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IA nas empresas: por que o vendedor humano vai voltar ao centro das vendas?

Em um cenário de crescente automação, consumidores valorizam cada vez mais a empatia e a personalização oferecidas por atendentes humanos ao invés de robôs

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Nos últimos anos, a integração da inteligência artificial (IA) no atendimento ao cliente transformou significativamente as operações empresariais. Soluções como chatbots e assistentes virtuais proporcionaram agilidade e disponibilidade contínua. No entanto, pesquisas recentes indicam que, apesar desses avanços, muitos consumidores ainda preferem interações humanas, especialmente em situações complexas ou emocionalmente sensíveis. De acordo com um estudo publicado pela revista Consumidor Moderno, a maioria dos clientes ainda opta por falar com atendentes humanos, mesmo com o uso crescente de bots no mercado brasileiro. 

Gabriel Padrinho, especialista em comportamento humano e marketing digital, observa que essa mudança representa uma oportunidade para as empresas se reinventarem. “Com o declínio da eficácia do tráfego pago, é essencial que as marcas invistam em estratégias que priorizem a autenticidade e a construção de relacionamentos genuínos com seu público”, afirma.

Ele também enfatiza a importância de envolver os clientes na promoção da marca. “Quando os próprios consumidores se tornam defensores da marca, compartilhando suas experiências positivas, a credibilidade e o alcance da empresa aumentam significativamente”, destaca o especialista

Investir em estratégias orgânicas, como SEO e presença ativa nas redes sociais, também é fundamental. “O conteúdo relevante e de qualidade não apenas atrai, mas retém a atenção do público, construindo uma relação de confiança e autoridade no mercado”, afirma Padrinho.

Diante do cenário atual, é imperativo que as empresas reavaliem suas estratégias de marketing, buscando alternativas ao tráfego pago que promovam engajamento real e construam relacionamentos duradouros com os consumidores. Adaptar-se a essas mudanças não é apenas uma questão de sobrevivência, mas de prosperidade no mercado contemporâneo.

Para Gabriel Padrinho, o caminho está em diversificar e criar presença em múltiplos canais, sem depender exclusivamente de anúncios pagos. “O empreendedor precisa parar de pensar só em comprar atenção e começar a construir autoridade. Quando você é visto como referência no seu nicho, as pessoas te procuram, te indicam e compram de você sem que seja preciso impulsionar cada post. Tráfego pago é uma muleta, mas o que sustenta o negócio de verdade é a confiança que você constrói com o público”, conclui.

A revalorização do vendedor humano não implica uma rejeição à tecnologia, mas sim uma integração equilibrada. Empresas que conseguem combinar a eficiência da IA com a empatia humana estão mais bem posicionadas para atender às expectativas dos consumidores modernos. Essa abordagem híbrida permite que as organizações ofereçam um serviço personalizado e eficiente, fortalecendo a fidelidade do cliente e impulsionando o crescimento sustentável.


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