Para McKinsey, um quarto do trabalho de executivos será automatizado
Um estudo da consultoria McKinsey indica que automação não vai extinguir os empregos como se pensa mas, no entanto, mudará a vida de mais da metade dos trabalhadores em todo o mundo.
O uso de automação para melhorar a produtividade das empresas é já uma realidade mas, segundo a McKinsey, cerca de metade das atividades hoje realizadas por humanos será automatizada até 2055. Isso equivale a 16 trilhões de dólares em salários.
No entanto, a consultora diz que a relação entre homens e máquinas não será de conflito porque menos de 5% das atividades humanas podem ser totalmente automatizadas. Cerca de 60% de todas as ocupações têm ao menos 30% de atividades que podem ser feitas por máquinas. Assim, a previsão é para que exista uma alteração nas profissões em vez de uma extinção generalizada dos empregos.
A verdade é que o uso de robôs em algumas tarefas melhora a performance dos negócios ao reduzir erros e elevar a produtividade, atingindo patamares que a capacidade humana não seria capaz de alcançar. O estudo estima que a automação tenha potencial para elevar anualmente o PIB global entre 0,8% e 1,4%.
Os efeitos da automação também não ficarão restritos ao chão de fábrica. Segundo a McKinsey, até os CEOs terão seu trabalho afetado, como por exemplo na análise de relatórios e dados para tomar decisões que podem passar a ser feitas por algorítimos. Ao todo, um quarto do trabalho dos CEOs poderá ser automatizado.
O levantamento aponta ainda é necessário mudar a educação para que a os jovens ganhem competências nas áreas que vão gerar emprego no futuro, como é o caso da programação e da robótica.
O cenário brasileiro segue a tendência global, a McKinsey estima que o potencial de automação no país seja de 50%, o que afeta 53 milhões de empregados. Os setores industrial e varejista são os que têm o maior número de processos que poderão ser modificados pelo uso de softwares ou máquinas inteligentes. No total, o estudo prevê que serão atingidos mais de 20 milhões de postos de trabalho.
Fonte: Bit Magazine