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Inteligência aumentada: a integração da humanidade à ciência de dados

Para Thierry Warin, a Ciência de Dados deve ser encampada pela áreas de gestão para explorar os conhecimentos da matemática, estatística e da tecnologia. Foto: MPerez
Para Thierry Warin, a Ciência de Dados deve ser encampada pela áreas de gestão para explorar os conhecimentos da matemática, estatística e da tecnologia. Foto: MPerez

Radar do Futuro *

As ciências humanas e sociais precisam se apropriar dos conhecimentos gerados pelas áreas de tecnologia, matemática e estatística. Esta é uma condição necessária para que inovações não tenham um  viés exclusivamente das ciências exatas. O resultado da combinação entre a humanização e a tecnologia tende a propiciar a expansão do conceito de inteligência artificial para inteligência ampliada, um conceito em que profissionais de gestão utilize as ferramentas e explore a complexidade crescente dos ambientes de negócios.

A necessidade de integração é uma das preocupações do especialista em Ciência de Dados para Negócios Internacionais, Thierry Warin, professor da SKEMA Business School, para quem, no cenário de mudanças extremamente rápidas, seria um erro não agir agora para preparar as novas gerações a fim de que estejam aptas a usar as tecnologias disruptivas e a inteligência artificial de maneira ética, a serviço do ser humano e da sociedade. Para ele, Inteligência Aumentada é exatamente essa abordagem mais humana da tecnologia.

“É papel das instituições de ensino informar, educar e mostrar para os futuros tomadores de decisões as possibilidades dessas novas tecnologias e também seus riscos, que são cada vez maiores. Isso é o que o novo laboratório global de inteligência aumentada da SKEMA Business School pretende fazer.” Professor visitante na Universidade de Harvard, Warin juntou-se à SKEMA em janeiro deste ano com a missão de desenvolver e liderar este laboratório de vanguarda, centrado na Inteligência Aumentada.

Ciências de dados

O mundo hoje tem uma segunda dimensão: a tecnológica. Novas ferramentas estão sendo criadas, todos os dias, pela Ciência de Dados. E elas estão se tornando cada vez mais disponíveis, substituindo algumas ferramentas tradicionais, complementando outras. Assim como aconteceu com a universalização da eletricidade, que permitiu aos seres humanos realizaram coisas totalmente novas, a inteligência artificial é o motor de uma mudança maior, baseada em possibilidades tecnológicas inovadoras, que vem escrevendo uma nova história para a humanidade.

Por nossa familiaridade com celulares e aplicativos, a inteligência artificial pode não ser mais uma surpresa. Além disso, a ciência de dados já vem promovendo uma revolução concreta na indústria e no mercado. Hoje já é possível analisar um grande volume de informações e, a partir disso, influenciar diretamente diversos aspectos da nossa vida, como os preços, o marketing e até mesmo a política. No entanto, no contexto da escola, da sala de aula, essas ferramentas representam todo um novo universo de possibilidades.

Thierry Warin, como diretor do recém-lançado SKEMA Global Lab in AI, veio ao Brasil participar do seminário “A Inteligência Aumentada e o Futuro da Educação”, que aconteceu no dia 30 de outubro, em Belo Horizonte (MG), realizado pela SKEMA Brasil com o apoio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG. Durante sua palestra, ele completou que “o objetivo do laboratório é preparar uma nova geração de líderes prontos para administrar as empresas do século XXI, desenvolver a economia do conhecimento do século XXI e trabalhar com um conjunto de ferramentas também do século XXI”.

Investimentos no futuro

Ao conectar os seres humanos, a globalização e a internet não simplificaram o mundo. Ao contrário, o mundo tornou-se mais complexo. Para entender essa nova realidade, é preciso que as pessoas consigam navegar nessa complexidade. Para Warin, essa é a função da Ciência de Dados, fornecer novas informações e metodologias a fim de responder a essas questões complexas, conjugando a matemática, estatística e a tecnologia. “Se temos condições de usar métodos quantitativos inovadores, por meio dessas novas tecnologias, não devemos nos limitar. A humanidade vem enfrentando grandes desafios. A SKEMA vai agir desde já para ensinar seus alunos a encarar esses desafios.”

Ao anunciar o lançamento laboratório global de inteligência aumentada, ele aproveitou para dar um recado para a classe política. “Alguns governos afirmam priorizar a engenharia, informática e as ciências exatas a fim de alavancar o desenvolvimento da sociedade. De fato, toda essa competência em máquinas e códigos é muito importante, mas é necessário investir também na aplicação dessas tecnologias.” Segundo ele, são as ciências sociais e humanas as responsáveis por pensar como fazer com que tudo isso trabalhe efetivamente para a solução de problemas reais das pessoas e para enfrentar os desafios da humanidade.

“Esse é o ‘ano zero’ para a humanidade. Não estamos falando de robôs, automóveis ou máquinas, mas sim de sete bilhões de seres humanos produzindo todos os dias uma quantidade incalculável de informações que são muito importantes para o sistema financeiro, para o marketing, para as decisões governamentais e muito mais. A Inteligência artificial é uma ferramenta poderosa para analisar e gerar significado a partir disso tudo – mas também pode ser muito perigosa. Por isso, é nossa responsabilidade, como profissionais da educação, formar pessoas capazes de compreender como utilizar a inteligência artificial de forma efetiva e, principalmente, ética.”


  • Com informações da 22 Graus – Comunicação e Marketing

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