Alessandra Grisólia
Jornalista I Radar do Futuro
Os fãs de “2001 – Uma odisseia no espaço” jamais poderiam imaginar que um dia seria possível conhecer a órbita baixa da Terra, mas isso já será realidade a partir de 2020, com a utilização da Estação Espacial Internacional ou International Space Station (ISS) para fins comerciais e turísticos. O anúncio foi feito pela NASA, no dia 7 de junho. A medida visa buscar financiamento para outras atividades.
Uma equipe com pelo menos 12 “astronautas” privados poderá visitar a estação Espacial Internacional, em expedições que podem durar até 30 dias, mediante pagamento antecipado. Os desbravadores do espaço serão transportados por duas empresas que estão desenvolvendo veículos para a NASA: a SpaceX, com a cápsula Crew Dragon, e a Boeing, que constrói a Starliner. As companhias escolherão os turistas que levarão.
A aventura custará a bagatela de cerca de U$ 58 milhões, valor que a Nasa pagará a essas empresas pelo transporte dos “astronautas”. Os visitantes pagarão a agência espacial pela sua estadia em órbita, comida, água e todo o sistema vital a bordo. Cada turista desembolsará cerca de U$ 35 mil por noite.
Se a moda pegar, futuramente o turismo espacial ganhará novos adeptos de todo o mundo, mas será possível apenas para um grupo seleto de pessoas. O primeiro turista a desbravar o espaço foi Dennis Tito, engenheiro norte-americano multimilionário, que em 2001 pagou U$ 20 milhões à Rússia por uma viagem de 10 dias a bordo da nave Soyuz, que o levou à Estação Espacial Internacional.
Os Estados Unidos controlam a maioria dos módulos da ISS, mas a NASA não é exclusividade norte-americana. Iniciado em 1998, o projeto da Estação Espacial Internacional foi concluído em 2011. A ISS é fruto da cooperação entre Estados Unidos e Rússia e atualmente conta com a participação de diversos países. A estação, localizada em uma órbita baixa da Terra, pode ser vista a olho nu.