. A lavanderia sustentável do futuro
O maravilhoso “gás da vida” não serve apenas para a fotossíntese das plantas mas também para criar novos combustíveis, plásticos, espumas, poliéster e na forma pressurizada, no tingimento de tecidos sem água. Mas existe uma outra utilidade para o CO2.
A solução CO2 Nexus da empresa Tersus, é uma tecnologia de limpeza livre de secador e livre de água pois utiliza dióxido de carbono líquido reciclado para limpar e higienizar roupas, fazendo com que tenham uma vida útil mais longa sem o desbotamento que ocorre com a água. Como pode ver, a indústria da moda só tem a ganhar com as tecnologias de captura de CO2, possibilitando criar tecidos de poliéster sustentáveis tingidos de forma sustentável e lavado de forma sustentável sem a utilização de água e produtos químicos perigosos. Bem vindo ao futuro da moda circular.