2020: o ano da hiperpersonalização no mercado de consumo

Os varejistas têm coletado todos os dados possíveis de seus consumidores e estão desenvolvendo algoritmos avançados e preditivos. Foto: Pixabay
Os varejistas têm coletado todos os dados possíveis de seus consumidores e estão desenvolvendo algoritmos avançados e preditivos. Foto: Pixabay

Gustavo Pipa *

Até há alguns anos, fazer compras significava ir a uma loja, eventualmente folhear um catálogo e colocar os produtos escolhidos no carrinho. As compras on-line estavam em ascensão, mas o e-commerce ainda não era uma plataforma considerada relevante pelos consumidores.

Pouco tempo depois, uma revolução no jeito de comprar: em 2018, mais de uma em cada dez transações de varejo ocorreram on-line, e, dessas, mais de uma em cada três foi realizada em um dispositivo móvel, aponta um estudo da Cognizant. Há 10 ou 15 anos, quem poderia prever que 80% de todas as transações seriam influenciadas por uma interação digital? Ou que um em cada cinco consumidores americanos teria feito pelo menos uma compra ativada por voz por meio de assistentes como o Amazon Echo ou o Google Home?

Muita coisa mudou em uma década, e o cenário é ainda mais ousado para os próximos anos. Chegou a vez dos serviços hiperpersonalizados, pensados de forma pessoal, individualizada. Por quê? Porque o novo consumidor quer isso. Os compradores esperam por experiências cada vez mais personalizadas, direcionadas e com curadoria, muita curadoria. Esse movimento, é claro, fará as lojas relevantes, e o consumidor mais fiel.

Um estudo recente feito pela Instapage revelou que 79% dos consumidores só estão dispostos a participar de promoções que tenham sido pensadas para refletir seus próprios interesses. Ou seja, ao fazer compras on-line, o cliente quer receber ofertas relevantes de produtos que ele tenha de fato maior probabilidade de comprar.

No varejo físico, isso poderia, por exemplo, significar receber um alerta de promoções de produtos selecionados com base no histórico de compras daquele consumidor. A ideia aqui é que esses alertas não atendam a todos ou mesmo a um segmento de clientes, e sim a cada indivíduo. É isso o que chamamos de hiperpersonalização.

Mas como esse cenário está sendo moldado? Por meio de ambientes de varejo on-line e off-line interativos e altamente conectados. O conceito de loja física e loja on-line vai mudar. E, com a diminuição de espaços físicos, tanto em quantidade de lojas quanto no tamanho, acredito que esses espaços se tornarão uma versão mais tecnológica do que existe hoje, com dispositivos inteligentes e IoT (Internet of Things, ou Internet das Coisas).

Os varejistas têm coletado todos os dados possíveis de seus consumidores e estão desenvolvendo algoritmos avançados e preditivos capazes de transformar insights orientados por inteligência artificial em previsões e ações recomendadas para o cliente final. Com esses dados, as marcas conhecerão seus clientes como nunca antes, sendo capazes de criar um cadastro unificado, cenário perfeito para a hiperpersonalização.

A ideia é que as demandas e os desejos dos compradores sejam previstos, processados e atendidos antes de ser solicitados conscientemente. É o chamado comércio sem cliques. E isso será possível graças a um ecossistema cada vez mais conectado e inteligente, com dispositivos e sensores capazes de trocar dados e individualizar experiências.

Cabe aqui dizer que a hiperpersonalização não é um conceito novo. A ideia de disponibilizar mercadorias para os gostos e preferências de um consumidor voltou à tona graças a melhorias de tecnologia, que fizeram com que o custo para a implementação desse processo ficasse mais barato. Historicamente, a hiperpersonalização era limitada a bens e serviços de luxo, baseada apenas em solicitações específicas do consumidor.

Na última década, no entanto, a rápida disseminação de dispositivos digitais, a disponibilidade de redes de alta velocidade e o aumento da digitalização permitiram que cada vez mais consumidores deixassem suas “pegadas” digitais, voluntariamente ou não. À medida que as empresas desenvolvem análises sofisticadas em sua infraestrutura na nuvem, esse histórico digital dá visibilidade aos padrões de pensamento do consumidor em tempo real. E isso vai permitir que as empresas ajustem suas operações da cadeia de suprimentos e de valor, encantando seus consumidores em um nível individualizado.

Esse futuro começa já em 2020, e tende a avançar rapidamente. Estudo da Cognizant estima que o tamanho do mercado para a hiperpersonalização do varejo deve chegar a US$ 3,67 bilhões até 2024. E as soluções que evoluem nesse espaço são mais complexas e mais eficazes do que a simples personalização, pois irão além dos dados do cliente. A hiperpersonalização mira uma jornada instantânea, em que compradores poderão adquirir produtos fabricados sob medida, e rapidamente, como roupas, maquiagens, aromas. Tudo criado na hora e de acordo com a preferência de cada consumidor. E aí, está preparado?


  • Client Service Executive Cognizant no Brasil.



Cenário global em 2020: as incertezas favorecem a instabilidade

No cenário geopolítico, os acontecimentos giram em torno da capacidade dos Estados Unidos, agora sob Donal Trump, gerarem instabilidades frequentes. Foto: Pixabay
No cenário geopolítico, os acontecimentos giram em torno da capacidade dos Estados Unidos, agora sob Donal Trump, gerarem instabilidades frequentes. Foto: Pixabay

Carlos Teixeira
Editor I Radar do Futuro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mantém, em 2020, a cadeira de personagem central da história do planeta. Onde deve continuar nos anos seguintes, caso consiga a recondução nas eleições que serão realizadas em 3 de novembro. O republicano é o arranjador de encrencas, disseminador de intrigas e crises por todos os cantos, no jogo das forças e interesses globais, com o determinante apoio de militares e setores empresariais, como indústria de armas e de petróleo. E a garantia de que o ano será marcado por incertezas econômicas e políticas, acima de tudo.

Há uma certa unanimidade, entre analistas, sobre as chances de confirmação da previsão nebulosa no cenário geopolítico. “O ano de 2020 não terá carência de situações tensas, dramáticas”, define Daniel Franklin, editor da publicação anual sobre perspectivas globais da revista The Economist. A edição de “O Mundo em 2020” e outras consultorias reiteram a avaliação. Para a empresa de aconselhamento de investimentos Global X, “a incerteza é a única certeza” em relação às expectativas para o próximo ano.

Ao propor uma lista das grandes tendências, o jornalista da The Economist avalia que o ano será marcado pela “hora do julgamento” de políticos e políticas adotadas pelo mundo. Um fenômeno duplamente verdadeiro para o presidente Donald Trump: primeiro no Congresso, com o desejo dos democratas de removê-lo do cargo (o Senado controlado pelos republicanos o salvará), depois em uma eleição febril em novembro.

Para Daniel Franklin, o resultado do julgamento pelos eleitores será negativo: “A inteligência artificial que consultamos considera que Trump perderá”, prevê. Será o preço a pagar pela plantação geral de instabilidades. No final das contas, sob a influência do império que perde a força, mas que tenta resistir como líder global da economia e da política, a negatividade é ascendente.

Conflitos na agenda

No mesmo ambiente da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o pessimismo é tão negativo que há o receio quanto aos resultados da revisão quinquenal do Tratado de Não Proliferação Nuclear, 75 anos após o bombardeio de Hiroshima e Nagasaki. Mais exatamente, cresce o medo de uma nova corrida armamentista, que aumentará à medida que os acordos de controle de armas nucleares se desgastarem.

Possibilidade de um conflito no Golfo Pérsico, envolvendo a Arábia Saudita, animosidades crescentes entre Índia e Paquistão, guerras cibernéticas envolvendo a disseminação de informações falsas pela internet e batalha pela supremacia tecnológica, em uma espécie de corrida armamentista, são algumas das variáveis que asseguram as piores expectativas. Para completar, há toda a instabilidade vivenciada hoje pelos países da América Latina.

Outra projeção frequente é a de que os Estados Unidos flertarão com a recessão. Há uma desconfiança global de que a economia não se sustenta diante da ausência de regulação dos sistemas financeiros, das prioridades governamentais e da fragilidade dos sistemas produtivos locais. Mas como a marca do ano é a incerteza, Daniel Franklin considera a possibilidade de haver até uma surpresa e o desastre não ocorrer. Quem sabe, um novo vigor do mercado, seja lá o que isso for.

Divisão global

O grande problema do império norte-americano e do candidato a imperador do momento ou mesmo de outro eventual vencedor na disputa eleitoral é a China. O ambiente de fundo é a divisão do mundo entre potências com o objetivo de assegurar influências. Um jogo do qual o Brasil se afasta cada vez mais ao se alinhar com os interesses dos Estados Unidos.

No sistema formatado por polaridades, o que tende a gerar atritos é, para o jornalista da The Economist, o fato de que a China representa a positividade. Os chineses alegarão ter atingido a meta de “prosperidade moderada” até 2020. Outros países terão que descobrir como se posicionar, no comércio e na tecnologia, entre uma esfera de influência chinesa, que tem a Rússia ao lado e atrai a Alemanha, e uma norte-americana, que pode até resultar em ações militares.

Transição

O fenômeno mais surpreendente de 2019 foi, sem dúvida, a emergência de protestos em diferentes partes do mundo. Ondas de raiva e agitação popular registradas em Paris, Hong Kong e em países da América Latina, entre outros lugares, e o renascimento de grupos de extrema direita evidenciam a existência de uma crise do capitalismo e da democracia, o que pode ser uma marca determinante do que será o cenário dos próximos anos.

O mundo tende a viver um período prolongado de protestos e agitações, como o resultado da ausência de soluções para os problemas da maioria da população. Inclusive, para a falta de empregos de qualidade, tanto nos países periféricos quanto nos centrais. No final das contas, parte do mundo reflete a insatisfação com as heranças criadas pelas políticas e pelos politicos que comandaram os destinos dos países nas últimas décadas.

O pacote de heranças negativas, fomentadoras de irritação, mobilizações e protestos, inclui a aceleração do processo de concentração de renda global, que tende a se alastrar na próxima década com a adoção de tecnologias que vão afetar os 80% de empregos baseados em rotinas, os mais propensos a passar por ondas de robotização ou automação. As populações também tendem a ampliar os protestos contra cortes em benefícios sociais, por conta de prioridades de políticas econômicas que ainda persistem e sugerem, inclusive, mudanças profundas em sistemas de previdência.

No balanço entre oportunidades e ameaças do futuro, o resultado parece bem claro: As tensões vão predominar. E podem ser crescentes. O que talvez possa levar a uma combinação de problema e solução importante. E boas perspectivas para o futuro.

De um lado, a crise do capitalismo reflete o sentimento de que o sistema atual não resolve as demandas mais comuns da maioria da sociedade. Inclusive da geração de boas oportunidades de trabalho — não precárias, em síntese. E a crise da democracia reflete a percepção de ausência de representatividade dos que integram os poderes executivos, legislativos e judiciários. O que é bem evidenciado pelos rumos das discussões sobre as questões ambientais. A boa notícia é que depois do caldo escuro que começa a sair das tubulações saia finalmente uma transformação a médio prazo.

 




Cinco tendências da mídia programática para 2020

Mídia programática ou Publicidade programática é uma forma de comprar e vender espaço publicitário para público-alvos específicos, com auxílio da tomada de decisão de um computador. Foto: Pixabay
Forma de comprar e vender espaço publicitário para público-alvos específicos, com auxílio da tomada de decisão de um computador, tende a surpreender o consumidor em qualquer lugar a qualquer hora. Foto: Pixabay

Por Bruno Oliveira

A mídia programática é de longe o componente mais crucial da tecnologia da publicidade – que mantém os profissionais da área atentos pelo que virá a seguir. A programática será o método de negociação de mídia padrão nos próximos anos: de acordo com o relatório ‘Programmatic Marketing Forecasts’ da Zenith, os gastos com anúncios programáticos atingirão US$ 98 bilhões, representando 68% do gasto global com anúncios em mídia digital até 2020 e especialistas como a Adobe preveem que teremos um crescimento exponencial do mercado de tecnologia aplicada à propaganda até 2023.

A introdução de tecnologias como inteligência artificial (IA), machine learning e 5G tornará a publicidade programática mais eficiente, enquanto a entrada de novos canais de publicidade como Digital Out Of Home (DOOH), publicidade programática por podcast e áudio, anúncios ativados por voz e dispositivos inteligentes não apenas oferecem aos profissionais de marketing mais opções, mas também fornecem uma experiência mais atraente e personalizada para os consumidores. Está muito além dos anúncios de TV de antigamente que segmentavam clientes com base apenas na demografia!

Pensando nisso, separei as principais apostas para a mídia programática em 2020 que abrirão o caminho para o planejamento de anúncios digitais da nova era.

Dados serão o maior ativo das empresas

Com as leis de proteção de dados tomando forma na Europa (GDPR), e no Brasil (LGPD), é cada vez mais importante ter uma gestão profissional dos dados da empresa.

Se adequar às leis é o primeiro passo. Mas a grande oportunidade está em organizar os dados em um bom first-party data para usar nas campanhas. Quem tiver a melhor organização de dados vai sair na frente na compra de mídia. Empresas experientes estão oferecendo uma tag e toda a expertise para que os clientes criem um hub de dados próprios para suas campanhas.

Vamos precisar da ajuda de robôs

Em um único dia são gerados 2,5 quintilhões de bytes de dados. É como se cada pessoa no mundo tivesse 1 bilhão de dados por dia gerados apenas para ela. Muita coisa, não? Ou seja, já é impossível para um humano processar com qualidade todos esses dados.

É por isso que acreditamos que a inteligência artificial (IA), e aprendizado de máquina (machine learning), são tendências fortes de uma revolução na mídia programática.

Mobile é diferente de app

O mobile ganhou importância nos últimos anos e já é hoje, em muitos cenários, maior que o desktop. No Facebook, por exemplo, cerca de 96% do tráfego acontece em dispositivos móveis. Esse mesmo efeito aconteceu na mídia programática. No entanto, como temos um inventário muito mais amplo nessa mídia, houve um crescimento exponencial não só do inventário mobile como também de anúncios dentro de aplicativos. Por ser um inventário enorme, aposto na tendência de se pensar campanhas com foco em desktop, mobile e apps separadamente.

Mídia programática faz parte de todo o funil de conversão

A mídia programática está crescendo em alta velocidade e se firmando como uma das melhores maneiras de se comprar mídia digital. No Brasil, o share de mídia programática mais do que dobrou ultimamente. Existem estimativas de que a programática atinja 68% da compra global de mídia online em 2020. Esses fatores, somados a variedade de formatos como display, áudio, vídeo, TV e OOH trazem um novo olhar para a programática: um canal perfeito para awareness, consideração e conversão. Ou seja, teremos programática em todas as fases do funil.

Um anúncio na rua nunca mais será o mesmo

Chamamos de Out of Home (OOH), toda mídia externa como pontos de ônibus, relógio de rua, outdoors, elevadores, anúncios no metrô. Cada vez mais temos esse tipo de mídia rodando em formatos digitais ao invés do papel, com filmes e animações via uma veiculação digital – o que chamamos de Digital Out Of Home (DOOH).

O cruzamento de uma mídia digital como a programática com o OOH permite a criação de anúncios poderosos que influenciam o comportamento de compra offline – uma solução ideal para quem trabalha com produtos de consumo.

Lembro de uma vez que estava caminhando em Nova York e subitamente todo anúncio de rua que eu me aproximava se tornava uma propaganda do MailChimp (ferramente de CRM).

Talvez, para boa parte de quem passava na rua aquele anúncio poderia não significar muita coisa. Mas para mim, que havia navegado recentemente em busca de soluções de CRM para pequenas empresas, fazia muito sentido. Ao cruzar meus dados de navegação do celular com minha localização em tempo real aquele anunciante criou uma experiência que me surpreendeu e que nunca vou esquecer. O DOOH com mídia programática permite isso e muito mais. O exemplo acima é só a ponta do iceberg.

E essas são algumas das apostas que temos para o ano que está por vir que, assim como 2019, será um grande ano para a mídia programática.


  • Bruno Oliveira é especialista em marketing digital na AdsPlay mídia programática

Livros

 




Cinco tendências de blockchain para 2020

Tecnologia deve impulsionar ainda mais a Internet das Coisas e o crescimento de associações independentes do setor. Foto: Pixabay
Tecnologia deve impulsionar ainda mais a Internet das Coisas e o crescimento de associações independentes do setor. Foto: Pixabay

Assessoria de Imprensa

Considerada uma das tecnologias mais importantes e disruptivas que surgiram nos últimos anos, o blockchain já teve o seu impacto comparado a fenômenos como a revolução industrial e o surgimento da internet. Apesar disso, os registros em cadeia de blocos ainda se encontram em estágio embrionário se considerarmos todo o seu potencial de aplicação. Para mostrar as principais tendências no desenvolvimento e efetivação da tecnologia em 2020, a Blockum, primeiro ecossistema sem fins lucrativos do segmento, mostra cinco aspectos que devem ser observadas neste ano. Confira:

Avanço da Internet das Coisas

Umas das principais tendências é a utilização do blockchain para garantir que os dados coletados pelos dispositivos que alimentam a Internet das Coisas (IoT) não sejam alterados. Após coletadas, as informações podem ser editadas e até apagadas, perdendo a confiabilidade necessária. Já com a coleta de dados associada ao blockchain, a tecnologia assegura que as informações não sejam alteradas em função do seu funcionamento descentralizado por meio da criptografia. Grandes provedores de tecnologia já estão de olho no poder dessa integração, que promete reinventar negócios e levar o poder da IoT ainda mais adiante.

Consórcios independentes

Ao fomentar o desenvolvimento do setor e oferecer um ambiente tecnológico independente de cooperação entre empresas, entidades governamentais e pessoas, a expectativa é que 2020 seja o ano do crescimento de associações sem fins lucrativos do setor. No sistema de compartilhamento da Blockum, por exemplo, cada membro do ecossistema disponibiliza sua infraestrutura de computadores e hardware, para receber em troca uma plataforma em nuvem de blockchain pronta e regulamentada para transações de valor jurídico.

“É uma forma das organizações competirem e colaborarem ao mesmo tempo. Diferente do que acontece com o bitcoin, onde todas as informações são públicas, neste modelo de ecossistema existem chaves privadas e públicas funcionando em conjunto, processo que conferem agilidade em casos de emergência e privacidade quando for preciso”, explica Guilherme Canavese, diretor de operação da Golchain, empresa idealizadora da Blockum.

Adesão governamental

Um segmento inesperado que deve aderir ao blockchain em maior escala em 2020 é o governamental. A expectativa é ver projetos neste setor ganhando destaque e impulsionando iniciativas federais futuras. A China, por exemplo, divulgou que deve aumentar os investimentos na área para resolver problemas técnicos e acelerar o desenvolvimento do blockchain e inovações industriais, além de lançar um criptoativo próprio.

Tokenização se fortalece

A tokenização de um ativo nada mais é do que transformar em uma fração digital chamada token um contrato, um imóvel, uma obra de arte ou até mesmo parte de uma empresa. Utilizando o blockchain, o contrato digital é emitido e o documento representa um ativo real. Essa fração tem valor de mercado e pode ser negociado de forma rápida, com menos burocracia e validação jurídica.

Por meio da tokenização, uma empresa pode fazer a captação de recursos com a transferência de um ativo digital de valor nominal ao proprietário dentro de um smart contract. “Com o crescimento e valorização dessa companhia, seu token consegue ser negociado dentro da própria empresa ou com outro investidor, semelhante ao que acontece na bolsa de valores, mas de forma mais simples e inclusiva”, diz Canavese.

Meios de pagamento

Mesmo dependendo de algumas regulamentações, as criptomoedas devem ganhar mais espaço no comércio, como já ocorrem em algumas lojas e restaurantes no próprio Brasil. Segundo o diretor de operações da Goldofir, o blockchain deve crescer significantemente como meio de pagamento em 2020. “A expectativa é que neste ano a tecnologia ganhe a maturidade necessária para ser algo tão corriqueiro como usar um cartão de crédito ou débito”, aponta o executivo.




Cinco tendências tecnológicas para 2020, segundo a IBM

 

Confira quais são as cinco tendências que marcarão nossas vidas e ajudarão a impulsionar o crescimento da região: Ilustração -xabay.
Confira quais são as cinco tendências que marcarão nossas vidas e ajudarão a impulsionar o crescimento da região: Ilustração -xabay.

IBM

Na última década, a tecnologia assumiu um papel fundamental na vida dos latino-americanos, mudando a maneira como interagimos e nos conectamos com o mundo, desde como consumimos notícias até como comemos. E não só isso, o progresso tecnológico também tem um grande impacto na economia e influencia diretamente o desenvolvimento de todas as indústrias e o crescimento do PIB na região.

De fato, de acordo com a IDC, o setor de TI na América Latina crescerá 4,8% até 2020, impulsionado principalmente por investimentos em nuvem, IA, Blockchain, segurança, hardware e serviços. Mas as empresas latino-americanas estão preparadas para a era da “supremacia digital”?

Confira quais são as cinco tendências que marcarão nossas vidas e ajudarão a impulsionar o crescimento da região:

1) A nuvem: a base da economia digital

Segundo a IDC, até 2022, mais da metade das empresas na América Latina integrará o gerenciamento da nuvem, por meio de nuvens públicas e privadas, através da implementação de tecnologias, ferramentas e processos de gerenciamento híbridos ou multi-unificados.

“As empresas latino-americanas continuarão seu caminho para a nuvem híbrida e multi-cloud, principalmente porque os serviços de nuvem pública em ambientes híbridos demonstraram a capacidade de suportar os requisitos de segurança, proteção de dados e transparência que as empresas de nossa região demandam e exigem” – Natalia de Greiff, vice-presidente de Cloud & Cognitive da IBM América Latina.

Embora a computação em nuvem híbrida forneça a máxima flexibilidade, isso só funciona se for baseada em padrões abertos, para que os desenvolvedores de software possam criar um aplicativo uma vez e executá-lo em qualquer lugar. Essa é uma das razões pelas quais a IBM concluiu este ano sua aquisição da Red Hat, fornecedora líder de tecnologias de nuvem híbrida de padrões abertos.

2) Desenvolvedores: eixo de inovação nos negócios

Segundo a IDC, em 2025, quase 50% das empresas na América Latina serão produtoras de software e haverá mais de 90% dos novos aplicativos estarão na nuvem. Além disso, de acordo com o BID, em 2025 o setor empregará mais de 1,2 milhão de programadores na região.

“O papel do desenvolvedor de tecnologia está cada vez mais presente em todas as empresas, independentemente do tamanho ou do setor. Na próxima década, os desenvolvedores estarão cada vez mais envolvidos nas decisões de negócios, não apenas no nível tecnológico, mas também inovando, usando seus conhecimentos em tecnologias como nuvem, IA e software aplicado para resolver as maiores questões que afetam a nossa região” – Carla Coelho, vice-presidente de Digital da IBM América Latina.

O software de código aberto constitui mais da metade das bases de código de negócios analisadas em 13 dos 17 setores da economia e continuará a aumentar, pois o rápido aumento do uso das novas tecnologias é responsável por uma crescente transformação no mercado e na própria economia.

3) Uso de dados: fator de decisão para adotar IA

De acordo com o estudo do Institute for Business Value, 81% dos líderes de negócios apoiam ativamente as empresas que são transparentes sobre como usam seus dados e evitam fazer negócios com empresas que não o fazem, uma tendência que crescerá exponencialmente na próxima década.

“Mais e mais empresas, consumidores e cidadãos estão se conscientizando de como seus dados são usados ​​e quem os controla. É essencial que todas as empresas, tanto de tecnologia, quanto os governos, empresas privadas e o ecossistema como um todo trabalhem juntos para que a premissa de que os dados são de clientes ou consumidores seja sempre atingida” – Fabio Rua, Government & Regulatory Affairs Executive da IBM América Latina.

Dados e IA juntos são a oportunidade e o problema dos tempos atuais. A IBM criou e segue as diretrizes sobre gerenciamento de dados e administração responsáveis das novas tecnologias, e convidou outras empresas a adotarem compromissos semelhantes, algo que será fortalecido ainda mais na próxima década.

4) Indústrias transparentes: blockchain a serviço da humanidade

A IDC espera que o gasto com blockchain na América Latina cresça de aproximadamente US$50 milhões em 2019 para US$200 milhões em 2023, com casos de uso em finanças, saúde, fabricação de produtos, varejo e cadeia de produção, entre outros.

“Todas as indústrias podem se beneficiar da tecnologia blockchain, porque todos os setores e ecossistemas precisam ter transparência e imutabilidade sobre qualquer mudança realizada em seus ambientes. Blockchain continuará avançando para transformar a maneira de produzir ou distribuir alimentos ou rastrear medicamentos, proporcionando maior confiança no consumidor final. Sua aplicação na próxima década não terá limites” – Marcelo Spaziani – VP de vendas da IBM América Latina.

A tecnologia não existe por si só, especialmente inovações que podem transformar o mundo em uma escala às vezes difícil de contemplar. Blockchain é uma dessas tecnologias inovadoras e, como inteligência artificial e computação quântica, será uma tecnologia que nos ajudará a trazer transparência à sociedade como um todo na próxima década.

5) Edge Computing: da teoria à prática

Segundo a IDC, até 2023, mais de 30% da nova infraestrutura de TI corporativa implementada na América Latina estará no Edge Computing — ou computação de borda, é aquela na qual o processamento acontece no local físico (ou próximo) do usuário ou da fonte de dados. “A próxima década verá um aumento na computação de ponta, impulsionada pela implementação da tecnologia 5G no setor de telecomunicações. Servidores compactos e eficientes, localizados nas bordas da rede, podem colocar o poder de processamento onde melhor pode ser usado” – Ana Zamper, vice-presidente de Systems da IBM América Latina.

Independente de onde sejam gerados os dados: seja de sensores em uma fábrica, de consumidores que compram em um ambiente de varejo, ou dispositivos móveis conectados à rede de negócios de uma empresa, a computação em borda será uma tecnologia transformadora. E nesta era de Edge Computing, a tecnologia quântica será a revolução que vai marcar a próxima década e da qual veremos mais nos próximos anos.

Desafios

Mas, sem dúvida, a escassez de habilidades é o desafio que precisaremos enfrentar para tornar possível que essas 5 tendências sejam bem-sucedidos na América Latina.

“O caminho para a reinvenção digital passa, sem dúvida, pelo desenvolvimento da próxima geração de profissionais, que nos fará levar a América Latina para o próximo nível de inovação”, comenta Ana Paula Assis, presidente da IBM América Latina. “É por isso que, na IBM, continuamos e permaneceremos comprometidos com o desenvolvimento de ecossistemas educacionais, nos quais empresas privadas, organizações públicas, escolas e universidades trabalham juntas para o desenvolvimento social e econômico da nossa região, com iniciativas como P-Tech, Skills Academy e Maratona Behind The Code, e programas conjuntos com mulheres em STEM, Junior Achievemement e Laboratória”.




Energia solar pode gerar mais de 120 mil empregos no Brasil em 2020

Projeções da ABSOLAR, revelam a expectativa de aceleração dos investimentos no setor.
Projeções da ABSOLAR, revelam a expectativa de aceleração dos investimentos no setor.

Radar do Futuro

Projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) apontam que a fonte solar fotovoltaica deverá gerar mais de 120 mil novos empregos aos brasileiros em 2020, espalhados por todas as regiões do País. Segundo a avaliação da entidade, os novos investimentos privados no setor poderão ultrapassar a cifra de R$ 19,7 bilhões este ano, somando os segmentos de geração distribuída (sistemas em telhados e fachadas de edifícios) e centralizada (grandes usinas solares).

As perspectivas para o setor são de encerrar 2020 com um total acumulado de mais de 250 mil empregos no Brasil desde 2012, distribuídos entre mais de 15 mil empresas de todos os elos produtivos do setor. A maior parcela destes postos de trabalho deverá vir das mais de 14 mil pequenas e médias empresas do segmento de geração distribuída, responsáveis por mais de 162 mil empregos acumulados.

Dos R$ 19,7 bilhões de investimentos deste ano, a geração distribuída corresponderá a cerca de R$ 16,4 bilhões. Pela análise da ABSOLAR, serão adicionados mais de 4 gigawatts (GW) de potência instalada, somando as usinas de grande porte e os sistemas distribuídos em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Isso representará praticamente o dobro da capacidade instalada atual do País, hoje em 4,4 GW.

No caso da geração distribuída solar fotovoltaica, a ABSOLAR projeta um crescimento do segmento de 170% frente ao total acumulado até 2019, passando de 2,0 GW para 5,4 GW. Já no segmento de usinas solares de grande porte, o crescimento previsto será de 25%, saindo dos atuais 2,4 GW para 3,0 GW.

Contribuição

A entidade projeta, ainda, que o setor solar fotovoltaico brasileiro será responsável por um aumento líquido na arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais de mais de R$ 5,3 bilhões este ano. Isso contribui para o fortalecimento dos orçamentos públicos e a prestação de melhores serviços para a sociedade brasileira. O valor já contabiliza a economia dos consumidores em suas contas de eletricidade, mostrando que o benefício econômico do setor é favorável também para o poder público.

Para o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, manter a expansão da energia solar é uma medida estratégica ao Brasil e alinhada ao grande debate mundial sobre competitividade e sustentabilidade econômica e social. “Neste momento, as grandes nações discutem qual será o futuro das próximas gerações, como visto no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

A energia solar se apresenta como uma das melhores soluções para combater problemas críticos no Brasil e no mundo, como, por exemplo, o aquecimento global, além de contribuir para o crescimento econômico e para uma melhor distribuição de renda. Apenas em 2020, iremos gerar uma média de 332 novos empregos por dia aos brasileiros. Isso faz toda a diferença para a população”, ressalta.

“Este será mais um ano radiante para o mercado solar fotovoltaico brasileiro, repleto de oportunidades e trazendo progresso ao Brasil. A solar fotovoltaica é a fonte renovável mais competitiva do País, sendo uma forte locomotiva para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, com geração de emprego e renda, atração de investimentos, diversificação da matriz elétrica e benefícios sistêmicos para todos os consumidores brasileiros. O Brasil tem tudo a ganhar com a fonte e está avançando bem para se tornar uma liderança mundial no setor, cada vez mais estratégico no mundo”, destaca o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.

Fonte: ABSOLAR




Futuro da publicidade: os impactos das tecnologias na gestão de anúncios

A maturidade tecnológica tende a impactar amplamente a produção publicitária, inclusive na intermediação de mídia. Foto: Pixabay

Carlos Teixeira
Jornalista I Designer do futuro

A evolução da inteligência artificial, da velocidade de acesso à internet e do poder de processamento de informações por computadores terá impacto profundo na forma como a publicidade e a propaganda funcionarão já em 2020 e na próxima década. Mesmo que a mídia tradicional ainda demonstre alguma força, o que preserva atividades e hábitos tradicionais entre profissionais de mídia, a tendência é de ampliação do uso de recursos que envolvam a conexão com inovações digitais.

As condições são as ideais para a implantação do conceito de mídia programática. Consumidores serão surpreendidos por anúncios personalizados em meios de comunicação específicos. Ofertas para pessoas e momento certos. Finalmente, está chegando o momento esperado pela área de tecnologia em que será possível realizar projetos de campanhas dirigidas, em que os profissionais mais importantes serão o desenvolvedor de algorítimos e o especialista em estatística. Vale mais a programação e menos a criatividade.

Desintermediação

Na prática, a compra de mídia pelas empresas interessadas em vender produtos e serviços será realizada por meio de plataformas online. Com nenhuma ou quase nenhuma mediação de indivíduos durante a negociações. Ou seja, no organograma das empresas de publicidade, o maior perdedor deve ser o profissional de mídia, que faz a intermediação entre anunciantes e publicações. E as agências como um todo terão de se adaptar pois, na mídia programática, é possível comprar diretamente o perfil do público desejado – e não uma audiência presumida.

Através de um painel de controle é possível controlar todo o processo, o que pode transferir papeis de publicitários para os profissionais de tecnologia. Mesmo os criativos podem ser afetados, já que a mensagem — uma oferta específica para você que acessa o Radar do Futuro — será mais importante do que a forma.

O próprio anunciante realiza a segmentação do público-alvo do seu interesse, fazendo também o encaminhamento das peças e o lance no leilão de compra de espaços. Depois, é com a própria ferramenta, que se encarrega de fazer o restante do trabalho. O processo, de ponta a ponta, é completamente automatizado.

Para o mercado, uma das grandes vantagens do sistema é a maior assertividade. No cotidiano, a propaganda impacta apenas o público desejado, no momento mais apropriado. Um dos efeitos será a redução do valor do espaço publicitário, fixado pela capacidade do anúncio em gerar resultados efetivos. E o monitoramento aprimorado: na mídia programática é possível saber com precisão a abrangência de uma campanha: a quantidade de visualizações do anúncio, o número de cliques ou o volume de leads gerados.

 




Futuro das telecomunicações: o que esperar em 2020

O próximo ano reserva grandes avanços tecnológicos, que demandarão investimento e inovação no mercado de Telecom. Foto: Nasa
O próximo ano reserva grandes avanços tecnológicos, que demandarão investimento e inovação no mercado de Telecom. Foto: Nasa

Carlos Eduardo Sedeh *

A indústria de telecomunicações tem sido protagonista na transformação digital, que se encontra em andamento, pois sua infraestrutura é um caminho necessário para que a economia digital aconteça. E desde o dia 1º de maio de 1995, quando pela primeira uma conexão à internet aconteceu no Brasil, o mercado não parou de evoluir. Desde então, mundialmente, vimos nascer a indústria “ponto com” e sua bolha estourar – entre 1999 e 2000. Após isso, o setor inteiro foi encarado com ceticismo, até o começo dos anos 2010, onde a partir daí, a economia passou a ser profundamente transformada pelas empresas de tecnologia.

Várias indústrias foram impactadas, com destaque para mobilidade urbana, educação, viagens, serviços financeiros, entre outros setores que, por meio de empresas de tecnologia, essencialmente, ligadas à infraestrutura de telecomunicações, vêm experimentando novos modelos de negócios, aproximando-se dos clientes e tornando as relações mais amigáveis. Ao mesmo tempo vemos que, paradoxalmente, a tecnologia vem mudando áreas de atendimento e backoffice para as relações digitais, com algoritmos potentes que transformam hardwares em dispositivos capazes de entender, interpretar e propor decisões, como Machine Learning e Inteligência Artificial.

No que se refere ao acesso à internet, atualmente, na América Latina, existem perto de 2 bilhões de dispositivos conectados, o que significa que 70% da população está “online”. O tráfego de dados vem crescendo 21% ao ano desde 2017 e continuará na mesma taxa até 2022. A velocidade média de acesso deve subir de 11.7 para 28.1 Mbps nesse intervalo. E tudo indica que o aumento da demanda por dados não esteja em um ciclo de acomodação.

A demanda por conteúdo de streaming e VOD (vídeo sob demanda) vem crescendo rápida e constantemente. Também crescem as aplicações de câmeras IP, realidade aumentada e virtual, games, agricultura de precisão, entre outras aplicações. Além disso, é importante projetar aos efeitos do 5G, ainda desconhecidos.

Mas, um aspecto será mais importante, no que se refere à velocidade de conexão. Reduzir a latência. Isso, porque o que importa é o quão rápido se consegue proporcionar ao cliente o acesso ao conteúdo desejado, e não mais a quantidade de banda ofertada. A tendência é que as operadoras invistam cada vez mais em fornecer um serviço que proporcione ao seu cliente, um acesso de maior velocidade a conteúdos específicos, como clouds e ambientes privados (CDNs, Peering Points, Direct Peering). Latência será um atributo muito importante mais do que a largura de banda (erroneamente chamado de velocidade de conexão).

Além disso, as tecnologias disruptivas como o 5G, que deve ter seu Leilão de frequências (ou pelo menos uma definição do seu modelo) em 2020, demandarão investimentos para atualização de rede e novas células de transmissão (Small Cells/ Micro Cells), movimentando o mercado de infraestrutura de telecomunicações.

Outras tendências do mercado de Telecom são aplicações de alta complexidade que demandam de redes Carrier Grade e de altíssima disponibilidade. Isso criará a necessidade ainda maior de investimentos em segurança das informações com Big Data, Analytics e IoT. Para tanto, as operadoras passarão a ter ofertas mais sofisticadas de produtos.

Em 2020, ofertar somente Voz e Dados deixará as empresas defasadas. Disponibilizar soluções para os clientes é uma demanda do mercado no próximo ano e, cada vez mais, as operadoras que não investirem para acompanhar essa tendência, ficarão marginalizadas, não atingindo a escala necessária e sofrendo com a queda de margem constante.


  • Carlos Eduardo Sedeh é CEO da Megatelecom



Futuro do varejo: as tecnologias que despontarão em 2020

Embalagens interativas, desintermediação das vendas, novos sistemas de pagamento serão alguns dos destaques Foto por bruce mars em Pexels.com
Embalagens interativas, desintermediação das vendas, novos sistemas de pagamento serão alguns dos destaques Foto por bruce mars em Pexels.com

Quais as principais transformações do varejo para 2020? O que os consumidores podem esperar de novos benefícios e inovação? Estudo realizado pela Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado, revela as principais tendências do segmento de varejo nacional para 2020, confira abaixo:

Embalagens interativas

As embalagens se tornam um ponto de experiência entre a marca e o consumidor. Além de informar, elas possuem uma relevância maior como mídia: sendo um valioso canal de contato e comunicação.

Algumas marcas já embarcaram neste caminho com QRCode para destravar stories do instagram por exemplo, ou tour virtual ao escanear um código, trazendo para as mãos do consumidor o que, na comunicação tradicional, seria apenas inspiracional (o mote jogo/campeonato).

Gerar contexto é sair da jornada “de compra” e ingressar por um momento no dia “do comprador”, dividindo uma história com seu consumidor.

Rastreamento de Origem

Controle de origem-destino de mercadorias sempre fez parte dos processos administrativos das corporações. A novidade está em levar ao consumidor uma visualização deste controle, permitindo maior transparência nas procedências e prazos dos produtos que consome, especialmente no segmento alimentício.

Numa época de informação e desinformação a respeito de orgânicos, transgênicos, aditivos e conservantes, toda fonte confiável ajuda a estabilizar ânimos e definir expectativas

Social Commerce

Whatsaspp planeja incorporar portfólio de produtos em sua versão business e cresce o número de vendas pelo Instagram. A conta é simples: a venda acontece onde o comprador está, e com os vendedores correndo para estarem sempre à disposição, nada mais normal que a venda acontecer onde o comprador habita.

Frente ao tempo de tela em um e-commerce, site, rede social ou aplicativo de mensagem, a tendência é que o comércio entre cada vez mais neste último. Junta-se a isso a reestruturação dos espaços de shoppings para espaços de convivência – duas mudanças que convergem para um só significado.

O contexto do consumidor vale cada vez mais. Como protagonista de sua própria história, seus tempos de avaliação e aquisição tem levado mais o indivíduo em consideração. Compra de oportunidade ainda conta, mas é cada vez mais pessoal

Desintermediação

Marcas que nascem no meio digital e guiam do chão de fábrica ao consumidor eliminando intermediários, entregando uma experiência focada e íntima enquanto se mantém dona do produto que vende.

Pode ser visto como um resgate de valores entre o produtor e o consumidor, em uma dinâmica onde as distâncias são digitais.

Este é o conceito do Digitally Native Vertical Brand (Marca vertical nativa digitalmente). Uma DNVB é um modelo de negócios que visa entregar proximidade ao controlar toda a cadeia e eliminar ruídos entre produção e consumidor. Ainda que seja um termo relativamente novo, o conceito pode ser aplicado amplamente sempre que se deseje melhor interação e feedback com o cliente

Existe forte atratividade a atuação de nicho, mas não necessariamente se limita por ela. De fato, dependência da comunidade e repercussões negativas dentro de tal público aglutinado são os dois desafios de uma DNVB.

Auto Atendimento

O varejo de rua começa a automatizar toda a experiência, incluindo o caixa. Desafio da tecnologia em duas frentes: prevenção de erros e curva de aprendizado. Entre os erros, risco de fraude é um dos que mais preocupa. Para o consumidor – acostumado a entender como um caixa de mercado funciona – é só uma questão de se habituar ao auto atendimento.

Carteira digital rumo ao super aplicativo

Os meios de pagamento estão se tornando cada vez mais práticos. Proximidade, mensagem, cobrança via link e até tokens se tornam formas de trocar valores. A consolidação dos meios é um reflexo do avanço e barateamento da tecnologia. A diferenciação virá pela integração, facilidade de uso, e amigabilidade com o consumidor. Todo o resto pode virar commodities.




Futuro dos seguros: digitalização e desintermediação impactam o setor

Com seguro para smartphones, a startup Pier aposta nas oportunidades da digitalização do mercado nos próximos anos. Foto: Pixabay
Com seguro para smartphones, a startup Pier aposta nas oportunidades da digitalização do mercado nos próximos anos. Foto: Pixabay

Carlos Teixeira
Editor I Radar do Futuro

O futuro do setor de seguros passa pelo processo de digitalização e desintermediação de funções tradicionais, como já ocorre em outras áreas, desde transporte de passageiros às vendas de passagens aéreas. Exemplo da dinâmica comandada pelas insurtechs, as startups de base tecnológicas que aplicam inovações tecnológicas aos procedimentos, rotinas e produtos de seguros, a Pier demonstra que a corrida se acelera.

Após lançar, há dois anos, uma modalidade para garantir ressarcimento de telefones em caso de roubos, a Pier prepara o lançamento, para o início do próximo ano, de uma modalidade voltada para o setor automobilístico. Com um projeto sólido, a empresa deu os primeiros passos para conquistar espaço no segmento ao lançam o sistema destinado aos proprietários de smartphones.

“A startup foca na experiência do cliente, proporcionando opção flexível, transparente e descomplicada”, assinala o engenheiro Lucas Prado. Com os sócios Igor Mascarenhas e Rafael Oliveira, ele parte para a consolidação da empresa, que tem o objetivo de mudar a relação das pessoas com a indústria de seguros, ao oferecer proteção digital diferente da convencional.

“Em um mundo em que boa parte dos celulares ultrapassa a casa dos 2 mil reais, a preocupação com furto e roubo é grande”, argumenta Lucas Prado, ao explicar as origens do projeto. Os desafios são grandes, reconhece, a começar pela constatação de que o brasileiro ainda resiste em contratar um seguro para esses aparelhos, por ser um processo burocrático e, normalmente, não cobrir furto simples.

Lucas Prado registrou várias experiências negativas dos consumidores. O registro levou à decisão de criar, com os sócios, uma solução descomplicada, que pudesse ser contratada de acordo com a necessidade do cliente e que cobrisse furto simples, já que o mercado não costuma fazer isso. “A pessoa contrata e acaba tendo uma surpresa quando mais precisa!”, explica Mascarenhas, sócio da Pier.

Diferenciais

Um grande diferencial da insurtech é o modelo de contratação, que é a tendência central do setor. Corretores tradicionais, responsáveis por fazer contato com clientes e pesquisas de preços, vão perder espaço para soluções que colocam na ponta dos dedos dos consumidores os procedimentos de rotina da atividade. Com uso de tecnologias como a inteligência artificial, em especial, todo o processo é realizado on line.

Para as startups de tecnologia, que se beneficiam da adaptação de algumas das regras de funcionamento do mercado, a flexibilização é outra vantagem. O usuário pode contratar o plano pelo período que quiser, além de escolher o tipo de cobertura desejada. “Se o cliente quiser contratar apenas para o período de férias, por exemplo, é possível fazer. Além disso, deixamos ele escolher a porcentagem de cobertura, que varia de 100% a 80% do valor de um aparelho semi-novo”, explica Lucas Prado.

Se comparado com os seguros tradicionais, o processo é menos burocrático, pois é possível contratar ou cancelar o serviço pelo próprio aplicativo; não há carência e o reembolso costuma acontecer rapidamente. “Já chegamos a reembolsar em menos de 5 minutos”, conta Lucas Prado, sócio da Pier. O valor da mensalidade muda de acordo com o aparelho e plano escolhido, mas atualmente começa em R$ 6,50 mensais para um equipamento Samsung J2 Pro 16Gb.

“Se o cliente for roubado ou furtado, o processo para receber o reembolso é simples. Basta apresentar o boletim de ocorrência e bloquear o IMEI do celular. Não há necessidade de apresentar nota fiscal e também protegemos aparelhos comprados no exterior”, explica ele.

Modelo de negócio

A Pier aplica o conceito de gestora de relacionamento com grupos de consumidores, característica de iniciativas de outras empresas que aplicam a tecnologia em processos de intermediação. A empresa oferece um seguro digital baseado no conceito de comunidade com foco na experiência do cliente. “Isso significa que quem quiser adquirir o produto precisa pedir um convite e ter sua entrada aprovada na comunidade”, explica Lucas Prado.

“O processo de avaliação de convites foi construído para entender cada pedido de maneira única, indo além das informações sócio-econômicas”, complementa. O modelo de negócios funciona da seguinte forma: A Pier recebe até 20% do valor das mensalidades pela representação e administração da comunidade, e outros 20% são destinados à Too Seguros, companhia parceira que garante que os membros que pagaram suas mensalidades e estiverem de acordo com a política de reembolso da Pier sempre serão indenizados em caso de roubo ou furto de um aparelho, mesmo se o índice de perda for superior a 60%.

Perspectivas futuras

Prestes a lançar, em 2020, um novo produto, Lucas Prado aposta na influência positiva do uso de tecnologias e na evolução dos interesses dos consumidores. Para o executivo, o principal fator de impulso é o aumento da liberdade do usuário de seguros em escolher as melhores alternativas de cobertura para os seus bens. E a entrada em cena de novas gerações, nascidos a partir da década de 1990, que terão maior abertura para o uso de produtos e serviços de proteção.

“As novas modalidades digitais vão ajudar muito a ampliar a base de usuários”, diz o sócio da Pier. O sistema baseado na internet vai facilitar a compreensão sobre o funcionamento do sistema. O fato de apenas 30% da frota de veículos brasileiros 4% dos celulares terem seguro é, para Prado, a confirmação de que o cidadão não tem ainda percepção de valor da alternativa.

Na prática, há a emergência de um novo mercado, muito diferente do tradicional onde atuam velhos corretores. Estes trabalhadores, por sinal, terão de se adaptar, deixando de ser meros vendedores de produtos para assumir um papel de consultoria especializada. No futuro do segmento, o tal profissional precisará entender a possibilidade de oferecer até mesmo, ao consumidor, um seguro para ida a um show específico.

Ou seja, uma alternativa que vai durar apenas algumas horas. “Serão produtos mais flexíveis”, atesta Lucas Prado. Inovações que não seriam possíveis sem a tecnologia, inclusive a inteligência artificial e a internet das coisas, que possibilitam tanto o maior conhecimento sobre os clientes como o monitoramento do mercado. O resultado pode ser produtos mais baratos e maior acesso dos consumidores às possibilidades de seguro.

 

 




Más notícias para os cibercriminosos — Chegou a tokenização

A tokenização está crescendo e deixando os cibercriminosos com pouco espaço para agir. Foto: Pixabay
A tokenização está crescendo e deixando os cibercriminosos com pouco espaço para agir. Foto: Pixabay

Walter Pimenta *

No mundo dos pagamentos, existe uma tecnologia que tornou as informações do cartão do consumidor inúteis para os ladrões — chama-se tokenização. Com o aumento dos pagamentos digitais e a internet das coisas, os cibercriminosos recorreram a formas criativas de se infiltrar em sistemas digitais e roubar dados. No entanto, a tokenização está crescendo e deixando os cibercriminosos com pouco espaço para agir.

Deixe-me explicar como a tokenização funciona com o exemplo do José.

José gosta da conveniência de armazenar as informações do cartão com seu comerciante digital favorito. Isso oferece a ele uma grande experiência de consumo, já que o poupa de ter que reinserir suas credenciais toda vez que faz uma compra. Nos bastidores, a tecnologia de tokenização protege as informações do cartão dele substituindo o número de 16 dígitos original do cartão por um número alternativo único, ou “token”, que é associado àquele comerciante digital específico e que não pode ser usado em nenhum outro lugar. Em caso de uma violação de dados, os números “tokenizados” do cartão são completamente inúteis para o cibercriminoso.

Essa é a beleza da tokenização. Consumidores como José ganham o melhor dos dois mundos: uma experiência segura de checkout sem atritos e tranquilidade ao saber que os dados de seu cartão não correm risco de ser hackeados.

Além disso, a tecnologia de tokenização traz outra característica essencial para a nova economia digital, fortemente dependente de operações recorrentes: continuidade de pagamento. Em poucas palavras, se o seu cartão perder a validade ou precisar de substituição, a tokenização impede a ocorrência de interrupções de serviço (pense na sua matrícula na academia, serviço de streaming favorito, assinatura de revista ou qualquer outro pagamento on-line recorrente), atualizando automaticamente as credenciais do seu novo cartão no sistema do comerciante e evitando lacunas no serviço.

O armazenamento seguro de dados on-line combinado com a sólida continuidade de pagamento é fundamental para comerciantes grandes, como empresas de transporte compartilhado e streaming de filmes, bem como para comerciantes médios e pequenos buscando ser competitivos no mercado on-line. Ao armazenar informações do cartão dos clientes, os comerciantes podem oferecer uma melhor experiência de usuário e checkout mais rápido, podendo aumentar as vendas em três ou quatro vezes. Manter essas informações armazenadas em segurança – combatendo o cibercrime e violações de dados — e sempre atualizadas, evitando operações perdidas, é uma parte vital do nosso negócio.

Então, qual é o custo das violações de dados?

De acordo com o Estudo sobre Custo da Violação de Dados, de 2018, do Instituto Ponemon, o custo total médio de uma violação de dados para uma empresa pode chegar a $ 3,86 milhões. Violações de dados podem não somente ter impacto nas futuras vendas de uma empresa como também representar custos significativos em termos de litígio, dano aos bancos de dados da empresa e reputação. De fato, o impacto na confiança do consumidor é substancial. Um estudo* recente da Mastercard revela que 93% dos consumidores latino-americanos se preocupam com suas informações armazenadas on-line, enquanto 77% consideram as invasões e as violações de dados “normais”.

A boa notícia é que muito mais consumidores já estão se beneficiando da facilidade e segurança da tokenização, um herói silencioso com muitos mais aliados por vir.

Na América Latina, dezenas de emissores e comerciantes estão adotando a tokenização: de gigantes globais da economia de empregos temporários a varejistas locais e regionais. E vai se tornar a norma, em questão de meses. A tokenização é para o mundo digital o que o cartão com Chip EMV foi para o mundo físico nos últimos anos: o padrão global para operações seguras e convenientes.

Atualmente, mais da metade do volume de operações da Mastercard na América Latina e Caribe já está pronta para ser tokenizada, ajudando a tornar os pagamentos digitais simples, integrados e seguros para os consumidores da região. Essa notícia vem na esteira de nossos novos acordos assinados com players importantes, como Adyen, Braspag e ProCredit Ecuador, além de outros, que agora integrarão as soluções de tokenização da Mastercard para tokenizar as credenciais de pagamento em arquivo com milhares de varejistas pelo Brasil, México, Porto Rico, Equador, Chile e potencialmente qualquer país em nossa região.

Essa é uma ótima notícia para os consumidores, comerciantes e indústria financeira — mas não para os fraudadores. Eles terão de arrumar um novo bico.


  • Vice-Presidente Sênior de Soluções Digitais na Mastercard América Latina e Caribe

*Fonte: Pesquisa da Mastercard de 2018 com consumidores no Brasil, México e Colômbia




Mercado de trabalho em 2020: OIT traça cenário pessimista para a sociedade

Estudo da Organização Internacional do Trabalho mostra cenário negativo para o futuro do emprego global. Foto: Pixabay
Estudo da Organização Internacional do Trabalho mostra tendência de crescimento do desemprego em 2020. foto: Pixabay

Radar do Futuro

Quase meio bilhão de pessoas trabalham menos horas remuneradas do que gostariam ou não têm acesso adequado ao trabalho remunerado. O dado consta do novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o “Emprego Mundial e Perspectivas Sociais: Tendências 2020 (WESO)”. Mais pessimistas que versões anteriores, o estudo  mostra que o desemprego deve aumentar em cerca de 2,5 milhões em 2020. E que o cenário global demanda iniciativas governamentais que parecem pouco prováveis nos próximos anos.

O relatório anual da WESO Trends analisa as principais questões do mercado de trabalho, incluindo desemprego, subutilização do trabalho, pobreza no trabalho, desigualdade de renda, compartilhamento de renda do trabalho e fatores que excluem as pessoas do trabalho decente. O cenário traçado pelos técnicos da OIT constata que o desemprego global permaneceu praticamente estável nos últimos nove anos, mas a desaceleração do crescimento econômico global significa que, à medida que a força de trabalho global aumenta, não são gerados novos empregos suficientes para absorver novos entrantes no mercado de trabalho.

“Para milhões de pessoas comuns, é cada vez mais difícil construir uma vida melhor através do trabalho”, assinala o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. “As persistentes e substanciais desigualdades e exclusões relacionadas ao trabalho estão impedindo-as de encontrar trabalho decente e melhores futuros. Essa é uma descoberta extremamente séria que tem implicações profundas e preocupantes na coesão social”, alerta.

“Para milhões de pessoas comuns, é cada vez mais difícil construir uma vida melhor através do trabalho”.
Guy Ryder, Diretor-Geral da OIT

O WESO mostra que o descompasso entre oferta e demanda de trabalho se estende além do desemprego até uma subutilização mais ampla do trabalho. Além do número global de desempregados (188 milhões), 165 milhões de pessoas não têm trabalho remunerado suficiente e 120 milhões desistiram de procurar ativamente por trabalho ou não têm acesso ao mercado de trabalho. No total, mais de 470 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas.

Desigualdades no mercado de trabalho

Novos dados e estimativas mostram que, no nível global, a desigualdade de renda é maior do que se pensava anteriormente, especialmente nos países em desenvolvimento. Em todo o mundo, a parcela da renda nacional destinada ao trabalho (e não a outros fatores de produção) diminuiu substancialmente entre 2004 e 2017, de 54% para 51%, sendo essa queda economicamente significativa mais pronunciada na Europa, Ásia Central, no Caribe e nas Américas. Isso é mais do que o projetado por estimativas anteriores, mostra o WESO.

Como consequência, a pobreza moderada ou extrema no trabalho deve ser ampliada em 2020-2021 nos países em desenvolvimento, aumentando os obstáculos para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na erradicação da pobreza em todos os lugares até 2030. Atualmente, a pobreza no trabalho (definida como ganhar menos de US $ 3,20 por dia em termos de paridade do poder de compra) afeta mais de 630 milhões de trabalhadores, ou um em cada cinco da população ativa global.

Outras desigualdades significativas – definidas por gênero, idade e localização geográfica – continuam sendo características teimosas dos atuais mercados de trabalho, mostra o relatório, limitando tanto as oportunidades individuais quanto o crescimento econômico geral. Em particular, uns impressionantes 267 milhões de jovens (de 15 a 24 anos) não estão empregados, estudam ou treinam, e muitos outros enfrentam condições de trabalho precárias.

“Só encontraremos um caminho de desenvolvimento sustentável e inclusivo se enfrentarmos esse tipo de desigualdade no mercado de trabalho e lacunas no acesso ao trabalho decente”. Stefan Kühn, coordenador

O relatório alerta que a intensificação das restrições comerciais e do protecionismo pode ter um impacto significativo no emprego, direta e indiretamente. A avaliação do crescimento econômico demonstra que o ritmo atual e a forma de crescimento estão dificultando os esforços para reduzir a pobreza e melhorar as condições de trabalho nos países de baixa renda.

A WESO recomenda que o tipo de crescimento precise mudar para incentivar atividades de maior valor agregado, por meio de transformação estrutural, atualização tecnológica e diversificação. “A subutilização do trabalho e os empregos de baixa qualidade significam que nossas economias e sociedades estão perdendo os benefícios potenciais de um enorme conjunto de talentos humanos”, disse o coordenador do relatório, Stefan Kühn. “Só encontraremos um caminho de desenvolvimento sustentável e inclusivo se enfrentarmos esses tipos de desigualdades no mercado de trabalho e lacunas no acesso ao trabalho decente.”


  • Com informações da OIT



Os indicadores que apontam a possibilidade de crescimento em 2020

Inflação em queda, taxas de juros baixas e relativa recuperação de empregos e a produção agrícola são apontados como sinais positivos para o país em 2020. Foto por Tom Fisk em Pexels.com
Inflação em queda, taxas de juros baixas e relativa recuperação de empregos e a produção agrícola são apontados como sinais positivos para o país em 2020. Foto por Tom Fisk em Pexels.com

Carlos Teixeira
Editor I Radar do Futuro

A economia mostra sinais de estar reagindo pelo lado do consumo das famílias. Elas aproveitam, agora, a inflação e os juros mais baixos, recuperação financeira por conta da renegociação de dívidas, um relativo aumento da renda e do emprego – ainda que informal. O cenário delimitado pelo economista Paulo Roberto Bretas, presidente do Conselho Regional de Economistas em Minas Gerais (Corecon-MG) e professor universitário, pode ser definido como otimista. Mas é necessário entender os dados com a moderação de quem analisa o momento com olhar mais crítico do que a média das fontes tradicionais da imprensa de massa.

Há, na percepção de economistas, mesmos os opositores à atual política econômica do super ministro Paulo Guedes, indicadores positivos sobre o desempenho da economia.  É o que também dizem as expectativas de empresários, de gestores de carteiras de investimentos e de segmentos sociais que apoiam incondicionalmente o presidente Jair Bolsonaro. As variáveis favoráveis destacadas pelos grupos incluem a reposição de estoques pelas empresas e a ampliação da Formação Bruta de Capital, indicador de disposição dos empresários em realizar investimentos.

“Vemos que o agronegócio continua crescendo e a indústria da construção civil dá sinais claros de recuperação do setor imobiliário, atesta Paulo Bretas. Segundo ele, há, de fato, problemas na indústria de transformação, mas a indústria automobilística vem crescendo devido à reação do mercado interno. No que se refere ao setor extrativo e petróleo/gás há também sinais de crescimento no volume e na receita.

Desafios

Prudência e caldo de galinha devem ser levados em conta. O economista e professor alerta para a necessidade de manter atenção sobre possíveis tempestades, capazes de provocar o descarrilhamento do trem dirigido pela atual equipe econômica. “‘No setor externo, a crise das relações comerciais entre EUA e China pode prejudicar o comércio exterior de todos os países”, exemplifica Paulo Bretas. “O maior perigo vem de fora. O protecionismo crescente e a crise da Argentina nos afetam.”

 

O ambiente externo tende a gerar alguns dos principais riscos e instabilidades em 2020 nos próximos anos. Eleições nos Estados Unidos, com o atual presidente pressionado por um pedido de impeachment, tendem a ser um acontecimento com poder de geração de instabilidades. O jogo será feio, com republicanos e democratas dando chances para movimentos especulativos de âmbito global. Inclusive, porque tende ocorrer a expansão das crises de relacionamento do país com a China. Mobilizações populares em vários países formam um caldo que pode azedar todo o ambiente global.

Bretas salienta que, na coluna das variáveis desfavoráveis para a economia brasileira, o crescente déficit em contas correntes, que não pode manter a tendência continuamente sob riscos de produzir desvalorização do real e uma possível desconfiança do mercado. Contas deficitárias tendem a reforçar processos de desgaste político do Governo Bolsonaro e do próprio Paulo Guedes.

No campo das articulações políticas, a situação não é propriamente confortável para o governo. O Congresso quer impor sua agenda própria e levar a economia mais para o centro, reconhece Paulo Bretas. O economista também aponta que setores das forças armadas estão insatisfeitos. “Existe uma estratégia de defesa da soberania nacional que eles vão deixar acontecer a qualquer momento e ela conflita com as ideias neoliberais da equipe do Guedes.”

Futuro incerto

Ainda em 2020, o modelo neoliberal adotado pelo governo, baseado em propostas implantadas no Chile e na Argentina, que hoje colhem miséria crescente e protestos em massa, pode cobrar o preço no Brasil. Paulo Bretas, ressalta que o preço dos ajustes está focado nas costas dos trabalhadores, na flexibilização das relações de trabalho e na crescente perda de direitos e garantias da massa de assalariados.

“As relações de trabalho passam por uma verdadeira revolução conservadora.
Nossa mão de obra segue sem qualificação e nossas empresas, em especial na indústria de transformação e serviços, sem padrão de competitividade internacional. O fato é que o Brasil carece de planejamento de longo prazo. Paulo Bretas ataca a política econômica argumentando que a crença de que o mercado irá resolver todos os problemas é um ledo engano.

Para ocorrer uma verdadeira aceleração da retomada seria necessário que o Estado recupere sua capacidade de investimento e estabelecimento de sinergias com o capital internacional para inversões em infraestrutura. O que não tende a ocorrer, na prática. E mesmo a qualidade dos indicadores deveria ser melhorada. Como no setor de serviços. Mesmo dando sinais de melhoria, se mantém numa faixa de baixo padrão tecnológico , exceto pelos serviços financeiros, que vão muito bem obrigado.

 

 




Os planos das maiores startups brasileiras para 2020

Quais são as expectativas das empresas para o mercado e o que elas esperam realizar para o próximo ano. Imagem: Pixabay
Quais são as expectativas das empresas para o mercado e o que elas esperam realizar para o próximo ano. Imagem: Pixabay

Radar do Futuro

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), a quantidade de empresas startups cadastradas dobrou entre 2012 e 2017, saindo de 2.519 negócios para 5.147. Hoje, já são 12 mil empresas seguindo esse modelo de negócios, conforme dados da Startupbase, a base de dados mantida pela entidade.

Para ABStartups, o próximo ano promete ser ainda mais favorável para as empresas. Abaixo, confira os planos das maiores startups para 2020:

Agibank

Agibank, banco inovador que tem o propósito de melhorar o dia a dia das pessoas e facilitar sua vida financeira, tem como objetivo em 2020 se aproximar ainda mais de seus clientes, indo na contramão dos demais bancos e abrindo novos pontos de atendimento. Atualmente, são 600 pontos de atendimento ao público e para os próximos 4 anos estão previstos mais 1200 postos de experiência, sendo 145 só em 2020. A ideia é que os clientes continuem a esclarecer suas dúvidas de forma prática ágil. Nesse sentido, o Agibank investiu também em seu novo aplicativo, que se adapta ao perfil de cada usuário e tem um design acessível para que clientes de todas as idades tenham uma experiência eficiente.

Contabilizei

Fundada em 2013, a Contabilizei é hoje o maior escritório de contabilidade do país e pioneira em oferecer o serviço totalmente online. Com o objetivo de oferecer mais praticidade, transparência e economia para micro e pequenas empresas e profissionais liberais, a plataforma faz uso da tecnologia para automatizar processos e rotinas garantindo a regularidade das empresas, além de gerar até 90% de economia mensal para as PMEs. A companhia já foi eleita ainda como uma das 10 mais inovadoras da América Latina pela conceituada revista norte-americana FastCompany. Atualmente possui mais de 10 mil clientes espalhados por 48 cidades no país.

MadeiraMadeira

Criada em 2009, a MadeiraMadeira é a maior loja online especializada em produtos pra casa do Brasil. Um modelo híbrido entre e-commerce e marketplace que possui mais de 1 milhão de artigos. A expectativa é que a empresa atinja R$ 1 bilhão de faturamento até o final de 2019. Recentemente a MadeiraMadeira recebeu R$110 milhões de investimento do SoftBank e irá investir ainda mais desenvolvimento de produto, tecnologia e pessoas, estes dois últimos marcas registradas da empresa curitibana. Até o final do ano a MadeiraMadeira abrirá 300 vagas para as mais diversas áreas de atuação, além disso está realizando um programa de mentorias para os executivos com o técnico Bernardinho, a fim de conquistar a abertura de capital em 2023.

Hotmart

Fundada em 2011, a Hotmart oferece todo ecossistema para a venda, distribuição e compra de produtos digitais, como cursos online, ebooks, audiobooks, podcasts, entre outros. Com cinco escritórios pelo mundo, a empresa oferece oportunidade tanto para quem busca uma renda extra quanto para quem quer empreender pela internet. Em 2020, a empresa irá realizar a maior edição do FIRE Festival, um dos mais importantes eventos do mercado digital que acontecerá entre os dias 27 e 29 de agosto em Belo Horizonte. A Hotmart espera uma presença recorde de público no evento de 8 mil pessoas.

Volanty

A autotech Volanty, que conecta compradores e vendedores de carros, e que em 2019 recebeu um aporte do SoftBank no valor de R$ 70 milhões, continua com seu plano de expansão para São Paulo e Rio de Janeiro no próximo ano. Em 2020, a plataforma investirá ainda mais em pessoas, tecnologia e em oferecer ao cliente a melhor experiência na compra de carros do Brasil.

MaxMilhas

A MaxMilhas acredita que todo mundo merece viajar e, por isso, já inicia 2020 com o melhor dia para comprar passagens aéreas com desconto. O Dia Mundial das Milhas é comemorado em 6 de janeiro e, dessa vez, terá o descontômetro que vai oferecer até 15% de desconto a mais para quem comprar no site ou no app. Os clientes poderão contribuir para aumentar o descontômetro antes do Dia Mundial das Milhas, se cadastrando na landing page da campanha ou fazendo download do aplicativo da MaxMilhas. Com o mote Juntos pelo Maior Desconto, quanto mais cadastros e mais downloads, maiores serão os descontos.

 


Com informações da ABStartups

 

 

 

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Perspectivas para 2020 na área ambiental

o menos 113 mil Km² de áreas naturais foram queimadas no Brasil.
Ao menos 113 mil Km² de áreas naturais foram queimadas no Brasil.

Da Assessoria de Imprensa

Confira a lista com os principais acontecimentos de 2019 e o que podemos esperar para 2020 em relação a questões ambientais

O ano de 2019 foi marcado por uma série de discussões voltadas à questão ambiental em todo o planeta, demonstrando a relação direta que a proteção da biodiversidade tem com o desenvolvimento econômico e com o bem-estar da população. No Brasil, a pauta ambiental foi conduzida principalmente por desastres que atingiram tanto o continente quanto os mares.

“O Brasil é um País muito truculento quanto ao uso de seus recursos naturais. Temos 500 anos de história de um extrativismo irresponsável e que segue muito forte. Exploramos como um bem grandioso sermos o País das florestas, o País campeão em biodiversidade, mas não respeitamos isso na prática”, ressalta o diretor executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e membro da Rede de
Especialistas em Conservação da Natureza, Clóvis Borges. Confira alguns dos fatos que marcaram 2019 e outros que devem direcionar os debates em 2020:

2019: Desmatamento da Amazônia

Em comparação com o ano anterior, a área desmatada na Amazônia registrou um aumento de 29,5%, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2018, foram registrados cerca de 7,5 mil km² desmatados. A área aumentou para 9,7 mil km² em 2019.

2019: Queimadas na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal

Segundo levantamento do Inpe, do dia 1º de janeiro ao dia 31 de agosto, cerca de 113 mil km² de áreas naturais foram queimadas na Amazônia, Cerrado e Pantanal. Em comparação com o ano anterior, essa área representa um aumento de 87%, o que equivale a duas vezes o estado da Paraíba. Pesquisadores identificaram que entre as principais causas para a ocorrência das queimadas estão o desmatamento, a preparação do solo para a agricultura e os incêndios acidentais.

2019: Brumadinho

Mais que um desastre ambiental, o rompimento de uma barragem da Vale, em Brumadinho (MG), foi uma tragédia humana que ocasionou 270 mortes – 13 vítimas seguem desaparecidas. Ao todo, 9,7 milhões de m³ de rejeitos vazaram do reservatório, atingindo uma área de 290 hectares ao longo de 9 quilômetros de distância até chegar ao Rio Paraopeba.

2019: Redução e extinção de áreas protegidas

Durante o ano, foi anunciada a extinção de algumas áreas de preservação brasileiras e a redução de mais de 60 unidades de conservação com estradas federais, ferrovias, portos e aeroportos dentro de seus limites. A justificativa dada foi eliminar “interferências” com estruturas existentes e dar “segurança jurídica” para os empreendimentos. Isso não se concretizou, mas o assunto deve continuar em pauta em 2020, já que a Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados aprovou recentemente um projeto que torna obrigatória a consulta pública e a realização de estudos técnicos para reduzir ou extinguir unidades de conservação. O projeto está em avaliação na Comissão de Constituição e Justiça.

2019: Recorde de concentração de gases do efeito estufa

A Organização Mundial Meteorológica (OMM) divulgou que os níveis de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso (os três principais gases captadores de calor) atingiram concentração recorde, acelerando ainda mais os efeitos das mudanças climáticas. Entre as consequências estão condições climáticas extremas, escassez hídrica e aumento do nível do mar.

2019: Derramamento de óleo no litoral brasileiro

Pelo menos 900 praias foram atingidas pelo derramamento de óleo que teve início em agosto. Praias do Nordeste, além do Espírito Santo e Rio de Janeiro foram atingidas pelo desastre ambiental que afetou a biodiversidade marinha, o turismo, a economia local, a saúde e o bem-estar da população.

Para 2020: Adaptação às mudanças Climáticas

“Em 2020, durante a COP 26, vamos fechar as regras do Acordo de Paris e apresentar de fato as ambições para conter o avanço das mudanças climáticas. Será um ano para os países darem o exemplo e os cientistas clamarem por metas mais ambiciosas. As negociações climáticas serão intensas durante todo o ano e devem ganhar grande espaço no noticiário, nas negociações bilaterais entre países, nas mobilizações sociais, nos eventos científicos e nos fóruns empresariais”, destaca o gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, André Ferretti.

Para 2020: Mobilização dos jovens

“O fenômeno Greta Thunberg é muito interessante e afeta de uma forma bastante sensível alguns movimentos
de jovens aqui no Brasil. Isso mostra uma sensibilidade e uma necessidade de protagonismo dos jovens, que reconhecem nos adultos uma incapacidade de tomada de decisão mais consistente com os desafios existentes, além de identificarem uma falta de propósitos mais sérios dos gestores atuais”, afirma Clóvis Borges.

Para 2020: Aumento das queimadas na Amazônia

“Em 2020, veremos novamente a questão ligada ao desmatamento e às queimadas. No ano que vem, próximo ao meio do ano, tudo indica que vamos ter um novo número de desmatamento na Amazônia, que tende a ser maior do que o de 2019. Como o fogo é utilizado para limpar o terreno depois de desmatar, há uma tendência também no aumento das queimadas”, relata André Ferretti, que também é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.

Para 2020: Chuvas intensas e adaptação urbana

“Temos de lembrar que todos os anos nós enfrentamos problemas com as chuvas de verão, em diferentes
regiões do País. Registramos altas temperaturas e depois tempestades. Conforme os anos vão passando, a intensidade dessas chuvas aumentam e elas começam a atingir novos lugares. Precisamos exigir dos municípios planos de adaptação para diminuir essa impermeabilização das cidades com Soluções baseadas na Natureza, como o investimento na proteção e recuperação de áreas verdes, possibilitando o escoamento da água. Ao mesmo tempo, temos de reduzir as ilhas de calor nas grandes metrópoles, que atraem essas grandes tempestades”, reflete Ferretti.

Para 2020: De olho nas eleições municipais

Diante da necessidade de adaptação das cidades para minimizar os impactos de eventos climáticos extremos, Ferretti alerta que os eleitores devem ficar atentos aos planos de governo dos candidatos ao executivo municipal. É importante que os futuros prefeitos tenham em mente a necessidade de os centros urbanos serem resilientes a tempestades, períodos de estiagem, vendavais, calor e frio intensos. “Enquanto a crise climática é uma preocupação global, a adaptação e a resiliência aos eventos climáticos extremos devem ser uma preocupação local. Os futuros prefeitos devem estar atentos a isso”, diz Ferretti.

Para 2020: Década dos Oceanos

“Em 2020 estaremos às vésperas da Década do Oceano, definida pela ONU para o período de 2021 a 2030. As discussões sobre o tema tendem a aumentar, assim como a identificação de problemas e o desenvolvimento de soluções. É o momento do País intensificar o investimento na conservação e restauração da biodiversidade marinha, pensando em aspectos ambientais, econômicos, sociais e no bem-estar da população”, conclui Ferretti.

Sobre a Rede de Especialistas

A Rede de Especialistas de Conservação da Natureza é uma reunião de profissionais, de referência nacional e internacional, que atuam em áreas relacionadas à proteção da biodiversidade e assuntos correlatos, com o objetivo de estimular a divulgação de posicionamentos em defesa da conservação da natureza brasileira.

A Rede foi constituída em 2014, por iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Os pronunciamentos e artigos dos membros da Rede refletem exclusivamente a opinião dos respectivos autores.

Sobre a Fundação Grupo Boticário

A Fundação Grupo Boticário é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial. A Fundação Grupo Boticário apoia ações de conservação da natureza em todo o Brasil, totalizando mais de 1.500 iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado, por meio da criação e manutenção de duas reservas naturais. Atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e nas políticas públicas, além de contribuir para que a natureza sirva de inspiração ou seja parte da solução para diversos problemas da sociedade. A instituição defende que o patrimônio natural bem conservado é a base para o desenvolvimento econômico e bem-estar social. Também promove ações de engajamento e sensibilização, que aproximam a natureza do cotidiano das pessoas.




Pesquisa aponta as principais tendências em transformação digital para 2020

Estudo realizado pela CI&T aponta que cinco entre dez empresários acreditam que computação em nuvem e Internet das Coisas serão responsáveis pelo crescimento dos negócios em 2020 - imagem: Pixabay
Estudo realizado pela CI&T aponta que cinco entre dez empresários acreditam que computação em nuvem e Internet das Coisas serão responsáveis pelo crescimento dos negócios em 2020 – imagem: Pixabay

CI&T

A computação em nuvem e a Internet das Coisas (IoT) são consideradas as principais tecnologias que irão alavancar o crescimento dos negócios no Brasil neste ano. É o que mostrou o estudo Tendências para Transformar Sua Empresa em 2020, realizada pela CI&T, multinacional brasileira especializada em transformação digital, em parceria com a Opinion Box. De acordo com a pesquisa, 56,8% dos executivos acreditam que cloud computing será uma das principais tecnologias propulsoras para o crescimento de suas empresas no próximo ano, seguido de IoT (49,2%).

O estudo, que ouviu mais de 500 executivos brasileiros em níveis de liderança entre novembro e dezembro, capturou o sentimento com relação às tecnologias e seus impactos nos rumos dos negócios e junto a seus clientes. Além de computação em nuvem e internet das coisas, a aplicação de inteligência artificial (47,5%) e assistentes virtuais (41,1%) também foram mencionadas com relação a inovações que serão inevitáveis para o crescimento das companhias.

Quando questionados sobre quais tecnologias eles irão investir com certeza para transformar o negócio, a computação em nuvem também foi a mais mencionada, com 46,1% dos executivos, seguido de inteligência artificial, com 45,6%.

De acordo com Cesar Gon, CEO e cofundador da CI&T, o objetivo do estudo foi entender a forma como as lideranças enxergam a tecnologia para impactar os negócios de suas empresas, seus consumidores e o que têm de fazer para se transformar. “É preciso garantir que a transformação digital não seja sobre uma atualização tecnológica, mas sobre a real compreensão do que precisa ser feito para atender seu consumidor da forma mais surpreendente possível.”, afirma.

A pesquisa mostrou também que automação de processos é um fator importante para a condução do negócio, e sete em cada dez executivos afirmaram que pretendem investir nessa frente em 2020. Nesse sentido, investir em uma área voltada integralmente para o desenvolvimento digital é o objetivo de 56,2% dos executivos, que irão provavelmente ou com certeza investir na área nos próximos cinco anos.

Segurança de dados e LGPD

A segurança de dados também foi um dos pontos considerados cruciais para os executivos brasileiros quando o assunto é o uso de tecnologia. Oito em cada dez consideram que a sua empresa se preocupa com a segurança de dados.

Portanto, a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), prevista para agosto de 2020, terá impactos nos negócios na visão de 75,8% dos executivos.

“Esse universo de informações estará circulando e se tornando disponível para potencializar ofertas, descobrir oportunidades e inovar. São dados para encantar o consumidor, desenvolver novos produtos, evitar riscos, melhorar a execução das operações e gerar grandes impactos para os negócios”, afirma Erlon Faria Rachi, Data Science Manager da CI&T

Experiência do cliente com a marca

A experiência do cliente com a marca das empresas sem sido cada vez mais estratégico na condução dos negócios para nove entre dez empresários, especialmente se tratarmos de presença e integração entre canais de interação Para 76% deles, as estratégias de omnichannel são essenciais para o sucesso do negócio em 2020.

Dentre os diferenciais competitivos que podem ser oferecidos pelas empresas para os consumidores na busca por uma melhor oferta de experiência, flexibilidade, personalização e facilidade de compra foram alguns dos itens mais mencionados. Quanto ao tipo de serviço oferecido, 58,3% dos executivos acreditam que a economia colaborativa terá grande papel nos próximos anos para modificar os rumos dos negócios.




Por que o comércio eletrônico vai avançar com força em 2020

Com o impulso das tecnologias e mudanças de hábitos dos consumidores a alternativa tende a ocupar o espaço do varejo tradicional. Foto por Negative Space em <a href="https://www.pexels.com/photo/working-macbook-computer-keyboard-34577/" rel="nofollow">Pexels.com</a>
Com o impulso das tecnologias e mudanças de hábitos dos consumidores a alternativa tende a ocupar o espaço do varejo tradicional. Foto por Negative Space em Pexels.com

Carlos Teixeira
Editor I Radar do Futuro

O comércio digital tem um ambiente favorável para dar saltos de crescimento expressivos nos próximos anos. E o processo pode ser acelerado especialmente em 2020, como resultado da implantação de uma nova infra-estrutura da internet. A velocidade de acesso 5G, que pode ser 100 vezes maior do que a atual, tende a ser somada ao poder exponencial da capacidade de processamento e de armazenamento das informações.

Hoje, no cenário global do varejo, o e-commerce já detém 14,1% de participação nas vendas, de acordo com o Statist, site especializado em dados de mercado. Com o impulso das tecnologias e mudanças de hábitos dos consumidores, que adotam as facilidades de compras sem deslocamentos, a alternativa tende a inverter a posição em relação ao varejo tradicional, ocupando a liderança nas preferências da população, principalmente dos segmentos de renda média alta e alta, que de fato são os principais responsáveis pelas compras on line.

O comércio eletrônico hoje já se tornou mainstream, um padrão, especialmente para segmentos como eletrônicos, equipamentos de informática e livros. Com a alta competitividade do setor, os varejistas virtuais precisam estar atentos a todos os dados para não perderem a atenção dos clientes e não ficar para trás da concorrência. E estratégias criativas são necessárias para superar o processo de concentração, que faz com que a Amazon seja responsável por 50% dos negócios gerados nos Estados Unidos.

Os avanços já puderam ser comprovados neste ano de 2019. O uso recorrente e a infraestrutura asseguram a credibilidade para a adoção em massas das vendas a distância. Segundo um estuda da National Retail Federation, a entidade que representa varejistas nos Estados Unidos, 63% dos consumidores acreditam que as atualizações nas tecnologias de varejo para dispositivos móveis melhoraram suas experiências de compra on line.

Não é só a tecnologia que garante os avanços. É, também, a credibilidade e o poder da experiência acumulada pelos consumidores. E as novas ações incorporadas pelos principais grupos econômicos, que fornecem vantagens — e confortos — adicionais aos compradores. Segundo os estudos “2019 Shopper Insights Survey” e “Pulse of the Online Shopper Report” 36% dos compradores gastam mais, adicionando mais itens no carrinho de compras, para ter o benefício de frete grátis, por exemplo. Além disso, 62% dos clientes consideraram o frete grátis o melhor diferencial das lojas online.

Poder de negociação

Consumidores parecem compreender que, no futuro do comércio, seus dados são uma moeda de troca importante para obter benefícios. Que são ainda mais importantes em tempos de baixo crescimento econômico e alto desemprego. Noventa por cento dos clientes de lojas optam por compartilhar dados pessoais com as lojas, como -email ou celular para cadastro, para receber descontos em produtos, diz o site SmarterHQ.

Dados disponíveis em pesquisas mostram ainda que 73% dos consumidores julgam que a possibilidade de devolução dos produtos influencia suas decisões de compra. Trinta e seis por cento dos clientes de e-commerce devolveram ao menos algum item três meses após a compra. Quarenta e nove por cento dos consumidores da Geração Z consideraram que a capacidade de encontrar rapidamente um produto em uma loja online foi a razão mais importante para terem fechado uma compra.

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Quais serão os desafios e pautas de investimentos em TI em 2020?

Abrindo as portas da nova década, as tecnologias assumem o protagonismo das transformações esperadas para o futuro. Foto por energepic.com em Pexels.com
Abrindo as portas da nova década, as tecnologias assumem o protagonismo das transformações esperadas para o futuro. Foto por energepic.com em Pexels.com

Mara Maehara *

Apesar das turbulências do cenário econômico brasileiro, em 2020, os investimentos globais com TI devem ter uma recuperação acentuada, comprovando que a tecnologia está, de fato, virando protagonista dos processos das empresas na era digital.

Segundo projeção do Gartner, os gastos com TI devem ter alta de 3,7% em relação a 2019, quando o aumento estimado era apenas de 0,4%. Com diferentes níveis de maturidade, podemos citar algumas tecnologias que continuarão a ditar as pautas de investimentos e a evolução do mercado em 2020.

A inteligência artificial, que vem sendo aplicada em diferentes tipos de usabilidade na busca de eficiência, dentre outros benefícios; o blockchain, que garante segurança e rastreabilidade; as assistentes virtuais, que estão se popularizando em uso tanto doméstico como profissional; a realidade aumentada, que está cada vez mais presente no segmento de saúde e no varejo de produtos e serviços; e a internet das coisas (IoT), a qual tem sido utilizada para conectar cada vez mais coisas e pessoas

Além das tendências tecnológicas citadas acima, um assunto que deve consumir investimentos das empresas é a necessidade de adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), cuja vigência prevista para agosto de 2020 pode ser adiada em dois anos. Consultorias para mapeamento de processos, ferramentas para mapeamento de dados, esforço de adequação sistêmico e gastos com escritórios de advocacia são alguns exemplos de contratação que demandará necessidade de investimentos.

Desafios das corporações

A adequação legal citada, LGPD, soma-se aos demais desafios que já são uma realidade nas empresas hoje. A cultura da agilidade, por exemplo, que deve ser trabalhada na empresa como um todo para garantir entregas adequadas e sustentáveis, visto que uma entrega dificilmente fica limitada apenas a uma determinada área.

Outro ponto a considerar é um time de tecnologia muito conectado ao negócio, sem desmerecer o conhecimento técnico atualizado, mas com destreza para aplicar da melhor forma a tecnologia na busca do benefício esperado.

Um desafio importante é uma liderança que garanta a devida gestão para manter um time engajado nas entregas.

E por falar em times, novas capacidades e habilidades das equipes também serão exigidas pelo mercado. Em um momento em que as empresas ajustam seu negócio às mudanças comportamentais, econômicas e sociais, a busca por agilidade tem provocado o surgimento de times multidisciplinares, onde profissionais das áreas de negócio e técnicas precisam trabalhar juntos. Este cenário exige habilidades e competências que viabilizem a colaboração e o engajamento dos times. Flexibilidade, capacidade de adaptação e relacionamento interpessoal são algumas delas que farão diferença no resultado final.

Fica como recomendação para o planejamento de 2020 a definição de critérios maduros para guiar onde priorizar o investimento, nunca esquecendo da segurança e a busca pela estabilidade operacional.


  • CIO da TOTVS



Saiba como trabalhar no crescimento da sua marca para 2020

sua marca pode expandir ainda a presença no mercado com o desenvolvimento de aplicativos, para que os clientes tenham uma melhor experiência na hora das compras
sua marca pode expandir ainda a presença no mercado com o desenvolvimento de aplicativos, para que os clientes tenham uma melhor experiência na hora das compras

O ano de 2020 já começou e está na hora de trabalhar o crescimento da sua marca no mercado.

Há muitas maneiras de se fazer isso, contudo, com um cenário cada vez mais exigente e competitivo, é necessário investir com cuidado e optar pelas melhores alternativas.

Além disso, mesmo em um cenário de crise, o Brasil registrou um crescimento no número de empresas, com mais de 2,5 milhões de novos empreendimentos formalizados. A alta foi de 15,1%, em relação aos últimos anos.

Entretanto, para se fazer presente como marca, não basta somente abrir o negócio – é preciso que a empresa sobreviva, especialmente nos três primeiros anos, período em que se registra maior alta de fechamento dos novos empreendimentos.

Sendo assim, seja para um pequeno negócio de consultoria jurídica online, ou para as grandes multinacionais, não se pode deixar de prestar atenção ao mercado, às tendências e inovações.

Neste artigo, separamos algumas dicas de como trabalhar o crescimento da sua marca para o ano de 2020. Continue lendo!

1 – Elabore um planejamento estratégico de sucesso

O planejamento estratégico está normalmente associado ao começo de um novo negócio.

Porém, as empresas já consolidadas no mercado podem elaborar um novo documento, com as devidas modificações, levando em conta o mercado, os objetivos e metas a serem alcançadas.

Por exemplo, uma transportadora de cargas pequenas pode se beneficiar de novas políticas de frete e, desse modo, elaborar um planejamento estratégico para alcançar melhores resultados no mercado.

Em síntese, o planejamento estratégico trata de todo o processo de criação, execução e processos desenvolvidos dentro da empresa, com o intuito de alcançar as principais metas da organização.

Por conta disso, o documento conta com a definição dos principais objetivos e ações que contribuem com o sucesso empresarial.

Para elaborar um planejamento estratégico de sucesso, deve-se responder às seguintes questões:

  • Onde a minha empresa está?
  • Onde a minha empresa quer chegar?
  • Como posso chegar lá?
  • E por quais meios?
  • O quanto posso investir nessas mudanças?

Por exemplo, um empreendimento especializado no desenvolvimento de sistema antifurto lojas pode ter um bom reconhecimento na região em que está, oferecendo softwares inteligentes e altamente tecnológicos de segurança.

Mas, a intenção da empresa é abrir um leque de clientes, atendendo outras cidades.

Nesse cenário, uma das metas da empresa dentro do planejamento estratégico pode ser a ampliação de público. Para chegar lá, uma das alternativas é ter um e-commerce.

Vale destacar que para ter sucesso e reconhecimento da marca em 2020, é preciso se apoiar no planejamento estratégico de 2019, para verificar quais foram os resultados (o que deu certo e o que precisa de reformulação).

Dessa maneira, a empresa pode analisar quais estratégias podem continuar no ano de 2020, devido aos bons resultados da campanha.

2 – Invista na experiência humana

A tecnologia está em alta em 2020 e, a cada dia que passa, mais empresas buscam realizar investimentos em softwares, sistemas automatizados e Inteligência Artificial (IA) para se destacar da concorrência.

Apesar desses esforços serem altamente rentáveis e significativos, afinal, quanto mais tecnológico é um setor, maior a relevância e o reconhecimento da marca, não se pode esquecer do fator humano.

Alguns comportamentos, como empatia e solidariedade, são essencialmente humanos, portanto, não há como substituí-los por máquinas. Por conta disso, é importante também investir na experiência humana (dos colaboradores e clientes).

A maior humanidade das empresas tem sido um fator de diferenciação. Imagine, por exemplo, que ao fechar negócio com um motorista executivo bilíngue, você encontrou um profissional dedicado, atencioso, preocupado com o seu bem-estar e com o dos demais clientes.

É bem provável que esse comportamento do motorista resulte em uma boa experiência, muito diferente se o cenário fosse um veículo automatizado, com nenhuma interação humana.

Além disso, uma empresa que investe na humanização com os colaboradores consegue alcançar melhores resultados de endomarketing (comunicação interna), o que afeta diretamente – e de forma positiva – o crescimento da marca.

É uma mudança de dentro para fora, que se inicia na cultura organizacional e afeta o cliente.

3 – Entregue conteúdo de qualidade aos clientes

O avanço da internet e a possibilidade de encontrar muitas informações sobre praticamente tudo acabaram modificando o comportamento das pessoas.

Hoje em dia, os consumidores não estão interessados em receber uma propaganda invasiva, estimulando o consumo e a aquisição de bens/serviços. Ao contrário, eles querem ser bem informados.

Por esse motivo, o reconhecimento da sua marca depende da entrega de conteúdos ricos e de qualidade para o público.

Por exemplo, ao anunciar o aluguel de espaço comercial não se limite em uma publicidade sensacionalista, mas produza conteúdos a respeito das vantagens da locação e como o negócio pode ajudar o cliente.

A produção de conteúdo é uma maneira valiosa de despertar o interesse de potenciais clientes e, como consequência, ela ajuda a empresa a ganhar reconhecimento no mercado.

Além disso, entregar informações para os clientes, principalmente na internet, é um dos métodos mais eficientes para conquistar leads (potenciais clientes online). Para isso, a sua empresa pode investir em:

  • Estratégias de SEO (Search Engine Optimization);
  • Diversificação de materiais;
  • Construção de blogs;
  • Mensagens personalizadas aos clientes.

Ademais, importante destacar que a produção de conteúdo deve ser direcionada, ainda mais no mundo virtual.

Devido à infinidade de informações disponíveis, é preciso saber entregar o seu conteúdo às pessoas realmente interessadas.

Por exemplo, ao falar sobre ecobag para personalizar, é interessante focar o conteúdo para um público preocupado com ações sustentáveis.

Sendo assim, recomenda-se traçar um perfil do público-alvo, com as principais características dos consumidores e alguns comportamentos dos clientes.

4 – Marque presença nas redes sociais

Mais de metade da população mundial está presente nas redes sociais – o que equivale a aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas.

Só no Brasil, cerca de 62% dos usuários está ativo nessas plataformas, especialmente no Youtube, Facebook e Instagram.

Portanto, se a sua empresa ainda não está presente nas redes sociais, o ano de 2020 é o momento certo para mudar isso.

Mais do que criar uma página no Facebook, por exemplo, as redes sociais são ótimas para o compartilhamento de conteúdo.

Assim, ao escrever um texto sobre mochila impermeável personalizada, é possível compartilhar o material na rede e, com isso, aumentar o tráfego de visitantes no site.

As redes sociais também são ótimas para divulgar conteúdos diversificados, em outros formatos.

Apesar dos textos ainda serem um dos carros-chefe da internet, os vídeos têm ganhado cada vez mais espaço, muito por conta da facilidade em compreender o conteúdo.

No entanto, vale ressaltar que cada uma das redes sociais possui as suas especificações, quanto ao formato e tipo de arquivo compartilhado. Sendo assim, lembre-se de planejar campanhas de acordo com as singularidades de cada canal.

5 – Promova a interação entre os colaboradores

Um ambiente de trabalho agradável é sinônimo de sucesso da marca. Afinal, quando os funcionários trabalham bem, conseguem entregar melhor qualidade em seus afazeres, afetando a entrega de produtos/serviços de maneira positiva.

Assim, para o crescimento da marca, vale a pena promover uma cultura organizacional humana, empática e cativante.

Isso pode ser feito com ações simples. Por exemplo, durante a alimentação na empresa, promova diálogos saudáveis entre os funcionários, ofereça um espaço para relaxamento nos horários de descanso e estimule uma conversa aberta entre os colaboradores.

Oferecer treinamentos, workshops, palestras, apresentações e eventos do ramo aos funcionários também é uma maneira de engajar os profissionais na empresa.

Além disso, essas práticas de endomarketing são muito eficazes na retenção de talentos, reduzindo a taxa de turnover das empresas.

Desse modo, os bons profissionais se mantém na organização, contribuindo para que os resultados sejam ainda melhores!

6 – Amplie os investimentos em estruturas mobile

Atualmente, grande parte dos consumidores preferem comprar online – e por meio dos dispositivos móveis, em especial, os celulares.

Em 2020, o número de smartphones no Brasil tende a ultrapassar 2 aparelhos por habitante, portanto, não dá para pensar em sucesso, se ignorarmos o avanço dos sistemas mobile.

Para isso, lembre-se de converter as estratégias de marketing digital para telas menores, além de investir em Ux Design, interatividade e navegabilidade rápida (no caso dos smartphones mais antigos).

Além do mais, a sua marca pode expandir ainda a presença no mercado com o desenvolvimento de aplicativos, para que os clientes tenham uma melhor experiência na hora de comprar algo, ou encontrar um determinado produto/serviço pelo celular.

As possibilidades de inovação mobile são infinitas! Sendo assim, vale a pena implementar modificações na empresa referente à cultura digital no planejamento estratégico.


  • Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.



Sete tendências em inovação para 2020

O Blockchain permite armazenar digitalmente registros de transações em redes descentralizadas. Foto: Flickr.

*Por Alexandre Pierro

A década de 20 está começando em meio a uma grande euforia em relação à inovação. Tecnologias exponenciais, startups milionárias e a certeza de que estamos vivendo a era da inovação ou morte. Mas, nem tudo é como ou mesmo na velocidade que imaginamos. Por isso, arrisco aqui alguns palpites sobre as sete maiores tendências para 2020.

1 – Big Data: A cada dia geramos mais dados que, quando bem interpretados se transformam em poderosas informações que ajudam na tomada de decisão de qualquer empresa. As soluções de Big Data, que permitem que profissionais de TI trabalhem com informações não-estruturadas a uma grande velocidade, deve se tornar ainda mais acessíveis. Um estudo realizado pelo Gartner aponta que 75% das empresas devem investir nessa tecnologia até o fim desse ano. O IDC – International Data Corporation – estima que 35 trilhões de gigabytes serão gerados em 2020. Processar esses dados é o desafio.

2 – LGPD: Enquanto o Big Data trabalha na interpretação de um volume cada vez maior de informações, a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, que deve entrar em vigor em 16 de agosto de 2020, tenta nos proteger dos abusos e da invasão de privacidade. Ela afetará todas as empresas – brasileiras e estrangeiras – que coletarem, armazenarem ou processarem dados pessoais de indivíduos residentes ou localizados no Brasil. Partindo do pressuposto de que a maioria das empresas já tem montanhas de dados de clientes, será necessária não apenas uma mudança de sistema, mas sim de cultura para a captação e manipulação dessas informações.

3 – 5G: A Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações – confirmou que vai abrir a licitação de implementação da quinta geração de telefonia móvel (5G) até o final de março de 2020. E, engana-se quem pensa que o 5G e apenas uma versão melhorada do 4G. Trata-se de uma nova e disruptiva tecnologia que permitirá aplicações como carros autônomos, agricultura de precisão, cidades inteligentes, reconhecimento facial e principalmente a Internet das Coisas, onde objetos serão conectados entre si. A expectativa é que até 2025, 2,8 bilhões de pessoas sejam assinantes do 5G.

4 – Blockchain: Embora ainda esteja bastante associado ao mercado de criptomoedas, o Blockchain é uma tecnologia que irá muito além. Ele permite armazenar digitalmente registros de transações em redes descentralizadas, de forma segura e independente, conectando quem precisa de algo a quem tem, eliminando assim os intermediários. Nos próximos cinco anos, especialistas concordam que a solução se expandirá para várias aplicações pragmáticas no processamento de pagamentos, compartilhamento de dados, negociação de ações, manutenção e rastreamento de documentos. Seu impacto será tão grande que, de acordo com uma pesquisa da Deloitte, 77% dos 1.386 executivos de mais de 10 países indicaram que perderão vantagem competitiva se não adotarem essa tecnologia.

5 – China: E quando o assunto é tecnologia, a China reina quase que absoluta. O país que travou uma guerra contra os Estados Unidos em Inteligência Artificial em 2019, agora almeja sonhos literalmente mais altos: explorar Marte! A China acaba de lançar o terceiro exemplar do foguete Long March-5, um dos mais potentes do mundo. Os investimentos em infraestrutura também devem continuar por lá. Só em 2020, o país prevê um investimento de cerca de US$ 114 bilhões em transporte ferroviário, rodovias, hidrovias e aviação civil. Definitivamente, eles deixaram de ser a fábrica do mundo para se tornarem os grandes protagonistas.

6 – Zebras: Depois da febre dos unicórnios – empresas que valem mais de US$ 1 bilhão – agora parece ter chegado a hora das zebras. O movimento Zebras Unite, que surgiu nos Estados Unidos em 2017, por meio do manifesto “As zebras consertam o que os unicórnios quebram”, promete ganhar ainda mais força ao pregar o fim das rodadas milionárias de investimentos para empresas incapazes de gerar lucro. O professor de marketing da Universidade de Nova York, Scott Galloway, prevê um declínio de 50% no valor de “empresas unicórnio” de capital fechado em 2020. Ao que tudo indica, será o começo do fim das empresas que beneficiam apenas seus fundadores.

7 – ISO de inovação: Num contexto de mais resultados e menos euforia, especialistas como Arthur Igreja, do AAA, preveem a volta de termos como melhoria contínua, automação e revisão de processos. Será o back to the basic, ou seja, a volta ao básico, em vez de uma corrida desenfreada pela inovação. Nesse sentido, a ISO 56.002, de gestão da inovação, que foi lançada em julho de 2019, deve ser uma grande tendência para ajudar empresas de todos os portes e segmentos no seu processo de transformação. A norma visa garantir a geração de inovação por meio de valor, já que acredita que aquilo que não gera resultados financeiros trata-se apenas de invenção e não de inovação.

Alexandre Pierro é sócio-fundador da PALAS e um dos únicos brasileiros a participar ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da inovação.