* Guillermo Bracciaforte
A Gig Economy, ou economia de trabalhadores livres, como freelancers, donos de micro negócios, consultores independentes e empreendedores que aproveitam as novas tecnologias, está se tornando uma aposta para as grande empresas. É um sistema de trabalho no qual a liberdade e a flexibilidade predominam tanto para o funcionário quanto para o empregador. Assim, a contratação é personalizada e depende de um acordo entre as necessidades e os objetivos de ambas as partes.
Segundo estudo realizado pela Kelly Services, empresa especializada em consultoria externa, quase um terço da força de trabalho no mundo (31%) prefere a autonomia e liberdade do trabalho independente, e 73% das empresas consideram que a flexibilidade e a fluidez da força de trabalho será uma das estratégias mais importantes para enfrentar o clima dinâmico do mercado.
Também, de acordo com relatório do BCG Henderson Institute, o uso de plataformas de trabalho autônomo cresceu mais de 30% nas economias emergentes; apenas 20% dos freelancers preferem emprego de tempo integral, e 40% das empresas esperam que os trabalhadores temporários se tornem uma parte crescente de sua força de trabalho. Já conforme o Relatório do trabalho independente e empreendimento da Workana, o trabalho autônomo cresceu 80% na América Latina no último ano.
A gestão do tempo e a diversidade de experiências na construção do caminho do profissional passam a ser de grande valor. A possibilidade de escolher projetos permite um melhor controle e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Além disso, permite ao profissional ampliar sua gama de experiências em diferentes áreas e mercados verticais. Assim, a renda e o posicionamento no mercado dependem de suas escolhas, o cuidado com a busca e a manutenção de oportunidades devem ser aperfeiçoados a cada dia.
Em relação ao treinamento, 45% dos profissionais independentes considerados no relatório Workana possuem estudo universitário, 34% curso técnico ou terciário e 10% pós-graduação. 73% estão estudando atualmente.
Os profissionais da Gig Economy priorizam projetos com os quais tenham afinidade e isso é considerado pelas empresas como um importante benefício. É que a decisão de escolha está ligada à satisfação e realização profissional, afinal, quem não quer poder selecionar seus próprios projetos? Para as empresas, um profissional entusiasta com seu trabalho gera melhores resultados. Por outro lado, o sistema de contratação flexível também permite que as organizações fortaleçam suas equipes. Com o trabalho remoto, surgem outras opções estruturais, de despesas e novos espaços, como os coworkings.
Os processos seletivos também são cruzados por esses modelos. A economia de tempo nos processos de seleção e a possibilidade de conhecer o trabalho do profissional antes da contratação confere grande valor às redes sociais e plataformas digitais, onde os profissionais mantêm atualizados seu treinamento e experiência.
Em plataformas que conectam trabalhadores independentes a líderes de projetos, os profissionais têm perfis nos quais podem acessar comentários e avaliações de outros clientes, pontos fortes, habilidades, informações acadêmicas e experiência de trabalho. Até mesmo alguns perfis expõem seu portfólio de trabalho. Todas essas informações oferecidas sobre os candidatos permitem ao contratado encontrar o perfil mais adequado para a tarefa a ser executada.
- Guillermo Bracciaforte é cofundador da Workana, plataforma que conecta freelancers a empresas em toda a América Latina.
Sobre a Workana
Fundada em 2012, a Workana é um marketplace que conecta freelancers a empresas e possui atuação em toda a América Latina. A plataforma oferece flexibilidade e agilidade na contratação de profissionais para os projetos cadastrados. Com quatro anos de atuação, a empresa já atingiu a marca de 250 mil projetos postados na plataforma e possui, atualmente, mais de 1 milhão de freelancers cadastrados.