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Cinco segmentos que mantiveram ganhos no cenário de crise pandêmica

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Produtos de marca própria conseguiram manter as vendas mesmo com o cenário adverso da pandemia

A crise econômica causada pelo coronavírus acertou em cheio a economia brasileira, impactando inúmeros setores, como entretenimento, alimentação, turismo e construção civil. No entanto, outras áreas não foram tão prejudicadas, ou já estão se recuperando e voltando a crescer rapidamente.

Os motivos deste crescimento são diversos, da resiliência e reinvenção a produtos e serviços que se tornaram essenciais na nova realidade. Conheça alguns dos segmentos que vêm puxando a retomada da economia, seis meses após o início das medidas de isolamento social.

Marcas Próprias

Os produtos de marcas próprias, por exemplo, estão desde o mês de abril crescendo acima do esperado para o período. De acordo com uma pesquisa feita pela Nielsen, em parceria com a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO), houve um crescimento nas vendas desses produtos em abril deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado, com destaque para o leite (73,7%), óleo (65,9%) e farinha de trigo (63,9%). Ainda de acordo com a entidade, o segmento estima fechar o ano de 2020 somando mais de R$ 8 bilhões em faturamento, algo que, caso confirmado, será um avanço de 9,6% em relação ao ano anterior.

Serviços de limpeza

O setor de serviços de limpeza, considerado essencial durante a crise epidêmica, conseguiu superar o momento, se readaptou e cresceu. Foi o caso da rede de franquias Maria Brasileira, de cuidados e limpeza residenciais e corporativas. Durante os meses de março e julho, foram comercializadas mais de 40 unidades e hoje já soma 300 em todo o Brasil. A rede passou a oferecer o serviço de sanitização de ambientes, atraindo principalmente empresas, que precisavam retomar as atividades sem colocar em risco a saúde de seus colaboradores.

E-commerce

O e-commerce foi, sem dúvida, o segmento que mais cresceu na pandemia. Segundo a ABComm, até o início da segunda quinzena de março, a média era de 10 mil aberturas por mês. O número saltou para 50 mil mensais logo após os decretos de isolamento social. O Bagy, plataforma que ajuda pequenos e médios varejistas a criarem seus e-commerces, foi fundado em 2017 e até o início da pandemia tinha 3500 clientes. Em julho já havia superado a marca dos 8 mil, em sua maioria pessoas que tinham apenas lojas físicas e viram no online uma maneira de sobreviver à crise.

Consórcios

Muito conhecido no Brasil como poupança tupiniquim, o setor de consórcios também segue de vento em popa. Segundo a ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, de janeiro a julho de 2020, os créditos comercializados somaram R$ 74,57 bilhões, alta de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando não tínhamos a crise epidêmica. As vendas de cotas do UP Consórcios, fintech da Embracon, registraram um crescimento de 221% em julho de 2020 em comparação ao mês de julho de 2019.

O consórcio de Autos é o que apresenta maior adesão, com 62,8% das cotas comercializadas no período. Serviços figura em segundo lugar, com 26,9%, seguido de Imóveis, com 10,3%. São Paulo é o estado com mais consorciados (37%), seguido de Minas Gerais (13,1%), Bahia (5,7%), Paraná (4,8%) e Espírito Santo (4,2%).

Serviços de assinatura

Outra fintech que apresentou crescimento substancial durante a pandemia foi o Allugator. Em plena crise, a maior plataforma de assinatura de eletrônicos da América Latina, que aposta no “consumo inteligente”, registra crescimento mensal acima dos 40%. O site, que em janeiro tinha apenas 4 mil assinantes ativos, hoje conta com quase 80 mil usuários. O crescimento do negócio permitiu que os fundadores lançassem, em maio deste ano, a Allugator Invest, plataforma de investimentos que promete rendimentos que podem variar de 9% a 13% ao ano a partir do financiamento dos lotes de eletrônicos que são disponibilizados no site. Atualmente, a fintech de investimentos já tem quase mil investidores.

Têxtil
No setor têxtil, a inovação com o tecido antiviral – que atua na inibição da propagação da Covid-19 – foi a grande aposta da Cataguases e Dalila Têxtil, que se uniram em parceria inédita para ampliar a distribuição de tecidos com acabamento antiviral. Os resultados apresentaram alta eficiência contra o coronavírus, de 99,9% de inatividade em um minuto de contato, e a proteção se estende por, no mínimo, 50 lavações. Quanto à rentabilidade, a Dalila Têxtil registra um volume de vendas de 25% no faturamento a partir do acabamento antiviral, e para a Cataguases, que adotou a tecnologia há pouco mais de um mês, a expectativa é que o acabamento seja responsável por 10% a 15% do faturamento no segundo semestre de 2020. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), as tecnologias protetivas serão um upgrade para o segmento, que já demonstra recuperação nas operações, em torno de 40% a 50%, podendo chegar a 70% até o final do ano.

Em resumo

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