Aplicativos prometem oferecer médicos para atendimento a domicílio
Carlos Plácido Teixeira
Jornalista e Futurista – Radar do Futuro
Ser o “Uber da saúde” é o sonho acalentado por startups que desembarcam no mercado brasileiro disputando o sofrido usuário de consultórios, postos de emergência e planos de saúde. Os pacientes já têm alternativas de aplicativos capazes de fazer a conexão rápída e a preços razoáveis com médicos disponíveis e interessados em resgatar o atendimento domiciliar. Ou pelo menos facilitar a vida de quem precisa. Para os doentes, pode ser uma mão na roda. Para os planos de saúde, uma concorrência que se aproveita de gente insatisfeita com a baixa qualidade que equipara as empresas com taxistas despreparados.
O modelo de intermediação, seguindo a tendência de intermediação digitial, é o mesmo de outros serviços destinados aos consumidores, como o Uber ou serviços de turismo. O interessado baixa um aplicativo e tem acesso a uma lista de profissionais. Solicita o atendimento e paga pelo cartão de crédito ao final da prestação do serviço. “Beep Saúde”, ‘Dokster”,”i9access” e Docway, alguns destes aplicativos que já disputam as preferências, anunciam que os médicos estarão pontualmente no local marcado para realizar os atendimentos.
A Docway, recém-chegada a São Paulo, assegura que um especialista vai bater na porta do paciente em no máximo três horas, ao custo fixo de R$ 200. Se o paciente tiver plano de saúde pode pedir reembolso. Com mil médicos cadastrados em Manaus, Belo Horizonte e na capital paulista, a empresa pretende fortalecer o atendimento domiciliar, resgatando o conceito de médico da família.
O concorrente Beep Saúde, também em fase de lançamento, pretende conquistar o trono de “Uber da saúde” com um aplicativo capaz de levar atendimento médico em 24 horas, onde e quando o paciente desejar. Como tendência, a startup diz priorizar o atendimento domiciliar.