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Inteligência artificial no futuro: educação, voz das coisas e mais

A expansão do uso de sistemas tutores inteligentes para ensino personalizado será um dos destaques entre os investimentos que serão realizados na educação
A expansão do uso de sistemas tutores inteligentes para ensino personalizado será um dos destaques entre os investimentos que serão realizados na educação

Carlos Teixeira
Radar do Futuro

Parte significativa da produção científica atual em inteligência artificial está relacionada com o tema da educação. O interesse indica forte presença de aplicação da tecnologia nos sistemas educacionais e, consequentemente, um grande impacto nos processos de ensino-aprendizagem no curto e no médio prazo. A conclusão é do estudo “Tendências em Inteligência Artificial na Educação”, divulgado no início de março pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

O levantamento permitiu concluir que a expansão do uso de sistemas tutores inteligentes para ensino personalizado será um dos destaques entre os investimentos que serão realizados. A ferramenta identifica se o aluno adquiriu conhecimento sobre o tema ensinado e se está cansado ou feliz por ter conseguido resolver um problema. A partir disso, é capaz de decidir, de forma autônoma, qual a melhor estratégia pedagógica para ser utilizada em cada momento.

De acordo com o estudo, até 2020, a tendência é o uso cada mais vez mais recorrente de recursos como processamento de língua natural (PLN), no qual um computador é capaz de entender e interpretar a linguagem humana. Com a evolução, a tecnologia permitiria, por exemplo, a um professor na Alemanha dar aula em alemão a estudantes brasileiros sem conhecimento da língua germânica.

Expectativas: PLN e leaning analytics

“Na educação, o PLN vai contribuir cada vez mais para o intercâmbio entre alunos de nacionalidades diferentes e para a transmissão em tempo real de aulas em línguas distintas, as quais serão traduzidas para os estudantes”, cita o material.

O levantamento também prevê que a robótica educacional estará mais presente nos currículos das escolas de ensino fundamental e médio em função da diminuição dos custos. Outra aposta é o uso do chamado learning analytics, a interpretação de ampla gama de dados produzidos por estudantes. Com isso, será possível avaliar o progresso acadêmico, prever o desempenho e detectar possíveis problemas no aprendizado. “Por meio do estudo do que ocorreu no passado com um grande número de alunos durante a realização de um curso, é possível detectar os pontos de maior dificuldade de compreensão do conteúdo ou mesmo a tendência para o abandono”, explica o documento.

A “voz das coisas”: um mercado afinado

Caminhamos para um mundo em que a interação não se dará mais pela tela de desktops, notebooks, celulares e smart TVs. E as gigantes mundiais estão de olho no mercado de “voz das coisas”. Empresas como Google, Amazon, Apple, Microsoft e Alibaba apresentam plataformas de inteligência artificial com assistentes digitais cada vez mais potentes.

Ainda relativamente distantes da realidade brasileira, assistentes virtuais já se estabeleceram em mercados mais maduros. A estimativa é que só a líder de mercado, Amazon, já vendeu mais de 25 milhões de unidades do Echo, que permite interagir com a Alexa, e que esse número deve ser duas vezes maior até 2020.

MERCADO EXPONENCIAL

IA em tudo

Em visita ao Brasil, Satya Nadella, presidente executivo da Microsoft previu que, em breve todo negócio terá uma inteligência artificial. Assim como é comum que uma empresa tenha um site ou um aplicativo para divulgar seus serviços, o próximo passo será ter um sistema de inteligência artificial para atender aos clientes.

A Microsoft fechou parceira com o Sesi e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Senai para a criação de cursos de novas tecnologias, como visão computacional, inteligência artificial e ciência de dados. Inicialmente, serão quatro cursos, disponíveis pela internet, no site Mundo Senai.

Bezzos vegano

Além de ser uma ótima notícia para o planeta, aparentemente o crescimento do veganismo pode ser também um bom negócio. É o que sugere a nova empreitada comercial de Jeff Bezos, o dono da Amazon e atualmente homem mais rico do mundo. Com sua fortuna avaliada em cerca de 131 bilhões de dólares – quase o dobro de Bill Gates -, Bezzos acaba de anunciar seu investimento na NotCo, uma empresa chilena de desenvolvimento de produtos veganos.

O aporte de Bezzos na NotCo não foi nada discreto: 30 milhões de dólares. A startup chilena é especializada na utilização de inteligência artificial para realizar mais e melhores combinações de ingredientes de origem vegetal a fim de desenvolver alimentos veganos, como laticínios e maioneses veganos. A empresa não utiliza transgênicos, leite, glúten, ovos nem soja em seus produtos.

Movimento de universidades

A Fapesp inaugurou no final de fevereiro o Advanced Institute for Artificial Intelligence (AI²), uma parceria entre pesquisadores de oito universidades paulistas com empresas e startups de tecnologia com o objetivo de promover a interação de estudiosos do setor de inteligência artificial para a criação de aplicações que possam ter impacto socioeconômico relevante.

Para que esse objetivo possa ser atingido, todas as instituições de ensino participantes terão uma rede de espaços de trabalho compartilhados (coworking), que serão conectados com os espaços das outras instituições a partir de um sistema de videoconferência.

Mão robótica

A Festo, uma empresa de tecnologia de automação, desenvolveu uma mão robótica que utiliza inteligência artificial para aprender a manusear objetos através de tentativa e erro. Além disso, ela é feita com materiais macios que conseguem interagir com humanos sem riscos de acidentes. O projeto representa um grande passo para o desenvolvimento de máquinas que podem operar sem supervisão e foi desenvolvida para dar suporte à linhas de produção.

INDICADORES

Os investimentos mundiais com inteligência artificial (AI) devem atingir US $ 35,8 bilhões em 2019, um aumento de 44,0% o montante de 2018. A projeção é da consultoria International Data Corporation (IDC). Os gastos globais com sistemas de inteligência artificial serão liderados pelo setor de varejo, onde as empresas investirão US $ 5,9 bilhões este ano em soluções como agentes automatizados de atendimento ao cliente, consultores especializados em compras e recomendações de produtos.

Rússia na vanguarda

Cerca de 30% das empresas sediadas na Rússia estão empregando tecnologia de inteligência artificial (IA), deixando empresas europeias e norte-americanas para trás, de acordo com os resultados de uma pesquisa que ouviu líderes empresariais. Os executivos russos estão com pelo menos 7,7% à frente quando adotarem a tecnologia acrescentando que na França, por exemplo, o nível de uso da inteligência artificial chega a 10%.

 

 

 

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