Banco Mundial projeta recuo de 2,5% no PIB brasileiro em 2016
Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Depois de enfrentar forte recessão em 2015, a economia brasileira continuará a encolher neste ano, segundo projeções do Banco Mundial. No relatório Perspectivas Econômicas Globais, a instituição estima para este ano contração de 2,5% no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). Para 2015, a entidade projeta recuo de 3,7%.
As estimativas representam uma piora em relação ao relatório anterior, divulgado em junho do ano passado. Na ocasião, o Banco Mundial projetava contração de 1,3% para o Brasil em 2015 e crescimento de 1,1% este ano. Para o banco, somente nos próximos dois anos, a economia brasileira se recuperará, com crescimento estimado de 1,4% em 2017 e de 1,5% em 2018.
Sobre os países emergentes, o documento diz que as economias em desenvolvimento terão desempenhos diversos este ano, com algumas economias se recuperando mais rápido que outras. “Existe maior divergência entre as economias emergentes. Comparados com os de seis meses atrás, os riscos aumentaram, particularmente os associados a possibilidades de desaceleração desordenada em grandes economias emergentes. Uma combinação de políticas fiscais e monetárias pode ser útil para mitigar tais riscos e apoiar o crescimento”, destacou o organismo internacional.
De acordo com o Banco Mundial, dos países do Brics – grupo que reúne as principais economias emergentes do planeta – somente o Brasil e a Rússia terão recessão este ano. O relatório ressaltou que, desde o ano passado, a Índia passou a liderar o crescimento econômico global, com estimativas de expansão de 7,3% em 2015, 7,8% este ano e 7,9% em 2017 e 2018. Com a economia em desaceleração, a China caiu para o segundo lugar, com crescimento de 6,9% em 2015, 6,7% em 2016 e 6,5% nos dois anos seguintes.
Segundo o relatório, a lenta recuperação dos mercados emergentes terá peso significativo no crescimento global em 2016, cuja estimativa foi revisada de 3,3% para 2,9%. A previsão, no entanto, indica melhora ante os 2,4% projetados para 2015, por causa da recuperação dos países avançados, que está começando a surtir efeito e a influenciar a economia do planeta.