Você sabia que hoje já é possível ter humanos e robôs trabalhando juntos? O uso de “cobots”, como são conhecidos os braços robóticos colaborativos em linhas de montagem junto com funcionários tem se tornado cada vez mais comuns. Isso porque, eles são seguros para trabalhar junto com o homem, fáceis de programar e ajudam a otimizar a produção além de ter custo baixo custo, além de serem uma mão na roda nesse momento da pandemia, dentro da indústria ou fora dela!
E esse é um mercado que vem crescendo cada dia mais. Para se ter uma ideia, um levantamento da Research & Markets, aponta que o setor de manufatura inteligente — que abriga, além de braços robóticos, impressoras 3D, inteligência artificial e outros tipos de automação — deverá valer mais de 181 bilhões de dólares até 2020 e mais de 220 bilhões até 2025, o que configura um crescimento de, ao menos, 4%.
Conforme o mundo parece se adaptar ao “novo normal” decorrente da pandemia da Covid-19, muitos setores começam a retomar suas atividades. Um dos setores, em especial que mais caminha rumo a retomada é a indústria, que vem indicando números positivos nos últimos dias. Segundo relatório publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial cresceu 7% em relação ao mês anterior, quando registrou forte queda.
Vantagens operacionais
Para otimizar ainda mais esse processos, um dos segredos está no investimento na automação, e principalmente no uso dos cobots, braços robóticos que podem ser combinados com a produção humana. Nesse sentido, Denis Pineda, gerente regional da Universal Robots na América Latina, empresa dinamarquesa líder na produção de braços robóticos industriais colaborativos, indica 4 características desse tipo de automação que a tornam mais vantajosa do que a automação tradicional.
Segurança
Um dos principais desafios que a pandemia trouxe está em se adaptar as necessidades de distanciamento social para manter a segurança sanitária dos colaboradores. Robôs colaborativos podem ser a solução ideal nesse caso, já que podem ser usadas com total lado a lado com os humanos, e, portanto, mantê-los afastados dentro das linhas de montagem.
Flexibilidade
Em segundo lugar, está a flexibilidade das produções industriais. Além do cenário econômico, que já está agravado pelo Coronavírus, o mercado está muito mais propenso a enfrentar fortes variações de mercado, devido a problemas que tendem a ocorrer em toda a cadeia de suprimentos.
“Entendo que, do ponto de vista de manufatura, vamos ter que repensar layouts para ter operadores mais distantes uns dos outros, linhas mais flexíveis para absorver varrições bruscas de demanda e/ou pessoal disponível para rodar linhas. Quando automação é de ponta a ponta, ou seja, sem um gerente, em geral, as linhas são menos flexíveis. Ganha-se flexibilidade justamente combinando homens e robôs”, alerta Pineda.
Baixo custo
Uma outra questão que conta a favor dos cobots está no seu custo. A automatização tradicional é cara e demorada para ser implantada. Além disso, é um sistema que demanda que as fábricas interrompam as suas produções para instalação ou manutenção, o que pode significar muitos prejuízos para a companhia.
Fácil usabilidade
Por último, é importante pontuar que os cobots são sistemas altamente personalizáveis, muito fáceis de serem implantados e podem ser adaptados de acordo com as necessidades e aplicações de cada indústria, além de serem manuseados pelos próprios colaboradores.
“Suponhamos que uma fábrica precise aumentar muito a produção rapidamente para suprir uma maior demanda. Nesse caso, é possível identificar as etapas que precisam ser otimizadas e então adaptar o uso dos robôs nelas. Um cobot que antes era usado para paletização pode ser inserido no empacotamento com uma simples mudança de aplicação. E o colaborador pode programá-lo e alterá-lo sozinho”, finaliza Denis Pineda.
Em resumo