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Suíça é o país mais inovador do mundo; Brasil desce duas posições

As despesas públicas com pesquisa e desenvolvimento, particularmente em algumas economias de alt.a renda, estão crescendo lentamente ou peramenecendo estáveis. Foto: ONU
As despesas públicas com pesquisa e desenvolvimento, particularmente em algumas economias de alt.a renda, estão crescendo lentamente ou peramenecendo estáveis. Foto: ONU

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A Suíça é o país mais inovador do mundo, de acordo com a edição de 2019 do Índice Global de Inovação (IGI), publicada na Índia. Após a Suíça, estão Suécia, Estados Unidos, Holanda e Reino Unido, revelou o estudo da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).

O Brasil desceu dois degraus, ocupando o 66º posto. Segundo o levantamento, a maior economia da América Latina e Caribe tem como áreas mais competitivas o investimento em pesquisa e desenvolvimento, a presença de empresas globais, publicações científicas e universidades de qualidade. O país também é o único da região com centros de tecnologia e ciência entre os 100 melhores do mundo.

A pesquisa também identificou outros líderes regionais, como Índia, África do Sul, Chile, Israel, China, Vietnã e Ruanda no topo dos seus respetivos grupos.

De acordo com o levantamento da OMPI, o panorama global da ciência, inovação e tecnologia passou por importantes mudanças nas últimas décadas. As economias de renda média, especialmente na Ásia, estão contribuindo cada vez mais para as taxas globais de pesquisa e desenvolvimento e de criação de patentes.

No entanto, “as despesas públicas com pesquisa e desenvolvimento, particularmente em algumas economias de alta renda, estão crescendo lentamente ou peramenecendo estáveis”.

Para os autores da pesquisa, “isso causa preocupações, dado o papel fundamental do setor público no financiamento de pesquisa básica para futuras inovações”.

A nova edição também afirma que o aumento do protecionismo apresenta riscos. Segundo a OMPI, se o aumento do protecionismo “não for contido, levará a uma desaceleração do crescimento da produtividade e da difusão da inovação em todo o mundo”.

Outra conclusão é que os produtos de inovação ainda estão concentrados em poucas economias. As divisões também persistem na forma como as economias obtêm retorno sobre os seus investimentos. Os autores afirmam que “algumas economias conseguem mais com menos.”

Estudo

O IGI é publicado há 12 anos e é uma referência global que ajuda autores de políticas públicas a entender melhor como estimular atividades de inovação, um dos principais impulsionadores do desenvolvimento econômico e social.

Integram a lista deste ano 129 países, com base em 80 indicadores. São levadas em conta medidas tradicionais, como investimento em pesquisa e desenvolvimento e aplicações de patentes e marcas registradas, até indicadores mais recentes, como criação de aplicativos para telefones celulares e exportações de alta tecnologia.

O estudo também examina o contexto econômico. Apesar dos sinais de desaceleração do crescimento, a inovação continua a florescer, particularmente na Ásia.

Os autores alertaram, no entanto, que “as pressões estão surgindo devido a interrupções no comércio e ao protecionismo” e que “um planejamento governamental sólido para a inovação é fundamental para o sucesso”.

Em nota, o diretor-geral da OMPI, Francis Gurry, disse que o IGI deste ano “mostra que os países que priorizam a inovação em suas políticas viram aumentos significativos em suas posições”.

Segundo o especialista, “a ascensão de potências econômicas como China e Índia transformou a geografia da inovação e isso reflete uma ação política deliberada para promovê-la”.

Saúde

O tema do IGI deste ano é “Criando Vidas Saudáveis ​​- O Futuro da Inovação Médica”.

O estudo inclui uma seção sobre temas de saúde e 16 capítulos escritos por especialistas, analisando assuntos como uso de inteligência artificial, genômica e aplicativos de saúde baseados em telefones celulares.

O diretor-executivo do Instituto Europeu de Administração de Empresas (INSEAD) para índices globais, Bruno Lanvin, disse que “a inovação no campo da saúde está sendo cada vez mais impulsionada por dados e pela inteligência artificial, tanto no diagnóstico quanto no prognóstico”.

Para Lanvin, isso causa “desafios sem precedentes que precisam de atenção urgente nas dimensões ética, social e econômica”. Segundo o especialista, “se não houver uma ação rápida, a inovação em saúde e medicina pode se tornar uma fonte significativa de desigualdade”.

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