Mercado aposta em amadurecimento da tecnologia no mercado global
Carlos Plácido Teixeira
Jornalista e Futurista – Radar do Futuro
Em 2016, a realidade virtual teria o seu ano de consolidação como tecnologia de massa. Teria. Mas está cada vez mais próxima. A constatação mobiliza especialistas que apostam em tempos novos para a alternativa tecnológica que possibilita aos usuários sentir que estão inseridos em ambientes ou interagindo com objetos. O The Wall Street Journal, dos Estados Unidos, elegeu o ano a realidade virtual como a tecnologia do ano. Mas reconhece que as previsões permanecem distantes.
Em artigo publicado no site Tecnoblog, o analista de sistema sênior Matheus Gonçalves não esconde uma dose de frustração ao ver que os jogos não deslancharam. Ainda soam como algo forçado. “Os lançamentos em feiras de tecnologia não garantem a consolidação dos produtos”. Jogos são as maiores apostas de investidores e analistas de mercado de consumo tecnológico. Mas a frustração é grande quando se depara tanto com uma oferta de produtos insuficiente quanto com a constatação de que a tecnologia tem de superar problemas. Enjoos, por exemplo, ainda frustram usuários.
Há uma dúvida se a realidade virtual prosseguirá enternamente como uma tecnologia do futuro, na definição de Matheus Gonçalves. Se depender da indústria tecnológica, as respostas serão positivas para os desenvolvedores de soluções. Grandes marcas do planeta intensificam a corrida por inovações. Como o Google, que tem cacife suficiente para realizar apostas. E parceiros como o The New York Times, que distribuiu um milhão de card board Google – os óculos de realidade virtual do gigante das buscas. No varejo, duas redes, uma norte-americana e outra australiano se juntaram para lançar a primeira loja de departamento em realidade virtual.
O mercado tem experiências suficientes para demonstrar que a realidade virtual não é brincadeira. Ela redefinirá experiências humanas em áreas como cinema, educação, arquitetura, design e medicina. Na área de saúde, simulações de cirurgias e aplic, ações em ensino estão evoluindo. Segundo a Goldiman Sachs, haverá uma indústria de US$ 80 bilhões em 2025.