Deepfakes são mídias sintéticas, geralmente vídeos, onde uma pessoa em um vídeo ou imagem existente é substituída pela semelhança de outra pessoa, usando técnicas avançadas de inteligência artificial (IA). O termo “deepfake” é derivado de “deep learning” (aprendizado profundo), que é a tecnologia de IA usada para criá-los.
Forças motrizes por trás da expansão:
- Democratização da IA: Ferramentas e softwares de criação de deepfakes estão se tornando mais acessíveis e fáceis de usar, permitindo que pessoas sem conhecimento técnico especializado os criem.
- Hardware mais poderoso: O aumento da capacidade de processamento e o barateamento de GPUs (Unidades de Processamento Gráfico) aceleram o processo de criação de deepfakes.
- Disponibilidade de dados: A internet oferece uma vasta quantidade de imagens e vídeos que podem ser usados para treinar os algoritmos de IA.
- Melhoria dos algoritmos: Os algoritmos de IA estão em constante aprimoramento, gerando deepfakes cada vez mais realistas e difíceis de detectar.
Tendências que indicam o aumento do uso de deepfakes:
- Proliferação em mídias sociais: Deepfakes estão sendo cada vez mais usados para criar conteúdo viral e enganoso em plataformas como TikTok, Instagram e Facebook.
- Uso em campanhas de desinformação: Deepfakes podem ser usados para manipular a opinião pública e espalhar notícias falsas, especialmente em períodos eleitorais.
- Assédio e difamação online: Deepfakes podem ser usados para criar vídeos falsos de pessoas em situações comprometedoras, causando danos à reputação e sofrimento emocional.
- Aplicações comerciais: Deepfakes podem ser usados em áreas como publicidade, cinema e videogames, para criar personagens virtuais realistas ou recriar atores falecidos.
Medidas para limitar a expansão:
- Detecção e sinalização: Desenvolver ferramentas e tecnologias eficazes para detectar deepfakes e sinalizá-los nas plataformas online.
- Conscientização pública: Educar o público sobre os perigos dos deepfakes e como identificá-los.
- Legislação e regulamentação: Criar leis e regulamentos para punir a criação e disseminação maliciosa de deepfakes.
- Alfabetização midiática: Desenvolver o senso crítico das pessoas para que possam avaliar a autenticidade do conteúdo online.
- Responsabilização das plataformas: As plataformas online devem assumir a responsabilidade de combater a disseminação de deepfakes em suas plataformas.
- Marcação de conteúdo: Implementar tecnologias de marca d’água e outras formas de identificar conteúdo sintético.
- Colaboração entre setores: É crucial que haja colaboração entre governos, empresas de tecnologia, pesquisadores e a sociedade civil para combater os desafios dos deepfakes.