* Joe Hogan
O 5G é uma porta aberta à criação de serviços com a possibilidade de explorar novos modelos de negócios e tecnologias, tais como: IoT, Realidade Virtual, Realidade Aumentada e uma série de outras modernidades ainda desconhecidas. O 5G já vem se mostrando um ambiente de alta disponibilidade, com vários recursos e benefícios, tais como: baixa latência, suporte a grandes quantidades de dispositivos e boa taxa de transferência de pacotes.
No Brasil, o leilão da frequência para o 5G deve ocorrer em 2020, segundo a própria Anatel. Dessa forma, a grande maioria das operadoras brasileiras está numa fase de estudo e definição de arquitetura. Por isso, é válido que as empresas discutam o tema, promovam seminários e demos e façam eventos específicos para que as pessoas do setor entendam bem todas as vantagens e os desafios dessa “highway” chamada de 5G.
As operadoras e prestadoras de serviços de Telco podem contar com uma infraestrutura que permitirá a entrega de serviços de valor a diversos grupos de consumidores. Já é possível que soluções de terceiros se integrem à rede das operadoras a fim de personalizar a oferta de serviços. Este poderá ser um fluxo massivo de receita às operadoras pela capacidade de não apenas alavancar seus próprios serviços, mas também de permitir que terceiros forneçam uma experiência ideal ao consumidor. Mais isso só será possível com integração tanto no controle da rede como na monetização.
A combinação e a interoperabilidade desses serviços será uma experiência enriquecedora ao consumidor e serviços integrados agregarão valor a cada contato com o usuário. O telefone inteligente poderá ter capacidade de interação com o consumidor – e com a integração de malha da rede – sendo que serviços globais estarão disponíveis e às mãos dos consumidores. Por exemplo, se eu tivesse um dispositivo no meu carro, poderia vinculá-lo ao meu seguro para pagar uma taxa com descontos, contratar um serviço de manutenção desse carro e um sistema de seguro por roubo e aplicar limitações de uso para os meus filhos. Esta combinação de serviços proporciona uma experiência excepcional aos consumidores, independentemente de serem consumidores privados ou empresariais.
A rede 5G pode permitir esses serviços de uma perspectiva de conectividade, mas a capacidade de implementá-los de maneira rápida, fácil e automatizada são essenciais para alavancar essa integração e benefícios. Porém, será preciso também controlar e monetizar esses serviços de ponta a ponta por meio de APIs.
É importante ter uma visão holística da rede e reconhecer as vantagens de utilizar todas as partes dela de forma integrada, com políticas corretas e bons controles de cobrança sendo aplicados no lugar e no momento certo. Outro ponto necessário é criar uma lista de políticas que englobe várias funções de rede.
Pensar nos conceitos de automação que permitam modelos de configuração estática e dinâmica pode significar aos operadores um alto nível de controle para que os serviços lançados promovam várias funções de rede e possam ser ajustados após o lançamento – de forma dinâmica. Em uma rede automatizada, saber que você tem controle sobre como os serviços são usados, é essencial.
Esses recursos (flexibilidade, cobrança em camadas e automação) permitem não apenas novos serviços serem implantados, mas também a automação dos modelos de negócios para que terceiros possam iniciar serviços na rede sem negociação. São necessárias APIs para que os serviços possam cobrar ou alterar o carregamento a partir de uma função de aplicativo e uma série de outros modelos B2B2X e Enterprise.
O controle automatizado e a monetização são fundamentais para uma rede automatizada, porque oferecem às operadoras a capacidade de implantar e alavancar milhões de serviços para empresas ou consumidores. É um novo mundo excitante e integrado, onde a flexibilidade e a abertura precisam estar em toda a rede para que o ambiente possa ser totalmente explorado.
- Founder & Chief Technical Officer da Openet