Maior estudo sobre empreendedorismo no Brasil será divulgado na íntegra durante evento na próxima terça-feira(22) no espaço da ONU Mulheres, em São Paulo
RME
A Rede Mulher Empreendedora realiza evento dia 22 de outubro voltado a jornalistas e pessoas do ecossistema empreendedor para divulgar a recém lançada pesquisa do Instituto RME intitulada “Empreendedorismo no Brasil: um recorte de gênero”. Em sua quarta edição, a pesquisa traz pela primeira vez comparações entre negócios liderados por mulheres e homens destacando as diferenças no perfil e na motivação para empreender, e ainda na gestão financeira e no acesso a crédito.
Este evento, que precede ao mês do empreendedorismo feminino (novembro), configura-se em uma oportunidade para que toda a sociedade tenha acesso a dados e conhecimento sobre o tema, possibilitando utilizá-los em pautas, matérias e estudos sobre empreendedorismo. Na ocasião contaremos com falas de Adriana Carvalho, da ONU Mulheres, pesquisadores do Plano CDE e apresentação da pesquisa por Ana Fontes.
“A cada ano, procuramos avançar nessa pesquisa para entender ainda melhor o cenário e, assim, poder buscar os caminhos de desenvolvimento para cada vez mais mulheres”, diz Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora, professora de empreendedorismo e uma das maiores especialistas no tema no país. “Ao fazer esse recorte de gênero, podemos encontrar respostas para questões que impactam na taxa de sucesso de um negócio como, por exemplo, o tempo que a mulher tem disponível para trabalhar nele e o tempo que ela ainda precisa para cumprir as funções em casa e com a família, que continuam sendo de sua responsabilidade”, completa ela.
A pesquisa mostra que os empreendedores brasileiros são em sua maioria casados (59% das mulheres; 55% dos homens) e metade têm filhos. Mulheres empreendem mais tarde que homens – enquanto 41% deles começam entre 18 e 29 anos, 37% delas iniciam o negócio entre 30 e 39 anos. Por outro lado, as mulheres empreendedoras têm maior grau de escolaridade – 37,5% concluíram uma pós-graduação, contra 15% dos homens. Entretanto, apesar de mais escolarizadas, mulheres se sentem menos confiantes que homens em relação ao planejamento de seus negócios: são apenas 35% delas, contra 50% de homens. “Esse é um dado que mostra como ainda precisamos desenvolver, nas mulheres, habilidades como autoconfiança e liderança, além de mais preparo para tratar de dinheiro, fazer planejamento e gestão. São desafios que a Rede Mulher Empreendedora enfrenta o ano todo, com networking, capacitação e mentoria”, diz Ana Fontes.
Quando o assunto é motivação para empreender, mulheres citam maior flexibilidade de horários – o que está relacionado à maternidade e cuidados com a família, como já apareceu em pesquisas anteriores – enquanto os homens apostam na possibilidade de obter maior renda e crescimento profissional. Assim, mulheres e homens empreendem por motivos diferentes e, consequentemente, em diferentes momentos da vida.
A pesquisa “Empreendedorismo no Brasil 2019: um recorte de gênero nos negócios” foi promovida pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora e realizada pela Plano CDE, com apoio da ONU Mulheres. Participaram 2.600 empreendedores de todo o país, por questionário online, entre os dias 12 e 25 de agosto de 2019. O estudo apresenta margem de erro de 2,62%, e intervalo de confiança de 99%. Uma prévia deste estudo foi apresentado no 8º Fórum Empreendedoras, no dia 19 de setembro de 2019. A pesquisa na íntegra poderá ser apreciada no dia 22 de outubro no espaço da ONU Mulheres, localizado na Alameda Santos, 1165, São Paulo.
Serviço
Lançamento da Pesquisa “Empreendedorismo no Brasil: um recorte de gênero”
Dia 22 de outubro de 2019
Horário: 10h às 12h
Público: Jornalista, empreendedores e interessados no tema
Local: ONU Mulheres
Endereço: Alameda Santos, 1165/422, Jardim Paulista, São Paulo
Inscrições no link: https://bit.ly/33wnlP6
Sobre a Rede Mulher Empreendedora
A Rede Mulher Empreendedora existe desde 2010, a partir da inspiração e engajamento de Ana Fontes – empreendedora, especialista em empreendedorismo feminino e pesquisadora de gênero. É a primeira e maior rede de apoio a empreendedoras do Brasil, com mais de 500 mil mulheres conectadas, tendo parceiros como Google, Itaú, Bradesco, Braskem, Ultragaz, Sanofi, Dell, Avon, Natura, FGV, Insper, ONU Mulheres, entre outros.
Em 2017, a RME deu origem ao Instituto Rede Mulher Empreendedora, focado na capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade em todo o Brasil. Atualmente o IRME, tem como principal projeto o “Ela Pode”, com apoio do Google, e considerado o maior programa de capacitação de mulheres do país. Em 2018, criou a Aceleradora Herd, única do país focada em negócios liderados por mulheres.