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Notas econômicas: 3 a 7 de maio de 2021

Presidente recebe apoio religioso de militares, que sofrem desgaste de imagem
Foto: Anderson Riedel/PR
Foto: Anderson Riedel/PR

A imagem dos militares brasileiros se degrada junto com o apoio ao presidente Bolsonaro. Confira nas Notas Econômicas o que foi destaque no noticiário da semana

Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas

Dano à Imagem dos Militares: Na avaliação de especialistas, os militares emprestaram o próprio prestígio a Bolsonaro e voltaram ao centro do palco políticos, recebendo benesses em troca. Mas o dano a sua imagem é de difícil reversão. Para o general e ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos Alberto dos Santos Cruz, há “um número excessivo de militares no primeiro escalão, o que dá a percepção de vínculo institucional”. Somado a isso, a gestão de Pazuello na Saúde foi, para Santos Cruz, “um desastre”. (Folha) (Meio)

Politização das Forças Armadas: Os militares parecem, infelizmente, terem tomado gosto pela coisa. Integrantes da ativa nas três Armas publicaram 3,4 mil tuítes de conteúdo político ao longo dos últimos dois anos. A lista incluiu 22 oficiais-generais e traz em geral apoio a Bolsonaro. (Estadão) (Meio)

Avaliação das Forças Armadas 1: Pesquisa PoderData realizada na semana de 26-28.abr.2021, mostra que o trabalho das Forças Armadas é considerado “bom” ou “ótimo” por 39% da população. A taxa é considerada estável em relação ao levantamento anterior, de janeiro deste ano, que ficou em 41% das respostas. (Poder 360)

Avaliação das Forças Armadas 2: Outros 18% consideram que os militares fazem um trabalho “ruim” ou “péssimo”, uma variação dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais em relação aos 16% de janeiro. A taxa dos que avaliam a atuação das Forças Armadas como “regular” aumentou de 31% para 36% no mesmo período. (Poder 360)

Avaliação das Forças Armadas 3: A mesma Pesquisa PoderDatal, com 2.500 pessoas, mostra que 45% dos entrevistados avaliam como “ruim” a presença de militares no governo e na política. É a 1ª vez no levantamento em que a rejeição lidera. (Poder 360)

Avaliação das Forças Armadas 4: A proporção aumentou 10 p.p. em relação à última pesquisa, de julho de 2020. A margem de erro é de 2 p.p. Outros 35% afirmam que a participação de integrantes das Forças Armadas na administração federal é positiva –queda de 8 p.p no mesmo intervalo. (Poder 360)

Ambiente econômico

Apoio ao Trabalho de Guedes: O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, dia 02-05-2021, que o apoio ao seu plano de trabalho em Brasília é menor do que imaginou quando foi convidado para o cargo e recebeu do então candidato Jair Bolsonaro o apelido de “Posto Ipiranga”. Apesar da frustração, ele disse que não pensa em desistir. (Poder 360)

Indicadores

Economia Compartilhada: Apesar da pandemia ter dado uma pausa no compartilhamento de produtos e serviços entre os consumidores, para as empresas tem sido o oposto. E 2021 tem mostrado que agora é a vez da economia compartilhada business-to-business (B2B). A DHL prevê que esse e-commerce entre empresas vai crescer mais de 70% para US$ 20,9 bilhões até 2027. As vantagens acontecem dos dois lados. Para as empresas, ganham a oportunidade de dividir custos e diminuir as perdas. Enquanto por meio de um ecossistema, o consumidor pode ser atendido de ponta a ponta por meio de um único ponto de acesso. (Meio)

Temor com o Impacto da Pandemia: O temor com o impacto da crise pandêmica na economia nacional atingiu um patamar insólito em meados de abril. Na ocasião, oito em cada dez brasileiros (78%) disseram que tais consequências serão “devastadoras” para o país. Isso no curto e no médio prazo. No fim de março de 2020, quando o novo coronavírus se inicia com força no Brasil, esse grupo reunia 59% da população. As previsões negativas escalaram 19 pontos percentuais em pouco mais de um ano. É isso o que indica uma pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Travessia, de São Paulo. (Valor)

Índice de Preços ao Produtor (IPP): A alta do dólar e o aumento dos preços das commodities no mercado internacional explicam o ritmo elevado do Índice de Preços ao Produtor (IPP), afirma o gerente de análise e metodologia da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Alexandre Brandão. A chamada inflação de “porta de fábrica”, sem impostos e fretes, subiu 4,78% de fevereiro para março. Os resultados de janeiro, fevereiro e março são os três maiores de toda a série histórica do indicador, iniciada em janeiro de 2014. O recorde foi em fevereiro (5,16%), seguido por março e janeiro (3,55%). (Valor)

Falta de Insumos na Indústria 1: Uma em cada quatro empresas da indústria de transformação do Brasil aponta a escassez de matérias-primas como o principal fator limitativo à expansão dos negócios em abril, novo recorde em 20 anos da sondagem do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre). Os dados demonstram que a situação está piorando ao longo de 2021, já que, em janeiro, 20% das indústrias indicaram esse problema, contra 25,3% agora. (Valor)Falta de Insumos na Indústria 2: Para Cláudia Perdigão, do Ibre, o movimento está associado à desarticulação das cadeias na pandemia, o que levou a retomadas desiguais entre os segmentos a partir do segundo semestre de 2020. (Valor)

Tempo de Deslocamento: O tempo médio de deslocamento de casa para otrabalho (somando-se os trajetos de ida e volta) era de 4,8 horas por semana no país em 2019, mas chegava a 6,4 horas na média das capitais brasileiras e ultrapassava as 7 horas nas cidades de São Paulo (7,8 horas) e do Rio de Janeiro (7,4 horas). Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde(PNS), divulgada pelo IBGE, e se referem a 2019, ou seja, foram coletados antes do início da pandemia de covid-19. (Valor)

Setores

Recuperação do Comércio Estagnou: Depois de chegar, em outubro de 2020, a um patamar 6,6% acima do nível pré-pandemia, o comércio teve queda expressiva em dezembro daquele ano (-6,1%) e se mantém nos últimos meses em um patamar muito próximo de fevereiro de 2020. Em março, o varejo estava 0,3% abaixo de antes dos efeitos iniciais da covid-19 no país. (Valor)

Exportadores Retém Dólares 1: As empresas anteciparam parte de suas receitas de exportações em 2020 e no começo deste ano, aproveitando a taxa de câmbio bem mais desvalorizada. Ao mesmo tempo, usaram dólares recebidos fora do país para quitar dívidas no exterior. Essas são as explicações do Banco Central (BC) para um paradoxo que intriga o setor financeiro: as vendas externas vão bem, graças à desvalorização do real e à alta dos preços de commodities, mas os exportadores estão colocando menos dólares no mercado de câmbio que o esperado. (Valor)

Exportadores Retém Dólares 2: Até 2006, os exportadores eram obrigados a trazer ao Brasil e oferecer no mercado doméstico de câmbio os dólares de suas vendas no exterior. Essa exigência foi, na prática, extinta, e as empresas passaram a deixar fora do país uma parte de suas receitas com vendas externas. (Valor)

Exportadores Retém Dólares 3:  Cerca de metade desse dinheiro que fica fora do país é usada para pagar importações. O resto é destinado a pagar serviços, amortizar dívidas e investimentos. Os dados do BC, quando analisados em períodos mais longos, mostram que as vendas de dólares por exportadores no mercado de câmbio ficam 10% a 15% abaixo das exportações físicas. (Valor)

Venda de Imóveis para Baixa Renda: A construtora Tenda vai testar qual o limite possível de aumento de preços de imóveis sem que haja perda de velocidade de vendas e volume comercializado, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Renan Sanches, em teleconferência com analistas e investidores nesta quinta-feira sobre os resultados do primeiro trimestre. No primeiro trimestre, a Tenda revisou seu orçamento de obras, em função da alta de custos de materiais. Com isso, a margem bruta caiu de 30,7%, para 29,7%, enquanto a margem bruta ajustada passou de 31,8% para 31,1%. (Valor)

Operadoras de Estradas em Alerta: As operadoras de estradas concedidas estão em estado de alerta em decorrência do aumento acentuado do asfalto. O aumento dos insumos é considerado pelas agências reguladoras como risco do negócio e não dá direito automático a reequilíbrio do contrato de concessão, ou seja, elas ficam impedidas de repassar esse custo adicional às tarifas de pedágio cobradas dos usuários. As concessionárias de rodovias pedagiadas temem um desarranjo em suas contas. (Valor)

Inflação do Asfalto: Os dois últimos reajustes da Petrobras nos preços do asfalto ameaçam a continuidade das obras de duplicação e até de manutenção em rodovias federais, segundo empreiteiras contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Houve alta de 9% em janeiro e de mais 25% no dia 30 de abril. (Valor)

Ameaça de Paralisação das Obras: Sem suplementação orçamentária do DNIT ou recuo no valor do asfalto, a possibilidade de paralisação dos trabalhos em rodovias federais torna-se real, principalmente no segundo semestre. Hoje o Dnit administra 62,2 mil quilômetros de estradas – das quais 53,5 mil quilômetros são pavimentadas – e tem contratos de manutenção cobrindo um total de 91% dessa malha. (Valor)

A Política de Preços da Petrobras é uma Ameaça: A Petrobras mudou sua política de preços no início de 2018, passando a fazer reajustes trimestrais, que consideram a variação da taxa de câmbio e do petróleo no mercado internacional. Desde então, o valor do quilo de cimento asfáltico já subiu quase 140%. Nas refinarias, custa mais do que o litro do querosene de aviação ou da gasolina comum, que são combustíveis refinados. (Valor)

Mercado de trabalho

Acidentes de Trabalho 1: A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada IBGE, mostrou que, em 2019, 2,6 milhões de pessoas acima de 18 anos relataram ter sofrido algum acidente de trabalho nos 12 meses anteriores à entrevista. Essa quantidade de pessoas significa que 2,6% das que trabalhavam na semana de referência sofreram algum acidente de trabalho nos 12 meses anteriores à entrevista. (Valor)

Acidentes de Trabalho 2: O IBGE pesquisou também se as pessoas ocupadas de 15 anos ou mais de idade estiveram expostas a algum fator que poderia afetar a sua saúde, como, por exemplo, ruído, manuseio de materiais radioativos ou de resíduos urbanos, material biológico, entre outros. Das pessoas ocupadas, 49% declararam exposição a algum desses fatores – ou seja, quase 48,5 milhões de ocupados, sendo que a incidência entre os homens foi 59,7%, enquanto entre as mulheres, 35,6%. (Valor)

Antecedente de Emprego em Abril: A alta de 1,6 ponto do Indicador Antecedente e Emprego (IAEmp), divulgada dia 06-05-2021 pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV-Ibre, pode ser considerado uma “despiorada” depois de três quedas seguidas. A afirmação é de Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, para quem o mercado pode ter percebido, no mês passado, que o recuo no primeiro trimestre pode ter sido exagerado “e agora se começa a perceber que o cenário não era tão ruim assim”. (Valor)

Gestão

Gestão de Excelência: Adoção de novos processos, tecnologias e coleta de dados já são realidade no ambiente de negócios. No entanto, muitas dessas empresas ainda geram mudanças lentas e incrementais. Isso porque ainda não alcançaram nível operacional maduro, o que muitos especialistas chamam de future-ready. Enquanto outras empresas ainda se baseiam apenas em força de trabalho humana, processos não padronizados e fragmentados, dados isolados e tecnologias básicas, as future-ready criam serviços digitalizados modulares para otimizar as operações e projetar e lançar novas ofertas; e tratam os dados como um ativo estratégico que é acessível a todos os funcionários que precisam. As vantagens são claras: ao avançar um nível de maturidade a empresa se torna 7,6% mais eficiente e 2,3% mais rentável. (Meio)

Soluções para Franqueados: Para lidar com a segunda onda da pandemia, franquias pelo país têm cada vez mais se apoiado em soluções digitais. Em 2020, esse setor encolheu 10,5%, e agora, mais “acostumado” à imprevisibilidade, luta para reverter o cenário. Com as lojas fechadas, uma das principais soluções tem sido o e-commerce. Cada franquia ganha um link exclusivo ou é acionado se estiver no raio de atendimento da venda. As métricas têm se mostrado fundamentais. O acesso aos números de cada unidade, por exemplo, está ajudando as franqueadoras a entenderem a realidade individual de cada franqueado, traçar ações direcionadas, acompanhar o estoque etc. (Meio)

Sistema financeiro

Punição para Correspondentes Bancários 1: A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) divulgaram que foram publicadas 74 punições no mês de março por meio da Autorregulação do Crédito Consignado. O total, entre advertências e suspensões temporárias e definitivas de operação, é o maior já registrado desde que as novas regras entraram em vigor em janeiro de 2020. A aplicação da punição máxima prevista pelas normas também bateu recorde: cinco correspondentes bancários tiveram suas atividades suspensas definitivamente em março. (Valor)

Punição para Correspondentes Bancários 2: Desde a entrada em vigor da Autorregulação para o Crédito Consignado, em 2 de janeiro de 2020, foram aplicadas 450 sanções em razão de reclamações de consumidores sobre oferta irregular do produto. Duzentos e vinte e seis correspondentes foram advertidos e 207 tiveram suas atividades suspensas temporariamente. Nos casos em que houve reincidência, os agentes tiveram suas atividades suspensas por prazos que variam entre 5 e 30 dias. Além disso, 17 tiveram a atuação interrompida permanentemente. (Valor)

Copom e Selic: O Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros de 2,75% para 3,5% ao ano e disse que “antevê” nova alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Além disso, afirmou que “neste momento” considera apropriada uma normalização parcial da Selic. Ou seja: planeja manter “algum estímulo monetário ao longo do processo de recuperação econômica”. Mesmo assim, não se comprometeu com nenhum dos dois cenários traçados, afirmando que as decisões dependerão de como a conjuntura evoluir. (Valor)

Lucro do BB no Trimestre: O Banco do Brasil teve lucro líquido recorrente de R$ 4,9 bilhões de janeiro a março de 2021, alta de 33% em relação ao trimestre anterior e de 44,7% na comparação com os primeiros 3 meses de 2020. (Poder 360)

Lucro do Itaú: O Itaú Unibanco passou bem pelo recrudescimento da pandemia de covid-19 nos primeiros meses do ano. Não se viu um impacto significativo no balanço – ao contrário, o lucro líquido aumentou 63,5% no primeiro trimestre, para R$ 6,398 bilhões. No entanto, boa parte desse crescimento veio de ganhos pontuais com tesouraria e da menor necessidade de provisões contra perdas no crédito – o que, para analistas, desafia o banco a provar que esse resultado será sustentável. (Valor)

Projeções do Itaú: O Itaú Unibanco elevou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021 de 3,8% para 4%, citando que indicadores recentes sugerem impacto econômico da segunda onda de covid-19 significativamente mais moderado do que o observado na primeira. Para 2022, foi mantida a previsão de crescimento de 1,8%. (Valor Investe)

Privatização da Eletrobras: O governo prevê que todo o processo de privatização da Eletrobras, holding que detém o controle acionário das estatais federais de energia elétrica, vá gerar R$ 100 bilhões. A estimativa inclui o valor da outorga (R$ 25 bilhões), a fatia da União na companhia e a venda de ações no mercado secundário. A privatização da estatal ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, em votações por maioria simples. (Valor)

Ambiente social

Brasileiros sem Amparo 1: Aproximadamente três milhões de pessoas no Brasil (2,988 milhões) não têm rede de amparo de família ou amigos, aponta a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do IBGE, referente ao ano de 2019. O contingente corresponde a 1,8% das pessoas de 15 anos ou mais no país. São pessoas que revelaram que não tinham nenhum familiar ou parente nem um amigo com quem contar nos momentos bons ou ruins. (Valor)

Brasileiros sem Amparo 2: Um quinto desse grupo de pessoas sem rede de amparo é formado por pessoas de 60 anos ou mais de idade: 603 mil. São idosos que não contam com ninguém além de si mesmos ou o Estado para atravessar esta fase da vida, em um país cada vez mais envelhecido como o Brasil. Os idosos sem essa rede de amparo também correspondem a 1,8% do total da faixa etária, mesmo nível observado na média brasileira. (Valor)

Dependência Brasileira na Saúde: Um dos gargalos no programa de imunização brasileiro é a dependência a insumos e vacinas de fora do país. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, disse que as primeiras doses da Oxford/AstraZeneca inteiramente produzidas no Brasil devem chegar aos postos de vacinação em outubro. A produção começa em maio, mas, segundo ela, o processo exige muitas etapas, incluindo controle de qualidade. (CNN Brasil) (Meio)

Produção Mundial de Vacinas: Em tese, o mundo pode produzir até o fim de 2021, 11,6 bilhões de doses de vacinas, o suficiente para imunizar todos os seres humanos com mais de 19 anos. Essa é a capacidade de produção para todos os imunizantes já aprovados por alguma agência reguladora internacional. (Folha) (Meio)

Resultados da Vacinação de Idosos: A vacinação da população mais idosa já começa a se refletir nos números. Entre o fim de janeiro e o início de abril houve queda de, em média, 21% nas mortes e de 15% nos casos entre pessoas com mais de 80 anos. (Veja) (Meio)

Mônica Bergamo: “O número de mortes de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem por Covid-19 despencou no Brasil depois do início da vacinação. O número atingiu pico em março, com 83 óbitos, e caiu para 24 no mês de abril —redução de 71%. Os profissionais estão incluídos nos grupos prioritários da vacinação.” (Folha) (Meio)

Força de Trabalho e Pandemia: Após mais de um ano de ensino remoto, que pode chegar a dois anos a depender da evolução da pandemia, a nova força de trabalho chegará ainda mais crua ao mercado, com menos habilidades socioemocionais, como capacidade de se relacionar em equipe e criatividade, e também impacto em habilidades técnicas, apontam especialistas. (Valor)

Ausência de Estado: O presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, reafirmou que a favela é o lugar no Brasil onde o “Estado é mínimo”, pela falta de acesso dos moradores a serviços básicos – uma provocação à corrente do pensamento liberal. Ele ressaltou que a situação se tornou ainda mais grave na pandemia, sem internet de qualidade para as comunidades. Os moradores de favelas enfrentam dificuldades para receber auxílio emergencial, ter uma fonte de renda por aplicativo de celular, acessar aulas remotas, entre outras necessidades que dependem exclusivamente de conexão. (Valor)

Gastos da PBH com a Pandemia: Por mês, a prefeitura de Belo Horizonte gasta R$ 43 milhões na área de saúde com o combate à pandemia e R$ 27 milhões por mês com a compra e distribuição de 275 mil cestas básicas para famílias carentes. (Valor)

Tirando dos Pobres, para dar aos Ricos: Como os tributos arrecadados de quem menos tem vão sendo desviados para quem menos precisa? Uma portaria do ministério da Economia, comandada pelo ministro Paulo Guedes, publicada dia 30-04-2021, permitiu que servidores públicos pudessem furar o teto constitucional, e receber proventos acima de R$ 39,2 mil mensais. Calcula-se que, no total, já em 2020, serão mais de R$ 180 milhões retirados das receitas públicas e injetados, diretamente, no bolso de uns tantos beneficiários. (Poder 360)

Novo Conselho da OMS: A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a criação de um conselhopara discutir questões econômicas relativas à promoção da saúde em todo o mundo. O órgão será integrado por 11 especialistas, entre eles a brasileira Zélia Maria Profeta da Luz, da Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz). A OMS explicou que o principal objetivo do conselho é propor recomendações para reformular a saúde global. Os especialistas farão sugestões sobre como as políticas econômicas podem ser estruturadas de forma a atingir a “ambiciosa” meta de garantir saúde para todos. (Valor)

Ambiente

Consequências da Destruição da Amazônia: O desmatamento na Amazônia vem provocando um fenômeno evolutivo que não deixa dúvidas sobre a ação nociva do homem sobre o ecossistema: as borboletas e mariposas estão perdendo a cor. Ou melhor, espécies com cores exuberantes, que se camuflam mais facilmente na mata, estão sendo substituídas por outras de asas pardas e cinzentas, as cores deixadas para trás pelas queimadas e motosserras. Cientistas analisaram a distribuição de mais de 60 espécies e confirmaram a mudança. (Globo) (Meio)

Crimes Ambientais do Governo: O desmonte da fiscalização, do orçamento e das normas na área ambiental teve como consequência, entre outras, um aumento de 216% no desmatamento, que atingiu a marca recorde de 810 quilômetros quadrados, o avanço do garimpo sobre terras indígenas e 12% de aumento nos focos de incêndio. Uma devastação incentivada por militares aboletados em cargos de confiança no setor antes destinado a técnicos. Um levantamento obtido com exclusividade por CartaCapital detalha os efeitos catastróficos da interferência do Ministro Ricardo Salles. Elaborado pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Meio Ambiente (Ascema), o documento intitulado “Dossiê: Uma Tragédia Anunciada” será entregue nos próximos dias aos presidentes dos demais poderes da República e aos representantes da embaixada dos Estados Unidos, uma forma de expor à sociedade brasileira e ao mundo os crimes ambientais do governo. (Carta Capital)

Crise Hídrica no Brasil 1: O ministro Bento Albuquerque se diz preocupado com a falta de chuva no Brasil e o baixo nível dos reservatórios. O titular da pasta de Minas e Energia pretende, nos próximos dias, acionar todas as usinas termelétricas do país para garantir que não ocorram apagões, ou seja, será preciso racionar energia. (Poder 360)Crise Hídrica no Brasil 2: A previsão do ministério é que nos próximos meses as chuvas na região Sudeste não tenham volumes significativos. Segundo Albuquerque, esse é o menor nível de chuvas no Brasil desde o início da série histórica em 1931. (Poder 360)

Ambiente político

Madeireiros Comemoram: A juíza federal Mara Elisa Andrade mandou a Polícia Federal devolver quase 200 mil metros cúbicos de madeira retida na maior apreensão já feita na Amazônia. Ela alegou que as investigações ainda estão no início e que não há certeza sobre a prática de crimes. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, comemorou a decisão. Após a apreensão, ele foi à Região Norte dar apoio aos madeireiros. (Meio)

Atraso no Pronampe: A reedição do Pronampe está atrasada, admitiu no dia 04-05-2021, o ministro Paulo Guedes, em reunião na Câmara dos Deputados. Mas o programa está pronto e deve sair “a qualquer momento”, afirmou. O governo também trabalha para lançar “brevemente” o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), focado nos trabalhadores informais. O BIP será focado nos chamados “nem-nem”, jovens que não estudam nem trabalham. (Valor)

Dificuldades do Novo Plano Safra: O cobertor curto do orçamento e o atraso na votação do projeto de crédito suplementar têm dificultado a construção do Plano Safra 2021/22, segundo a ministra da AgriculturaTereza Cristina. Ela disse que enfrenta um “dilema” para definir as prioridades para o próximo ciclo com o esgotamento das linhas de investimentos nesta temporada, mas quer incentivar a armazenagem de grãos e ao menos manter os juros para a agricultura familiar. A meta é enviar as propostas para análise do Conselho Monetário Nacional (CMN) no fim de maio. (Valor)

Governo

Força da Bancada Ruralista: Em pleno 1º de Maio, o presidente Jair Bolsonaro anunciou, em live para pecuaristas, que não regulamentará a Emenda Constitucional que desapropria automaticamente terras onde haja trabalho análogo à escravidão, aprovada em 2014. Acompanhado da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ele também comemorou a queda no volume de multas ambientais. (G1) (Meio)

Ambiente internacional

Novo Superciclo das Commodities: As previsões entre os negociadores, analistas e executivos de um novo superciclo – um período prolongado de preços altos com a demanda superando a oferta – vêm atraindo os investidores. As recuperações econômicas aceleradas da Europa e China, sendo esta última a maior consumidora mundial de matérias-primas –, juntamente com os sinais de uma recuperação acentuada dos EUA, onde o mercado imobiliário residencial está aquecido, vêm alimentando as expectativas de demanda. As rupturas nas cadeias de fornecimento provocadas pela covid-19 e os baixos estoques de algumas matérias-primas vêm contribuindo ainda mais para alimentar um superciclo. (Valor)

Recuperação Econômica nos EUA e Europa 1: A economia americana cresceu 1,6% no primeiro trimestre de 2021, um resultado melhor que o da Europa, onde o Produto Interno Bruto caiu 0,6% no mesmo período. Mesmo na economia europeia, no entanto, há sinais de que, com o aprendizado da convivência com o coronavírus e o avanço da vacinação, aos poucos a vida vai retomando seu ritmo, com boas perspectivas ainda para 2021. (Poder 360)

Recuperação Econômica nos EUA e Europa 2: Fica a ressalva de que essa recuperação tem se dado às custas de pesados gastos do Estado. Isso significa um grande aumento da dívida dos governos nacionais, não apenas nos Estados Unidos como em todo o mundo. Essa é uma conta a ser paga lá na frente, e que deixa um enigma: de onde tirar o dinheiro para tapar o buraco? (Poder 360)

Enquanto Isso no Brasil 1: O Brasil está ainda muito distante de uma solução econômica, por diversos motivos. A demora na vacinação, que leva ao surgimento de variantes do vírus, leva mais longe a tragédia nacional. A marca de mais de 400 mil mortos pela pandemia fala bem da nossa capacidade de aumentar as crises, em vez de minorá-las. (Poder 360)

Enquanto Isso no Brasil 2: Outra marca assustadora, a dos 14 milhões de desempregados, é apenas a ponta do iceberg, num país onde quase metade dos trabalhadores atua no mercado informal, que, como o próprio nome diz, é subemprego, derruba a renda e não paga impostos. (Poder 360)

Ambiente tecnológico

Receitas de Soluções em Nuvem Avançam: Pela primeira vez, soluções em nuvem passaram as receitas de hardware. Em 2020, atingiram uma participação de 10% no mercado de tecnologia de informação (TI), e logo atrás vem hardware, estável em 9%. O motivo é simples: em momento de pandemia, foi a maneira mais rápida das empresas acessarem capacidade de computação e armazenamento. E a tendência é que não pare: as receitas de nuvem vão quase dobrar, passando de US$ 2,35 bilhões em 2020 para US$ 4,16 bilhões em 2025, enquanto hardware ficará estável em US$ 2 bilhões. (Valor) (Meio)

O Avanço dos Satélites: Não são apenas os computadores e smartphones que diminuíram de tamanho ao longo dos anos. Os satélites também encolheram: em vez de ter o tamanho de um caminhão e custar até US$ 400 milhões, agora geralmente não são maiores do que um micro-ondas ou um pão de forma. Eles custam uma fração de seus antecessores, às vezes menos de US$ 1 milhão, e podem ser produzidos em massa dentro de fábricas ou, em alguns casos, numa sala de aula de faculdade. Consequentemente, mais que dobrou o número de satélites em operação de 2015 para 2020, aumentando a coleta de dados e imagens de órbita. (Meio)

Transferências via WhatsApp: O recurso de transferência de dinheiro entre usuários do WhatsApp começou a ser liberado dia 04-05-2021 no Brasil. Após a aprovação em março do Banco Central, o WhatsApp Pay não cobra taxas, mas tem limite para as transferências. Está disponível para quem tem cartões de débito ou pré-pago do Banco do Brasil, Banco Inter, Bradesco, Itaú, Mercado Pago, Next, Nubank, Sicredi e Woop Sicredi, com as bandeiras Visa e Mastercard. Os pagamentos para empresas, no entanto, ainda precisam ser aprovados pelo BC e ainda não tem previsão. (Meio)

Pagamentos B2B: As transações entre empresas normalmente esbarram em burocracias internas e se tornam uma etapa custosa para os negócios, não só comprometendo a receita, mas a produtividade dos colaboradores. Mas blockchain, pagamentos on-line e carteiras digitais são as tecnologias que, segundo a American Express, estão agilizando pagamentos para business-to-business (B2B). A primeira, por exemplo, possibilita o movimento do dinheiro por todo o mundo com poucos cliques. Sem contar a transparência, já que o processamento das transações acontece por meio de um banco de dados independente. (Meio)


Notas Econômicas: fontes

  • Jornal Valor, Valor Investe, Folha, Estadão, Canal Meio Newsletter, Veja, Poder 360, Carta Capital, Portal G1 e Globo.

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