quinta-feira, novembro 21, 2024
25.3 C
Belo Horizonte

Empreendedorismo feminino: mais mulheres aderem à ideia

72% das mulheres no mundo aspiram abrir seus próprios negócios, aponta novo estudo. No Brasil, esse desejo aumentou 18 pontos percentuais em relação ao ano passado
72% das mulheres no mundo aspiram abrir seus próprios negócios,
aponta novo estudo. No Brasil, esse desejo aumentou 18 pontos percentuais em relação ao ano passado

A Pesquisa Global de Empreendedorismo 2020 realizada com 9.000 mulheres em 15 países, incluindo 500 brasileiras, constatou que, globalmente, a maioria (72%) aspira abrir seus próprios negócios, sendo que 50% delas ainda não têm negócios e 22% têm um, mas gostariam de abrir outro. Entre as mulheres brasileiras pesquisadas, 73% sonham em se tornar empreendedoras, um aumento de 18 pontos percentuais em relação à pesquisa realizada no ano passado, que constatou a aspiração de 55% delas em abrir um negócio próprio. Parte desse aumento pode ser devido à incerteza econômica que muitas pessoas enfrentam.


Conduzida pela OnePoll, a segunda Pesquisa Global de Empreendedorismo encomendada pela Herbalife Nutrition, realizada entre 18 de março e 7 de abril de 2020, analisou os desafios que as mulheres enfrentam no local de trabalho e os objetivos delas em abrir seus próprios negócios. Em todo o mundo, a principal motivação para iniciar um negócio foi revelada como “se tornar minha própria chefe” (61%), percentual que foi um pouco maior no Brasil, com 63%.

Tornar-se uma referência para mulheres mais jovens foi considerado um fator motivador para 80% das entrevistadas, algo bem próximo de como pensam 82% das brasileiras. Mas, 62% das pesquisadas revelam que gostariam de iniciar um negócio devido ao tratamento injusto em experiências anteriores em empresas, percentual que salta para 70% aqui no país.

A pesquisa investigou ainda qual seria esse tratamento injusto e constatou que mulheres de todo o mundo enfrentaram desafios em ter sucesso no local de trabalho quando comparadas aos colegas do sexo masculino. Isso inclui menos oportunidades de promoção (33%) e falta de equiparação salarial (31%). No Brasil, 37% das entrevistadas afirmaram não existir uma equiparação salarial com os homens e pouco mais de 34% confirmaram ter menos oportunidades de promoção.

Os resultados também mostram que, globalmente, 43% das mulheres entrevistadas adiaram a ideia de ter filhos porque pensaram que isso afetaria negativamente sua carreira. Já aqui no país, este número sobe para 51%. Além disso, 25% das mulheres nos 15 países afirmaram ter enfrentado discriminação na gravidez, sendo que no Brasil aconteceu com mais de 18% delas.

Outro dado importante é que 42% das mulheres acreditam que foram injustamente negligenciadas por um aumento ou promoção por causa de seu sexo, algo que aconteceu, em média, em pelo menos três vezes em suas carreiras. Já no Brasil, 34% delas afirmaram ter sofrido essa situação, sendo que a maioria passou por isso duas ou três vezes.

Mas não é só: 72% das pesquisadas e 73% das brasileiras acreditam que as mulheres precisam trabalhar mais para ter as mesmas oportunidades que os homens na força de trabalho – e dois terços (67%) estão comprometidas em ajudar a quebrar essa barreira, sendo que 79% das mulheres brasileiras concordam com isso. E uma maneira que elas encontram de romper esse desafio é com a possibilidade de empreender.

“Empreender nem sempre é um caminho fácil, mas com a oportunidade certa, trabalhando com foco e uma comunidade de apoio, pode ser muito gratificante”, diz Jenny Hienrich, Vice-Presidente Sênior Global de Serviços e Operações para Consultores Independentes da Herbalife Nutrition. “É emocionante que este ano mais mulheres queiram iniciar seu próprio negócio, e espero que haja um aumento geral no número de pessoas interessadas em empreender”.

Mas isso não significa que elas esperam que o empreendedorismo seja tranquilo: 33% das mulheres que planejam empreender estão “muito preocupadas” com o fracasso de seus negócios atuais ou futuros nos próximos cinco anos. Essa também é uma preocupação de mais de 35% das brasileiras.

Os três principais desafios para iniciar um negócio revelaram ser em torno de dinheiro. Ganhar dinheiro suficiente para compensar custos é algo que preocupa 51% delas no total dos países e mais de 54% das mulheres brasileiras entrevistadas. Ter orçamento suficiente para crescer é outra preocupação de 51% das entrevistadas e de mais de 47% das brasileiras, assim como financiar seus negócios – algo que preocupa 48% das mulheres entrevistadas e que foi confirmado por 36% das brasileiras.

Essa preocupação com dinheiro ecoa na pesquisa do ano passado, pois as mulheres relataram que o financiamento de seus negócios era o aspecto mais desafiador (58%) em 2019.

Para muitos, no entanto, os benefícios de empreender superam os desafios. O principal revelado por 54% delas é o potencial crescimento da renda, índice bem próximos ao do Brasil (55%), seguido pela habilidade de ser seu próprio chefe – benefício apontado por 52% das mulheres entrevistadas nos 15 países e por 63% das brasileiras participantes. Além de mais flexibilidade no horário de trabalho/horário para atividades pessoais (45%), que também foi confirmado por mais de 46% das brasileiras.

Hienrich acrescenta: “O empreendedorismo tem sido uma tendência global crescente há muitos anos e somos apaixonados por apoiá-lo e incentivá-lo”.

Edições anteriores

Relatório da WWF denuncia redução de 73% da população de vida selvagem

Populações de vida selvagem diminuem 73%, diz relatório da...

População do país vai parar de crescer em 2041

IBGE As primeiras Projeções de População do IBGE com dados...

Futuro do mercado de trabalho: Oxfam atesta crescimento da desigualdade

Entre 2020 e 2023, os pagamentos totais de dividendos...

IBGE identifica endereços existentes no Brasil

Os dados em grau máximo de detalhamento são fontes...

Quase um terço da população dos EUA é sem religião

Cerca de 28% dos adultos norte-americanos não têm filiação...
Verified by MonsterInsights