Áreas voltadas para conteúdo e mídia digital devem atingir um crescimento de 62% na América Latina, até 2023. No Brasil, o Rio de Janeiro e São Paulo devem ser as regiões que puxarão a alta. A projeção é do último Global Interconnection Index (GXI), relatório global desenvolvido pela Equinix. O estudo de 11 setores sinaliza que a pandemia alterou completamente os planos das empresas com relação a iniciativas de infraestrutura digital para os próximos anos.
A mudança ocorreu no modelo de adoção digital, conforme o relatório GXI. Atualmente, os provedores de serviços estimam responder por quase o dobro da velocidade de interconexão em relação às grandes empresas. Mas a previsão é que boa parte dessa demanda seja por conta das empresas que priorizaram a transformação digital como saída para a retomada após a pandemia.
Para o especialista Bruno Campos, CMO da AdsPlay, empresa referência em mídia digital no Brasil, é como se o mercado tivesse percorrido 10 anos em 10 meses. “A pandemia não criou um novo cenário, mas acelerou ainda mais uma tendência já existente e consolidou processos que estavam em andamento”. De acordo com a Statista, plataforma alemã especialista em dados de mercado, desde 2012 o marketing tradicional se mantém praticamente estável ou em pequenos movimentos negativos, ao passo de que o marketing digital cresce a dois dígitos praticamente em todos os anos.
Ainda segundo o Global Interconnection Index, as empresas que investirem em infraestrutura digital terão maior vantagem competitiva e se manterão na liderança em relação ao crescimento dos negócios. Já na contramão desse movimento, estarão as que não deram tanta importância e sofrerão dificuldades, pois necessitarão correr atrás do prejuízo.
O novo Coronavírus alterou profundamente o comportamento do consumidor e provocou mudanças importantes na jornada de compra. Segundo pesquisa recente feita pela Deloitte, 63% dos consumidores vão contar mais com tecnologias digitais a partir de agora e, 58% tiveram facilidade em lembrar de uma marca que direcionou rapidamente seus negócios durante a pandemia. Outros 25% deixaram de consumir produtos e serviços de empresas que se mostraram agindo a seu próprio favor.