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Sinais do futuro: idosos, transporte, jornalismo e mais

oportunidades de negócios por conta do envelhecimento da população é uma realidade. Não é tendência mais - foto: Pixabay
A criação de oportunidades de negócios por conta do envelhecimento da população é uma realidade. Não é tendência mais

Carlos Teixeira
Radar do Futuro

Desconfie de pessoas que dizem que o envelhecimento da população é uma tendência do futuro. Ou seja, algo que ainda virá a ser a partir da próxima década. Nos centros urbanos globais, inclusive no Brasil, o fenômeno demográfico do aumento da expectativa de vida já se consolida. A expansão do mercado de cuidadores de idosos é um fato, em síntese.

O segmento vem ganhando força como negócio nos últimos anos, criando oportunidades profissionais tanto para quem tem alguma experiência na área de saúde quanto para quem busca um primeiro emprego. E para novos segmentos, como o turismo especializado em nichos. Há novas áreas de trabalho para quem entende que o momento é mais complexo do que imaginam alguns profissionais que não se reciclam em suas previsões.

Segundo um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a quantidade de pessoas que trabalham como cuidadores de idoso passou de 5.263, em 2007, para 34.051, em 2017, alta de 547%. No ranking do mercado profissional, a ocupação foi, segundo o estudo, a que mais que mais cresceu no país na última década.

Já em 2020, a população idosa brasileira será de 30,9 milhões, representando 14% da população total

Geração saúde com 70+

Quantas vezes você se surpreendeu recentemente com a vitalidade de uma velhinha ou velhinho com os seus 80 ou 90 anos. Pois é. Certamente, você deve conhecer alguém com 70 anos que segue firme de bicicleta ou correndo, à sua frente. A perspectiva é de profissionalização crescente da atividade. No dicionário do terceiro milênio, velhice não significa exclusivamente doenças e decadência.

A não ser em camadas miseráveis e pobres da sociedade, a maior parcela do total, o período em que as famílias chamavam parentes distantes, vizinhos ou buscavam indicações pessoais para designar um acompanhante dos idosos vai se extinguindo. Os cuidadores passaram a ser escolhidos com mais cautela junto a agências especializadas ou por indicação de enfermeiros ou técnicos de enfermagem que já tenham atendido os idosos. Em um mercado mais especializado, a qualificação se tornou fundamental.

O mercado de cuidadores vai se adaptar a mudanças da estrutura etária e com avanços da qualidade de vida da população denominada. Velhos eram os pais de quem tem hoje 60 anos. Especialmente entre a classe média e a população de alta renda, serão cada vez mais frequentes os aniversários de pessoas com 80 ou 90 anos com boa saúde e disposição para qualquer coisa, menos para se isolar em um asilo.

Novas regras para o Uber

A desregulamentação de atividades profissionais, uma das tendências centrais dos próximos anos, tende a continuar esbarrando em resistências crescentes e fluxos de avanços e retornos. Exemplo, do processo, em Nova York, a Comissão de Táxis e Limusines (TLC) de Nova York anunciou oficialmente a aprovação de novas regras que estabelecem um salário mínimo para os motoristas de aplicativos como Uber e Lyft.

É a primeira cidade dos Estados Unidos a estabelecer uma medida do tipo. Pela mudança, que entra em vigor em janeiro de 2019, esses profissionais terão um pagamento mínimo de 17,22 dólares por hora sem impostos. Com isso, aponta o órgão da prefeitura, os motoristas ganharão, em média, cerca de 10 mil dólares a mais por ano.

Diversificação

O Uber passou a oferecer uma nova modalidade de transporte, o Uber Bus, na cidade de Cairo, no Egito. O serviço possibilita a reserva de assentos no micro-ônibus da empresa e roda por diferentes pontos da cidade, seguindo trajetos fixos. Segundo a empresa, o aplicativo não tem previsão de implementação em outros locais por causa das normas de transporte coletivo em cada país ou cidade. Mais exatamente, é mais fácil enfrentar o poder de milhares de taxistas do que o poder dos proprietários de empresas de transporte de massa.

Siga o líder: aliança com concorrentes

O Google Assistente ganhou um recurso para que os usuários ouçam notícias de alguns veículos em português. O programa reproduzirá o resumo de algumas empresas como a CBN, Estadão, Veja, Terra, Jovem Pan e Rádio Globo. Para escuta-las, basta dizer “Ok, Google, ouvir as últimas notícias”, ou pedir uma fonte especifica “Ok, Google, ouvir últimas notícias da CBN”.

Cada veículo terá sua programação exclusiva com suas próprias vozes, com duração que varia de jornal para jornal, parecido com o “giro de notícias” nas rádios. O software já está disponível no Android, a partir da versão 5.0. No iOS precisa do aplicativo Google Assistente.

O Google já havia anunciado, no início de dezembro, que investirá cerca de R$ 25 milhões em iniciativas e programas de jornalismo digital no Brasil durante o ano de 2019. O anúncio foi feito durante o Google News Initiative Summit realizado no escritório da companhia em São Paulo. Só neste ano, a companhia afirma ter dedicado R$ 13 milhões em iniciativas que buscaram inovar o setor no País.

Polarização em alta

Viveremos, em 2019, tempos de polarizações crescentes. Como vimos no processo eleitoral recente e vemos na França, agora. Com impactos crescentes sobre a confiança das pessoas em relação aos governos. E grandes respingos sobre as empresas. Depois de estudar o comportamento do consumidor em oito países, a sondagem Edelman Earned Brand 2018 concluiu que duas a cada três pessoas pagam por um produto motivadas pelo posicionamento da marca sobre temas da sociedade.

Em sua quarta edição, o levantamento foi feito no Brasil, na China, França, Alemanha, Índia, no Japão, Reino Unido e nos Estados Unidos, entre junho e julho deste ano. Ainda segundo o Earned Brand 2018 , 69% dos brasileiros compram ou boicotam uma marca em virtude de sua posição sobre uma questão social ou política, revelando um impressionante aumento de 13 pontos em relação ao ano passado. A média mundial é mais baixa: 64%.

 

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